Capítulo 37

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A garotinha correu animada chegando até as escadas rapidamente, desceu apressada

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A garotinha correu animada chegando até as escadas rapidamente, desceu apressada.

— Menina não corre de pantufa nas escadas!

— Ta tudo bem tia Ju! — Afirma ainda descendo as escadas rapidamente com as pantufas de raposa.

Correu o espaço amplo até passar por uma porta e ouvir o som da TV.

— Mais um pouco e você perde o começo querida.

— Me distrai no banho vovó. — Alega correndo se sentar ao lado da senhora que sorria radiante para si.

A idosa de feições gentis puxou a coberta que estava sobre sua perna jogando também em Isabelly que se aninhava em si.

— Você está muito cheirosa.

— É o meu shampoo novo das meninas super poderosas, eu que escolhi! - Diz sorridente.

— Bom saber que minha neta tem um bom gosto.

Isabelly sorriu e então olhou para a televisão, todo dia 19:00, após jantar assistia pantera cor de rosa com a sua avó, era algo somente das duas. Amava esse momento.

— Vovó?

— Sim minha flor.

— Me conta de novo a história do dia que você viu um anjo?

— De novo meu bem? Eu já te contei várias vezes.

— Mas eu gosto dela, conta, por favorzinho. — Pede olhando a avó com um sorriso maroto.

— Está bem, está bem. Isso aconteceu quando eu era bem pequenininha, uma meninota igual você. Eu morava com meus pais em uma fazendinha simples, quase no meio do nada, lá tínhamos alguns animais... Vaca, galinha, porquinhos, cavalos. Meu papai cuidava deles e das plantações na época e mamãe ajudava...

Isabelly olhava a senhora atentamente com um sorriso no rosto.

— Certo dia uma de nossas éguas, a estrela, ficou prenha. Eu fiquei muito feliz, não via a hora do bebê nascer. — Ela contava olhando a frente, parecia distante, vagando nas lembranças contadas. — Quando esse dia chegou todos ficamos eufóricos, papai preparou tudo para que a Estrela tivesse um parto confortável e seguro, o bebezinho nasceu em uma madrugada fria. Era um lindo potrinho preto, tão preto quanto ônix, com olhos brilhantes, porém era bem pequeno. — As feições da senhora foram passando para triste rapidamente — Vi que tinha algo errado quando o papai olhou pra mamãe e balanço a cabeça negativamente com um olhar triste.

Isabelly se remexeu incomodada no sofá.

— Como você sabe minha flor, o potrinho nasceu doente, era fraquinho, mal comia. Ele ia morrer, mas eu não queria aceitar, todo dia eu o ajudava a se alimentar ou andar, mas mesmo assim ele continuava muito fraco. Então eu comecei a rezar, todo dia rezava pedindo para que deus não levasse o meu potrinho... Um certo dia, durante a noite eu sai escondida dos meus pais, como sempre fazia, para ir ver como ele estava. — O sorriso no rosto da idosa voltava pouco a pouco.

Anjo Das Sombras (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora