Prólogo

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Dia 15 do 05 de 1628

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Dia 15 do 05 de 1628

O pequeno garoto caminhava lentamente até o fundo de sua escola. Suas vestes eram simples e modestas, era magro e pequeno para seus dez anos, os cabelos pretos batiam em seu ombro de forma bagunçada e desgrenhada, entretanto seus intensos olhos azuis brilhavam como uma linda safira.

A criança se aproximou da árvore e sentou-se, deu uma leve olhada no céu e então focou nas folhas do chão, as olhou por alguns segundos até que teve uma ideia, sorriu animado, pegou uma folha amarronzada próxima a si.

Observou alguns segundos a folha amarronzada e sem vida focando a atenção na mesma e em segundos ela começou a levitar, sorriu de forma encantadora observando a folha flutuar a sua frente. Porém não fora só isso, a folha começara a ganhar vida, ficando verde e gloriosa, como se ainda fosse uma bela folha nova na árvore.

Sentia-se um mágico, achava aquilo incrível, mesmo não entendendo o porquê de conseguir fazer.

— Aberração!

Escutou o grito atrás de si, e instantaneamente seu sorriso morreu e a flor caiu em seu colo. Eram os mesmos garotos das outras vezes, ainda se lembrava deles lhe afogando na privada do banheiro, fora horrível. Tinha medo deles, tentava manter-se distante o máximo possível, mas eles sempre vinham atrás de si. Levantou-se apressadamente, queria correr dali.

— Ei garoto, não corre não, volta aqui!

Pode ver os quatro garotos atrás de si, eles eram mais rápidos, mesmo ele não gostando de admitir.

Olhou para trás novamente, o que foi seu erro, já que acabou tropeçando e indo de encontro ao chão, olhou de forma desesperada na direção dos rebeldes, iriam aprontar consigo de novo, não queria aquilo, levantou-se pensando em correr novamente, mas eles já estavam próximos, o cercavam.

— O que eu havia dito sobre fazer essas coisas demoníacas por aqui? — Falou um garoto alto lhe levantando pela gola da blusa.

O pequeno fez careta, aqueles meninos davam o dobro de si, na verdade praticamente toda a sua sala, era assustador.

— Solte-me... — Diz entredentes encarando o garoto.

— Te soltar, o que acha Leon, soltamos ele?

— Por mim, faça o que quiser com essa aberração. — Da de ombros.

Ele os olhou assustado, sempre foram crianças bem rudes, nunca entendeu isso, não fazia nada de mais, não para si pelo menos. Remexeu-se adquirindo coragem e conseguindo acertar um chute com dificuldade no que o segurava, nunca fora de revidar, era sua primeira vez e arrependeu-se ao ver o olhar enraivecido que o garoto mais alto lhe lançava.

Correu, ou ao menos tentou, já que sem que tivesse tempo de notar direito já estava no chão e os quatro valentões estavam o cercando e lhe agredindo sem o mínimo pudor.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora