Capítulo XXXIII

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Gente, é sério, leiam esse capítulo ouvindo a música porque bem na hora do refrão ele fala uma coisa maravilhosa, então dá uma sensação gostosa do caralho e eu preciso que vocês sintam o mesmo que eu senti escrevendo.
Obrigada pela atenção;

- Milésima esposa do Capitão Nascimento 💋

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- Let The world burn; Chris Grey

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POV Marjorie Cerrado

Respiro fundo, tentando tomar coragem de subir. Eu quero matar Nascimento. Como ele trata meu chefe dessa maneira? Como ele ousa achar que pode mandar em mim?

Irritada, marcho em direção ao meu elevador, dispersa demais pra prestar atenção em Dorival falando comigo ou com os barulhos perto de mim.

Eu nem sei o que eu vou dizer, o que vou fazer, quando ficar finalmente cara a cara, a sós, com Nascimento, mas eu sei que eu tô puta pra caralho com ele.

A porta do meu apartamento está aberta, e, do lado de fora, posso ver Nascimento sentado no sofá, com os cotovelos apoiados nas pernas e o rosto apoiado nas mãos.

- Que cena patética foi aquela? - Bato a porta com força, gritando com ele.

- Fala direito comigo. Eu que tenho que te perguntar. - Ele se levanta instantaneamente, e se aproxima de mim, me apontando o dedo indicador.

- Abaixa a porra do dedo. - Grito ainda mais alto que ele. Porra, esse homem me deixa doida.

Nascimento respira fundo, passando as mãos pelo cabelo.

- Você me traiu. Tá achando que pode mandar em mim? Não fode, caralho. - Meu tom de voz ainda está exaltado, mas não tanto quanto antes.

- Eu não te traí, caralho. Ela me beijou e eu me afastei. - Nascimento também altera a voz, se aproximando de mim.

- Eu não acredito em você. - Me afasto, passando as mãos pelo cabelo. Eu odeio estar perto dele. Odeio que me faça virar outra mulher. Eu não sou assim. Não fico berrando, mas com ele por perto, viro uma maluca.

- Eu nunca faria isso, porra. Eu te amo! - Com as mãos nos meus ombros, Nascimento me empurra contra a parede.

Meu coração acelera tanto que ouço meus próprios batimentos. Minha respiração tá tão ofegante que meu peito sobe e desce, se enchendo com dificuldade. Mesmo com os gritos, a frase dele não me passa desapercebida. O "eu te amo" parece muito mais um palavrão saindo da boca dele com tanta agressividade, mas ainda é um "eu te amo".

- O que disse? - Minha voz agora é um sussurro, enquanto sinto sua respiração sobre a pele de meu rosto.

- Que nunca te trairia. - Ele se senta em meu sofá, apoiando os cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos.

- Não... Depois

- Que te amo. - Ele ergue o olhar, me encarando de baixo. - Eu te amo e tô ficando maluco, Marjorie. Eu juro que quando vejo outro perto de você, eu sinto vontade de matar ele. - Levantando do meu sofá, Nascimento se aproxima de mim enquanto fala.

Eu sinto a intensidade das palavras dele. Me parecem verdadeiras. Ou eu só quero acreditar que são verdadeiras. Eu preciso que sejam.

Em um ato impulsivo, o puxo para um beijo intenso. Cheio de saudade, luxúria e amor. Ele me ama? Essa história eu tiro a limpo depois, agora, eu preciso dele. Eu preciso mais do que qualquer coisa.

Insensatos | CAPITÃO NASCIMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora