Capítulo 58

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Acariciou o pescoço da pequena gatinha preta na caixa de papelão úmida, deixando uma lágrima escorrer por sua bochecha

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Acariciou o pescoço da pequena gatinha preta na caixa de papelão úmida, deixando uma lágrima escorrer por sua bochecha. Estava na parte mais afastada do parque que ficava em frente a onde trabalhava, tinha saído tomar um ar e enquanto estava sentada no banco escutou o miado baixinho, andou até que viu o peludinho na caixa de papelão que estava úmida provavelmente pela garoa leve que deu algumas horas atrás.

Não aparentava ter muito mais do que 45 dias de vida.

— Como alguém tem coragem de pôr uma coisa tão fofinha igual a você na rua? — Questiona sem parar os carinhos.

— Ele é seu?

Se assustou ao ouvir a voz atrás de si e então elevou a cabeça vendo Henrique que sorriu amigavelmente.

— Não... Foi abandonada, é uma fêmea.

— Que triste, parece bem novinha. — Diz se ajoelhando e acariciando a cabeça da gatinha.

— É uma bebê, provavelmente uns 45 dias, se tiver mais é pouquinha coisa. — Explica o olhando ajoelhado de maneira desengonçada pela armadura. — Você sempre está vestido assim?

— Pode se dizer que sim.

— Por que?

— Eu preciso estar sempre preparado caso ocorra algo.

— E você tem, sei lá, uma folga?

— Dificilmente.

— Isso parece bem desagradável. — Afirma voltando a atenção ao animal.

—  Eu gosto, pra mim é de bastante agrado.

— Que bom...

— Não está trabalhando hoje?

— Estou sim, estourando minha pausa lanche, inclusive. — Afirma olhando as horas no relógio de pulso, tinha 30 minutos para lanchar, e normalmente saia 15:30, deveria voltar 16 e já era 16 e 12.

— Isso não lhe causa problemas?

— Na maioria das vezes não. — Não era mentira, mas dificilmente estourava sua pausa, porém não queria largar a gatinha.

— Vai ficar com ela?

— Não sei se seria adequado.

— Por que?

— Não fico muito em casa dia de semana, não conseguiria dar muita atenção pra ela.

— No entanto, tenho certeza que seria melhor do que ela ficar aqui no frio, toda úmida, mesmo que a deixe com a sua jaqueta, não irá a proteger muito. — Afirma observando a jaqueta de couro jogada sobre a caixa.

— E você está certo... — Suspirou e então sorriu, vestiu a jaqueta novamente e em seguida pegou a gatinha no colo abaixo da jaqueta na intenção de impedir que ela sentisse frio.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora