Capítulo 34

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30 de Junho de 2010

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30 de Junho de 2010

Caiu no chão fazendo um barulho que provavelmente acordaria metade da vizinhança, mas por sorte não aconteceu. Se contorceu, não conseguindo evitar as lágrimas, não conseguia mover os braços, suas costas doíam de forma absurda.

Sentou-se encolhendo o corpo naquilo que provavelmente era algum jardim já que estava em cima de algumas rosas, não tinha forças para se mover.

Tremeu, soluçando, seu rosto queimava como se tivesse com a cara no fogo, não conseguia abrir o olho esquerdo, somente sentia dor. Escutou passos em sua direção, tentou fazer algo ou sair dali, mas foi em vão.

— Olá? — Ouviu a voz doce e fina.

Ficou em silêncio, torcendo para que a pessoa fosse embora. Escutou os passos novamente e então ela parou na sua frente.

Olhou os pequenos pés primeiro, em uma sapatilha azul com lacinho, elevou a cabeça, seguindo pelo vestido igualmente azul com flores brancas e então olhou seu rosto.

A garotinha tinha os cabelos alaranjados como fogo, cacheados até seu ombro, os olhos pareciam duas bolas de gude cinzas, com sardas espalhadas por suas bochechas gordinhas e rosadas.

Ela o encarava com aqueles olhos brilhantes de forma assustada, provavelmente sem entender o porquê de ter um estranho com chifres e todo machucado em seu jardim. O observou por alguns minutos e então saiu correndo.

Maxwell levou a mão ao rosto ferido, estremeceu, doía de forma horrível, respirou fundo, tinha que sair dali, mas a força não vinha. Ouviu passos novamente e então viu a garotinha parando a sua frente.

Ela carregava uma caixinha branca e uma pequena bacia com água. Se aproximou e ele encolheu para trás.

— Tudo bem, só vou ajudar. — Ouviu a voz aguda e amigável, a olhou com o olho que ainda conseguia ver algo, ela sorria para si de forma calorosa.

Maxwell se manteve receoso, encolhido, não se orgulhava, mas as forças de se mover ou sair dali eram mínimas. Se contorceu pela dor e ela se aproximou, tocando seu rosto. Sua mão era leve e macia, lhe trouxe certa calma, fechou os olhos, sentia vontade de chorar, tinha perdido tudo de novo...

A sentiu se afastar, olhou vendo a mesma molhar um pano na água e se aproximar, puxou a cabeça para trás, em receio.

— Só vou limpar seu machucado.

E então ela começou a passar o pano no enorme corte em sua face, fez careta, doía.

— Desculpe..., mas é bem... Grande, o senhor deveria ir em um médico. — Maxwell balançou a cabeça negativamente e ela sorriu. — Sabe, eu vou ser médica, bom... Quando eu tiver grande, mas vou ser. — Ela abriu um grande sorriso, ainda cuidando do machucado de forma delicada.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora