Capítulo XXXII

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- House Of Balloons; The Weeknd


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POV Marjorie Cerrado

Quando saí da festa de Dedé, liguei logo para Pedro. Ele é fundador de uma ONG e eu gostaria de fazer uma parceria, caso o atual dono do morro permita. O foda vai ser eu conseguir aparecer lá, mas Maria e os outros podem me ajudar nisso.

Eu e Pedro fomos tomar um café enquanto conversávamos sobre os projetos, e agora ele está me levando de volta pra casa.

- Transei com meu ex. - Encaro Pedro, procurando julgamento em seu rosto mas tudo o que me é direcionado é um sorriso reconfortante.

- Essa sorte eu não tenho.

- Deveria voltar pra ela. - Dou de ombros, inclinando a cabeça.

- E você deveria deixar se ser intrometida. - Recebo um tapa forte na coxa.

Meu celular vibra em minha coxa, então pego imediatamente porque Victoria ficou sozinha em casa e ela estava meio bêbada. Sorrio incrédula ao ver quem é o remetente da mensagem.

- Vamos resolver essa história hoje
Deixa de palhaçada e infantilidade
Se você estiver com outro, reza pra eu não encontrar vocês porque se eu encontrar ele tá fudido.

- Falando no diabo... - Mostro a mensagem de Nascimento para Pedro.

- Seu ex te intimando uma hora dessas? - Pedro nem liga pro teor da mensagem e muito menos para a ameaça.

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POV Capitão Nascimento

Me aproximando do prédio de Marjorie, encaro a entrada. Possesso, vou até a guarita, ordenando que Dorival abra.

- Ela não está. Dona Victoria veio sozinha. Mas mesmo se estivesse, o senhor não pode ficar aqui. Dona Marjorie proibiu. Não sei como o senhor pôde fazer tanto mal aquela menina...

- Cala a porra da boca, caralho. - Impulsivamente, dou um murro no portão. - Abre essa merda ou você vai se arrepender.

- Se o senhor não for embora eu...

- Você o quê? Vai chamar a polícia? - Possesso, grito com o velho que está escondido na guarita.

Esse velho intrometido tá me tirando do sério há tempos. Ele não sabe da história. Toda história tem dois lados e eu tô pouco me fudendo pra opinião dele.

Encaro o celular, colocando toda minha raiva e meu ciúmes nas pequenas teclas do teclado do meu celular. Envio, finalmente, a mensagem pra Marjorie. Será que ela não entende que eu amo ela? Só de pensar nela com outro homem, me dá vontade de prender ela comigo pra ninguém nunca mais ter acesso a ela. Ela é minha. Será que ainda não entendeu essa merda? Porra, é nisso que dá ser compreensivo.

Cruzo os braços, tentando respirar fundo pra não meter a porra nesse velho intrometido e abaixo a cabeça, encarando meus pés. Ao ouvir um barulho, ergo apenas o olhar, encarando furioso o carro que para do outro lado da rua.

Meu sangue ferver ao ver a silhueta da minha mulher pela janela do carro.

Contraio o maxilar e cerro os punhos ao ver a minha garota sair do carro daquele playboy otário. Parceiro, eu espero que seja um irmão que eu não sabia da existência ou ele tá fudido pra caralho.

Ela me viu. Eu sei que me viu porque sua expressão calma muda ao encontrar meu olhar furioso.

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POV Marjorie Cerrado

Eu sabia que ia dar merda. Se Pedro e Nascimento se encontrassem, daria uma merda do caralho. O foda é que agora eles estão cara a cara.

Pedro abriu a porta pra mim e eu saí do carro. O que eu não sabia é que Nascimento estava aqui me esperando. Ele tinha me mandado aquela mensagem, então achei que passaria a noite inteira me procurando e foda-se, mas ele está aqui. Está aqui e está prestes a explodir.

Embora eu e Pedro não tenhamos nada sério além de uma foda por consolação, ele também não é flor que se cheire. Se Nascimento começar a tentar se impor sobre ele e me tratar como dele, Pedro vai tentar mostrar que não é bem assim. O problema é que, mesmo Pedro estando certo, ele não é bom de briga. Já Nascimento é.

- Boa noite. - Pedro cumprimenta Nascimento apenas com palavras, colocando as mãos nos bolsos.

- O que estava fazendo com ele? - Nascimento não responde o cumprimento de Pedro, e continua com os olhos fixos aos meus.

- Quer mesmo saber? - Pedro começa a desafiar Nascimento, o que não é nem um pouco prudente.

- Você não entendeu que é minha, Marjorie? - Nascimento segura meu braço, ignorando Pedro novamente.

- Solta ela, cara.

- Fala pra ele não falar comigo. Diz a ele pra não falar comigo. - Nascimento continua segurando meu brado e ordenando. - Vamos subir. Precisamos conversar de uma vez por todas. - Nascimento me puxa, me guiando pra longe de Pedro.

- Eu não vou deixar ela sozinha com você. - Pedro segura meu outro braço, me puxando pra longe de Nascimento.

Agora que deu o caralho mesmo. Essa porra virou cabo de guerra e a corda sou eu.

- Eu ja falei você não falar comigo. Eu disse pra voce calar a sua boca e não falar comigo antes que eu enfie a porra em você. Cala a sua boca. - Nascimento parte pra cima de Pedro, mas meu corpo o impede de machucar meu chefe.

- Roberto, já chega! - Empurro ele com força, enquanto grito. - Sobe. - Ordeno, mas ele nem se move. - Sobe agora, caralho. - Grito mais uma vez, e ele passa pela portaria.

- Não pode ficar sozinha com esse doido. A gente defende mulheres todos os dias de homens assim, Marjorie.

- Ele nunca faria nada pra me machucar, Pedro. Mas muito obrigada pela noite, pela conversa... Por tudo. - Abraço meu chefe e amigo, sentindo ele me envolver com os braços.

- Você é boa demais pra ele, mas nao vou te impedir de voltar pro seu amor. - Ele bagunça meu cabelo e sai andando pro carro. - Mas se precisar, sabe que não me interessa se ele é capitão do BOPE. Sempre vou te defender. - Sem me olhar, ele para e fala. É bom saber que eu tenho amigos.

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Olá, docinhos. Tudo bem?

AINDA FALTA UM CAPÍTULO
O MAIORAL(eu espero

⚠️Para melhor experiência, escute a música enquanto lê. Eu juro, é outra sensação.⚠️

Nos vemos em breve.

- Milésima esposa do Capitão Nascimento 💋

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