Capítulo 86

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Esse capítulo pode conter cenas delicadas para quem é sensível, peço que pulem caso necessário.

Se abaixou no telhado da pequena casa  olhando-o colocar as malas no porta malas do carro velho. Estava de noite e seus olhos amarelos brilhavam em um sadismo sem igual.

O observando rapidamente parecia calmo, no entanto a respiração levemente irregular e as mãos tremendo em ansiedade deixavam expostas a irritação e euforia. Poderia adiantar as coisas, ser breve, mas era um caçador, gostava de sentir o desespero e o medo enquanto perseguia a "presa", era sua diversão.

Sorriu em escárnio quando ele finalmente entrou no carro rumando a estrada, sua diversão iria começar. Alçou voo seguindo o carro na madrugada monótona, para o seu desagrado ele sequer havia notado sua presença.

— Verme burro… — Sussurrou aumentando a velocidade e pousando em cima do carro.

Ouviu a frequência cardíaca do homem ficar irregular e ele pisar fundo no acelerador. Andou lentamente em cima do carro, caminhando para a frente.

— Me deixa em paz demônio! — Gritou e Maxwell sorriu, pulando no capô, o fazendo frear bruscamente.

— Que hostilidade meu caro…

Samuel o olhou desesperado e novamente acelerou o carro, o que causou apenas uma risada debochada em Maxwell.

— Não tem como fugir de mim, você sabe né?

— Seu demônio nojento, eu disse pra me deixar em paz!

— E eu disse pra você sair da cidade…

— Eu estou saindo!

— Demorou demais, quando eu mando fazer algo, tem que ser naquele exato momento. — Alega apoiando a mão no carro e ele para abruptamente.

Samuel abriu a porta e saiu correndo desesperado rua a fora, fazendo Maxwell sorrir mais ainda, satisfeito.

— Correr de mim é inútil verme e confesso que achei que você seria um pouco mais corajoso.

— Porque você tá fazendo isso?

— Você machucou alguém importante pra mim rato, e eu odeio que machuquem pessoas importantes pra mim.

— Tudo isso por causa daquela vadiazinha? Porque algo como você ia ligar pra ela?

Maxwell o olhou furioso se aproximando, agarrou o pescoço do mais baixo com raiva e enfiou a mão em sua boca com brutalidade quebrando quatros dentes no processo e puxou sua língua para fora.

— Eu poderia arrancar sua língua aqui e agora por ousar dirigir a palavra a ela dessa maneira, porém assim você perderia sangue rápido e morreria rápido. E eu quero ver você sofrer. — Disse baixo, ameaçador e Samuel tremeu.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora