Respirou fundo, sentindo um cheiro doce agradável, não queria abrir os olhos, a sensação era tão boa. Sentiu um vento sereno em sua face, tornando o cheiro doce mais forte, aspirou, dando um pequeno sorriso.
E então abriu os olhos deixando a claridade o invadir, estranhou o lugar, o observando, o céu era tão límpido e azul que parecia uma grande piscina, com algumas nuvens branquinhas espalhadas, era lindo. Olhou o gramado verdinho a onde estava sentada e a sua frente, levantou curiosa, não vendo mais nada, caminhou com calma até que viu que estava em um penhasco, um penhasco muito alto, deu um passo para trás, receosa.
Piscou alguns segundos até que olhou novamente vendo abaixo, era como uma enorme bacia com gramado verdinho e árvores, alguns coqueiros, flores e lá embaixo tinha um lago com a água verde e cristalina, não parecia muito fundo, já que via alguns peixes coloridos nadando, pelo menos achava que eram peixes, já que devido a distância não tinha tanta certeza.
Mesmo com o fato de parecer raso não gostaria de nadar ou se jogar lá, porque para si provavelmente seria fundo, até demais. O lugar não parecia perigoso, era lindo demais, tudo ali era perfeito, sorriu, era tudo simplesmente encantador.
— Um belo lugar, não?
Deu um pulo pelo susto, sentindo seu coração se alterar e virou, o vendo novamente.
— Você.
— Eu, não vá cair. — Diz com humor, fazendo ela notar que estava pertinho da ponta do penhasco e se afastar, ficando mais próxima dele. — Você me olha como se eu fosse te morder a qualquer instante.
— Cautela nunca é demais.
— Já lhe expressei algum mal?
— Não diretamente, eu acho. Você é todo misterioso, com esse ar ai de perigo.
— Ar de perigo?
— É.
— O que é um, "ar de perigo"?
— Não sei bem, na teoria você não vai me fazer mal, mas esse seu jeito ai exala perigo. Não sei se devo confiar em você.
— Olha, assim você me ofende.
— Não era a intenção.
— Bom... Você não deve confiar completamente em ninguém mesmo, nunca.
— A é? E porquê? — Arqueia uma sobrancelha.
— Seria como se jogar em um buraco escuro, ninguém nunca é completamente confiável, sempre tem uma "falha".
Isabelly maneou a cabeça em concordância e olhou a árvore no qual ele estava encostado, era uma macieira, olhou as maçãs, que tinham um tom rosado quase fluorescentes e brilhavam parecendo deliciosas. Nunca tinha visto esse tipo de maçã.
— Que maçã é essa?
Ele arqueou uma sobrancelha, olhando as frutas acima de sua cabeça.
— São ambrosias.
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Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)
FantasyO que você faria se seus pais fossem distantes de si e seu irmão, a pessoa que mais amava, sumisse ou morresse? Era assim que Isabelly se encontrava, sozinha e abalada. O que pouco a pouco a fez cair em uma depressão profunda, envolvendo-se em um mu...