- Aliança; Tribalistas
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POV Marjorie Cerrado
O fim de semana foi incrível, mas tudo tem um fim. Na segunda, hoje, pela manhã, Roberto saiu cedo mas deixou café feito. Homem prendado, é assim que eu gosto. Antes de ir para a ONG, tomo um café bem reforçado, com pão e o resto de bolo que vai fazer aniversário de guardado na geladeira.
Visto uma saia jeans e uma camisa larga cor de creme, quando ouço meu celular tocar. Quem seria o desocupado, além de mim, que está disponível numa hora dessas?
Enquanto calço o tênis, atendo o telefone e coloco no viva voz.
- Olá, bom dia. - É uma voz feminina.
Não é cobrança.
- Bom dia. - Respondo, desconfiada.
- Aqui é a Elisangela, coordenadora do setor de recursos humanos da defensoria pública do Rio de janeiro. Gostaria de falar com a senhorita Marjorie Cerrado a respeito da vaga de estágio que ela se candidatou. - Puta que pariu.
- Sou eu. - É a única coisa que consigo responder.
- Senhorita, poderia comparecer amanhã, às dez da manhã, aqui no prédio?
- Claro que sim, mas a respeito de quê?
- Você foi aceita, a vaga é sua. Amanhã vamos te apresentar ao Doutor Pedro Santana. Será estagiária dele. - Foda-se quem é esse Santana, eu pularia nos braços dele agora mesmo. Estou tão feliz. Porra, eu consegui essa merda. Eu consegui. Eu nem sei o que fazer.
- Certo... Obrigada. - Respondo, ainda me contendo antes de ouvir Elisangela desligar.
Quando ela desliga, finalmente, começo a pular de alegria. Histérica, corro até o apartamento ao lado, de Victoria, e bato na porta incessantemente.
Com a cara de sono, Vic surge na porta do próprio apartamento e me olha com uma cara enraivada.
- Eu consegui o estágio. - Pulo em Victoria, envolvendo o pescoço dela com meus braços.
- Eu sabia!! - Ela começa pular juntamente comigo. Victoria é uma amiga incrível e é foda como ela vibra com as minhas conquistas.
- Porra, eu consegui!! - Seguro nas mãos de Victoria, saltitando pelo corredor.
- Você é foda. Fodasticamente foda.
- Eu preciso contar isso pro Roberto. Eu preciso compartilhar com mais alguém.
- Vai mandar mensagem?
- E isso lá é assunto pra mensagem? Vou ao batalhão. Vou ver meu policial particular a serviço e dar a ótima notícia. - Abraço minha amiga de novo, e vou até minha casa.
Eu não acredito que eu consegui. A parte mais difícil já foi, agora é só me manter lá e terminar a bendita faculdade. Ai, meu Deus, obrigada. Está tudo nos eixos agora. Minha vida está finalmente tomando rumo.
Pego minha bolsa e sigo em direção ao Batalhão, que não fica longe daqui. Do basculante do meu banheiro consigo ver eles treinarem de longe, então fica a uns dez minutos ou menos.
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Dedé me abraça com força, e logo em seguida Neto me abraça também. Eu não entendo, mas outros policiais também vieram me abraçar e parabenizar. Estava me sentindo tão acolhida até um dos policiais apalpar minha bunda e eu finalmente entender o motivo de estarem me parabenizando.
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Insensatos | CAPITÃO NASCIMENTO
FanfictionNa favela onde Marjorie cresceu, há pouca expectativa de vida; ou você vira um traficante ou vira fiel de um. Ela não queria isso. Ela não queria ser usada por um traficante como troféu, então decidiu se tornar acompanhante de luxo de ricaços do Leb...