O que você faria se seus pais fossem distantes de si e seu irmão, a pessoa que mais amava, sumisse ou morresse? Era assim que Isabelly se encontrava, sozinha e abalada. O que pouco a pouco a fez cair em uma depressão profunda, envolvendo-se em um mu...
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Suspirou olhando o espelho, visivelmente incomodada. Trajava uma pantalona preta com dois bolsos laterais, uma camiseta cinza do rei leão por dentro, e um cinto marrom, nos pés como sempre estavam seus all star pretos.
— Sua mãe não vai gostar muito da blusa. — Comentou Judite, se aproximando.
— Não é como se eu me importasse.
— Isa... — Diz em tom de repreensão.
— Já vou fazer vinte anos Ju, não é só porque infelizmente ainda estudo, que eles podem controlar o que visto. Nem sequer têm esse direito.
— Eita bixinha difícil... — Diz lhe fazendo um cafuné — Tem certeza que eu devo ir?
— Sem dúvidas, você faz parte da família, sempre cuidou de mim, se é pra sair em família, você tem que estar junto.
— Se você diz, agora vamos antes que seus pais infartem na sala.
— Erva daninha não morre fácil... — Sussurra pegando uma bolsa de ombro preta e o celular.
Desceu as escadas com a preguiça de 10 preguiças instaladas em seu corpo, pode ver sua mãe bater a perna freneticamente sentada no sofá.
— Você demorou! — Alegou sua mãe olhando em certa repreensão.
— É, foi proposital.
— Isabelly… — Seu pai novamente repreendeu.
Olhou ambos com um olhar inquisidor e revirou os olhos ao constatar que os dois pareciam modelos de capa de revista, vestidos perfeitamente bem de maneira luxuosa e exuberante, achava isso tão desnecessário.
Quase bufou igual uma adolescente mimada e rebelde, seu humor estava péssimo, e ela nem sabia dizer exatamente o porquê.
— Vamos? — Disse visivelmente impaciente, só queria ficar em sua cama, não sair pra um jantar contra sua vontade com seus pais.
Olhou o cardápio, entediada. Estavam em um restaurante francês, o que ela particularmente não apreciava muito, pratos com coelhos ou patos não estavam muito no seu agrado pessoal, não que ela fosse vegetariana, mas tinha certos limites.
— É só escolher algo, Isabelly. — Diz sua mãe pela terceira vez.
Bufou, revirando os olhos.
— To tentando achar algo decente.
— Impossível não ter algo decente aí.
— Ao meu ver quase nada é.
— Se você seguir igual uma adolescente emburrada, fica difícil mesmo.
Olhou sua mãe irritada, e então abaixou o cardápio.
— Vou querer um poulet frites e um coquetel Kir. — Disse pra garçonete que respirou aliviada.
