Capítulo LXVIII

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⚠️ALERTA GATILHO!⚠️

Meus amores, esse capítulo faz referências à abuso sexual e contém assassinato. Se você for sensível, não leia. Se não souber se é sensível ou não, não leia. Na dúvida, não leia. Não vai mudar no seu conhecimento da história porque faço um breve resumo no próximo capítulo, então, na dúvida, pule esse. Nunca me perdoaria se tocasse em um ponto sensível pra vocês que eu amo tanto. Por favor, me escute e siga minha recomendação.

-- Hold On; Chord Overstreet

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POV Marjorie Cerrado

Com brutalidade, sou arremessada contra o chão. Meu corpo lateja. Cada centímetro do meu corpo trabalha pra se recuperar de um hematoma diferente. Eu apanhei pra caralho. O suficiente pra ter matado alguém e eu não morri. Não morri porque a todo momento resisti pelo meu filho. Eu sinto que ele não está bem, mas vai ficar. Vai ficar bem e eu vou ficar bem. Iremos embora daqui e teremos uma vida tranquila longe disso tudo.

De meu nariz escapa um pouco de sangue, mas eu o contenho com ao punho do blazer que vestia. Estive, durante todo o trajeto, desacordada. Me bateram tanto que eu literalmente desmaiei. Não consigo me mexer muito, e a única coisa que penso é no meu filho. Vai ficar tudo bem. Roberto vai me encontrar, seja lá onde eu esteja, e vai ficar tudo bem.

- Trouxe companhia. - O rangir da porta me indica que ela está sendo aberta, mas não consigo me levantar daqui e ver o que está acontecendo. A voz de um homem, um dos que me bateram, surge na porta.

- Marjorie! - Ao ouvir a voz de Ludmilla, fecho os olhos e cerro os punhos. O que ela está fazendo aqui?

Minha amiga se aproxima do meu corpo fraco e trêmulo.

Ludmilla se senta ao meu lado, apoiando minha cabeça em suas pernas. Ela também está machucada, não tanto quanto eu. O que aconteceu?

- O que faz aqui? - Minha voz fraca ecoa pelo quarto vazio, composto por apenas uma cadeira e um colchão velho, mofado.

- O que fizeram com você? - Ludmilla analisa todo meu corpo, assustada. Ela também está machucada.

- Lud, por que está aqui? - Seguro sua mão, que passeava pela minha barriga.

- Descobriram tudo, Marjorie. Eles vão me matar. Mataram meu investigador e agora é minha vez... - Ela suspira, tentando transparecer uma calma que, com toda certeza, não está nela.

- Isso tudo é uma merda... - As lágrimas começam a sair, delicadamente, pelos meus olhos.

Desde que eles me pegaram, eu não derramei uma lágrima. Estive tentando me focar e me fazer acreditar que não iria acontecer nada comigo. Mas vai. Eu sei que vai. Eu vou morrer ao lado da minha mentora e melhor amiga, carregando meu bebê.

- Você não vai morrer. Eu não vou deixar meu afilhado morrer. - Lud passa o polegar na minha bochecha, limpando as lágrimas ousadas.

Meu coração ainda está pesado e angustiado, e agora ainda mais. Ludmilla está comigo e isso é terrível. Ela vai morrer, eu vou morrer, meu bebê vai morrer. Tudo isso é uma merda do caralho.

|♡|

Deitada no colo da minha amiga, meu corpo todo está sendo tomado por calafrios. Trêmula, tento me aquecer nos braços de Ludmilla.

- Você está suando...

- Eu vou morrer, Lud. Eu não tô bem...

- Você não vai morrer. Eu estou aqui. Vai ficar tudo bem.

Insensatos | CAPITÃO NASCIMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora