Tocou a campainha e levou a unha aos dentes, talvez ela fosse masoquista, ou só louca mesmo.
Esperou um tempo e tocou novamente.
— Vá embora Isabelly.
Fez bico, até que esperava por aquilo.
— Não.
— Não seja teimosa.
— Eu não vou embora Maxwell!
— Não sou seguro pra você no momento, vai embora.
— Não vou e se não abrir quem vai entrar pela janela serei eu, não você. — Diz com firmeza cruzando os braços.
Aguardou minutos que pareciam infinitos até que a porta foi aberta, sorriu satisfeita o olhando. Maxwell seguia com o cabelo longo e preto, estava completamente pálido e ainda tinha as unhas grandes, o olhou nos olhos, os azuis brilhantes estavam opacos.
Trajava um moletom completamente preto e caminhava tranquilamente descalço.
— Você ainda está com o cabelo e a unha grandes.
— Estou...
“Tão fácil, tão frágil, mata ela."
Maxwell balançou a cabeça, com a voz incômoda presente somente para si.
— Você está bem?
— Você precisa parar de aparecer aqui do nada.
— Você faz isso na minha casa, e ainda entra pela janela.
— É diferente.
— Não, se você pode eu também posso.
Maxwell sorriu em deboche e então a olhou.
— As coisas não funcionam assim, Isabelly.
— Pra mim funcionam.
— Até você estar morta.
Isabelly piscou, fazendo bico.
— Não é pra tanto.
— Sua ingenuidade te faz achar isso.
— Não gosto quando você me chama de ingênua.
— Ninguém gosta de ouvir as verdades sobre si próprio.
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Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)
FantasiO que você faria se seus pais fossem distantes de si e seu irmão, a pessoa que mais amava, sumisse ou morresse? Era assim que Isabelly se encontrava, sozinha e abalada. O que pouco a pouco a fez cair em uma depressão profunda, envolvendo-se em um mu...