Capítulo 63

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Isabelly entrou no fusca sentindo-se furiosa e triste

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Isabelly entrou no fusca sentindo-se furiosa e triste. Estava furiosa com Logan pelo que ele fez e porque o considerava um ótimo amigo, e furiosa com Maxwell por ter agido igual um babaca sem ao menos a escutar e triste pra caralho pelas merdas que ele falou.

Xingou batendo irritada no volante, quando que a porra da sua vida virou uma novela mexicana de segunda?

— Inferno! — Levou a mão ao rosto a fim de secar as lágrimas insistentes, não devia estar chorando, não havia feito nada de errado.

Abriu o portão da garagem saindo dali.

"De todos os meus erros, me apaixonar por uma mera humana foi o maior deles."

— Babaca, metido, presunçoso. — Chorou mais, porque mesmo estava indo atrás dele? — Bem que dizem que o amor deixa a gente burro, você é uma burra Isabelly, burra. — Fez careta, faria aquele idiota a escutar nem que tivesse que o amarrar em uma cadeira.

Quem ele pensava que era pra falar algo tão cruel e sumir? Isso não ia ficar assim, mas não ia mesmo.

Fungou tentando controlar o choro desenfreado, parecia uma criança sem seu brinquedo favorito, sentia-se patética, mas não conseguia simplesmente ignorar, não a essa altura do campeonato. Era inevitável.

Mesmo que estivesse em um fusca diriga igual uma idiota em plena nove da noite, ultrapassava alguns faróis vermelhos e xingava quando alguem bozinava pra si. Qual é, nunca viram alguém puta fazendo merda no trânsito?

Quando faltava pouco pra chegar no destino um farol fechou a fazendo xingar, era uma via movimentada, portanto ela parou esperando o mesmo abrir.

Batia a perna freneticamente enquanto mordia a unha.

— Essa merda não vai abrir não? — Exclamou irritada, como poderia demorar tanto?

Depois do que pareceu séculos finalmente abriu, acelerou a fim de sair logo dali, mas antes que entendesse o que acontecia seu carro rodava.

Sentiu vidros em seu rosto, um caminhão havia batido violentamente contra si.

Se debatia horrivelmente no carro devido a falta do cinto, como pode ter sido tão imprudente?

O fusca só parou de rodar quando bateu de frente com um poste, o baque foi tão violento que a mesma foi impulsionada com tudo contra o volante batendo com brutalidade o tórax.

No mesmo instante sentiu uma dor absurda e começou a tossir sangue freneticamente, não conseguia se mexer. Tentou respirar, mas a única coisa que conseguiu foi se engasgar com o próprio sangue.

Piscou atônita chorando com a dor, as coisas estavam turvas e a falta de ar a deixava cada vez mais tonta. Tossiu expelindo mais do próprio sangue.

O gosto metálico do  sangue em sua língua a fazia querer vomitar, queria se mexer, mas suas forças eram 0, fez careta, em todas as vezes que almejou a morte jamais imaginou que seria de maneira tão desagradável.  Não queria morrer assim...

"Saiba que qualquer coisa que precisar, é só chamar meu nome e eu virei lhe ajudar..."

Escutou a voz de Henrique em sua cabeça, e um fio de esperança a fez tentar.

— H-henrique... — Chamou em seu último fio de voz e chorou engasgando mais ainda.

Escutou alguns gritos à sua volta, não tinha mais noção do que estava acontecendo, só via borrões e ouvia gritos que ela não podia identificar.

— Aguenta firme minha jovem, a ambulância está chegando... — Ouviu de longe a voz gentil, cuspiu sangue ao tentar falar algo.

— Será que ela aguenta?

— Ela vai aguentar sim! — A mulher acariciou o rosto de Isabelly sem mexer na mesma.

— Amor...

— O que?

Olhou o marido que olhava desesperado algo, era gasolina, estava vazando muita gasolina do carro.

— Oh céus...

— Se continuar assim o carro vai explodir, acho melhor se afastar.

— Eu não vou deixar ela aqui!

— Mas amor...

— Não! Cadê essa merda dessa ambulância que não chega?

— Ta pegando fogo... Sai dai! — O homem se desesperou puxando a mulher que o empurrou.

— Eu não vou deixar essa menina morrer aqui, me larga! — Gritou tentando abrir a porta completamente amassada. — Abre merda! Me ajuda aqui.

O homem sem ter muito o que fazer começou a puxar a porta junta a parceira.

— Alguém nos ajude! — Ela gritou desesperada tentando abrir a porta.

— Amor, é em vão! Precisamos nos afastar.

— Não! — Diz ainda tentando puxar a porra da porta em vão até que sentiu uma mão em seu ombro.

Olhou para cima vendo um rapaz alto de olhos azuis e cabelos pretos médios.

— Deixe que eu faço isso. — Disse de maneira suave e a mulher se afastou.

Henrique segurou a porta a puxando e em um só puxão a mesma saiu, olhou o estado de Isabelly vendo todos os ferimentos, olhou algo muito preocupante, se ela sobrevivesse aquilo complicaria muito as coisas. Queria curá-la, mas não podia.

A pegou com cuidado a afastando do carro, colocando-a cautelosamente no chão.

— Obrigada rapaz, muito obrigada, você é um anjo. — Disse a mulher o agradecendo e Henrique sorriu.

Olhou Isabelly sentindo seu peito se apertar, era doloroso a ver assim, mas infelizmente não poderia fazer nada.

— Me desculpe pequena... — Diz e então se afasta dali, sumindo.

Levou mais um tempo até que a ambulância finalmente chegou prestando socorro à garota que já parecia morta. A mulher que havia ligado permaneceu ao seu lado até mesmo quando ela foi levada às pressas ao hospital.

Claramente o estado dela era grave, mal sabia se a garota iria sobreviver, mas pedia a qualquer divindade possível que ela vivesse.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora