O que você faria se seus pais fossem distantes de si e seu irmão, a pessoa que mais amava, sumisse ou morresse? Era assim que Isabelly se encontrava, sozinha e abalada. O que pouco a pouco a fez cair em uma depressão profunda, envolvendo-se em um mu...
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Recostou-se na prateleira da livraria lendo o livro. Era uma mania estranha, mas ela gostava, até algum vendedor aparecer e ela sair com um sorriso travesso.
Era costume ir lá todo dia ler algum livro pequeno, às vezes só lia e ia embora, outras vezes adquiria novos livros para sua coleção. Focou sua atenção no livro em suas mãos.
"- Duas paradas mais e vamos comprar um sorvete - AL disse, parecendo mais um garoto de oito anos do que um adulto. Becky achava hilário o fato dele não conseguir passar mais de uma hora sem fazer um lanchinho...".
— Olá...
Fez bico imaginando o vendedor a fazendo largar sua leitura, olhou para o lado com um sorriso infantil e então o viu. Era o cara da boate.
— Oi...
— É bom?
— Uh?
— O livro, é bom?
— A sim... — Isabelly observou a capa do livro "A garota que semeava, de Lou Aronica." — Bem, comecei a ler agora, não sei dizer exatamente, parece bom, gostei bastante da capa na verdade. — Diz avaliando à capa.
— E você fica lendo aqui?
— Às vezes. — Sorri.
— Não incomoda?
— Bem, eu incomodo os vendedores. Mas me incomodar é raro.
— Até que faz sentido, seu nome é Isabelly, estou certo?
— Sim, sim, Maxwell, né?
— É, e sua amiga?
— A, me fazendo passar algumas vergonhas diárias, mas bem.
Ela o observou dar um pequeno sorriso, estava encantada, tudo nele parecia perfeito, hipnotizante.
— Não a vi novamente na boate.
— Digamos que estou evitando maus hábitos, então não é um lugar que eu vá com frequência.
— Entendo... — Maxwell a olhou, parecia pensativo.
— Você sempre vai, ou fica na boate?
—Na verdade não, prefiro arrumar alguém de confiança que o faça por mim. — Recosta-se na prateleira pegando um livro aleatório.
— E como sabe que não fui?
— Eu fui nos primeiros dias, mas... Talvez eu tivesse a intenção de vê-la novamente. — Da um pequeno sorriso a olhando de forma um tanto maliciosa.
— Que errado.
— Talvez, mas você é interessante, coisas assim acontecem.
