Capítulo XII

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- In my feelings; Lana del Rey

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POV Marjorie Cerrado

Me mudo amanhã para meu novo apartamento, que fica no mesmo prédio que o de Victoria. Finalmente vou sair daqui. Mas não é isso o que está me deixando nervosa. Daqui a meia hora, eu e Nascimento estaremos frente a frente, como duas pessoas civilizadas, ou ao menos eu espero que seja assim.

Encaro meu guarda-roupa, procurando a melhor roupa para eu vestir. Ele gostou do meu vestido vermelho daquela noite, mas não sei, não é bom o suficiente para essa noite.

Experimento os três vestidos mais amados pelos homens, mas nenhum parece se adequar a situação. Não sei porquê, mas Nascimento gostaria de algo diferente.

Encaro, então, o vestido preto em meu guarda-roupa, escondido e apagado.
Eu usei ele apenas uma vez, fingindo ser namorada de um esquisito que era excluído no trabalho. O esquisito fodia bem, mas continuava sendo esquisito.

O vestido é ombro a ombro, que vai até acima do joelho, justo ao corpo. Ele me deixa como uma gostosa elegante. Eu acho que Roberto vai adorar.

Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo baixo, deixando meus cachos roçarem na pele de meu ombro nu. Decido não me maquiar, mas passo um gloss na boca.

Às seis em ponto, ouço a buzina em minha porta. Que homem pontual...
Saio pela porta, vendo ele recostado no carro, vestindo uma calça preta, como de costume, e uma camisa social também preta. Esse homem está delicioso.

Me aproximo dele, encarando esses olhos tão viciantes. Victoria estava certa, isso é loucura. Mas eu quero continuar sendo insana se minha recompensa for acabar a noite na cama dele.

Nascimento repousa as mãos em meu quadril, me aproximando ainda mais.

- Você ta gostosa pra caralho. - A voz dele sai em um sussurro, me arrepiando inteira. Mesmo que inocentemente, ele me fez imaginar coisas tão...

Sussurra assim no meu ouvido e terá qualquer coisa de mim, seu canalha.

- Obrigada. - Sorrio. - Você também está muito bonito mas...

- Mas...?

- Mas prefiro você fardado. - Abaixo a cabeça, sorrindo envergonhada, brincando com os botões da camisa dele.

A verdade é que ele fica um tesão com aquela farda. Ele pode ser um imbecil usando ela, mas fica um imbecil delicioso.

- Ah é? - Segurando meu queixo, com uma delicadeza que eu nunca vi nele antes, ele ergue meu rosto e encara meus olhos.

Em movimentos calmos, Nascimento cola nossos lábios por um breve momento. Eu quero mais que um selinho. Eu quero muito mais. Ele afasta o rosto do meu, com o olhar diretamente na minha boca. Sorrio ao vê-lo com a boca suja de gloss.

- Está sujo... - Gargalho, passando o polegar em seus lábios.

Acho que, mesmo sendo experiente na arte de seduzir homens mais velhos, eu viro uma menina besta e imprudente perto de Nascimento. O que é estranho porque não há motivos para isso.

Meus movimentos inocentes em seus lábios tiveram uma reação inesperada nele. Nascimento pressiona ainda mais meu corpo contra o dele, ainda com as mãos em meus quadris, me fazendo sentir sua ereção.

- Portando fuzil uma hora dessas, capitão? - Gargalho genuinamente, cerrando os olhos e o desafiando a falar alguma coisa.

Ele não me responde nada, mas leva a boca até meu ombro nu, e beija. Fazendo trilhas de beijos por todo meu ombro, como se quisesse provar cada centímetro dali, sinto seu pau pressionar ainda mais contra meu corpo.

Insensatos | CAPITÃO NASCIMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora