Capítulo XIX

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- Aliança; Tribalistas

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POV Marjorie Cerrado

O fim de semana foi incrível, mas tudo tem um fim. Na segunda, hoje, pela manhã, Roberto saiu cedo mas deixou café feito. Homem prendado, é assim que eu gosto. Antes de ir para a ONG, tomo um café bem reforçado, com pão e o resto de bolo que vai fazer aniversário de guardado na geladeira.

Visto uma saia jeans e uma camisa larga cor de creme, quando ouço meu celular tocar. Quem seria o desocupado, além de mim, que está disponível numa hora dessas?

Enquanto calço o tênis, atendo o telefone e coloco no viva voz.

- Olá, bom dia. - É uma voz feminina.

Não é cobrança.

- Bom dia. - Respondo, desconfiada.

- Aqui é a Elisangela, coordenadora do setor de recursos humanos da defensoria pública do Rio de janeiro. Gostaria de falar com a senhorita Marjorie Cerrado a respeito da vaga de estágio que ela se candidatou. - Puta que pariu.

- Sou eu. - É a única coisa que consigo responder.

- Senhorita, poderia comparecer amanhã, às dez da manhã, aqui no prédio?

- Claro que sim, mas a respeito de quê?

- Você foi aceita, a vaga é sua. Amanhã vamos te apresentar ao Doutor Pedro Santana. Será estagiária dele. - Foda-se quem é esse Santana, eu pularia nos braços dele agora mesmo. Estou tão feliz. Porra, eu consegui essa merda. Eu consegui. Eu nem sei o que fazer.

- Certo... Obrigada. - Respondo, ainda me contendo antes de ouvir Elisangela desligar.

Quando ela desliga, finalmente, começo a pular de alegria. Histérica, corro até o apartamento ao lado, de Victoria, e bato na porta incessantemente.

Com a cara de sono, Vic surge na porta do próprio apartamento e me olha com uma cara enraivada.

- Eu consegui o estágio. - Pulo em Victoria, envolvendo o pescoço dela com meus braços.

- Eu sabia!! - Ela começa pular juntamente comigo. Victoria é uma amiga incrível e é foda como ela vibra com as minhas conquistas.

- Porra, eu consegui!! - Seguro nas mãos de Victoria, saltitando pelo corredor.

- Você é foda. Fodasticamente foda.

- Eu preciso contar isso pro Roberto. Eu preciso compartilhar com mais alguém.

- Vai mandar mensagem?

- E isso lá é assunto pra mensagem? Vou ao batalhão. Vou ver meu policial particular a serviço e dar a ótima notícia. - Abraço minha amiga de novo, e vou até minha casa.

Eu não acredito que eu consegui. A parte mais difícil já foi, agora é só me manter lá e terminar a bendita faculdade. Ai, meu Deus, obrigada. Está tudo nos eixos agora. Minha vida está finalmente tomando rumo.

Pego minha bolsa e sigo em direção ao Batalhão, que não fica longe daqui. Do basculante do meu banheiro consigo ver eles treinarem de longe, então fica a uns dez minutos ou menos.

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Dedé me abraça com força, e logo em seguida Neto me abraça também. Eu não entendo, mas outros policiais também vieram me abraçar e parabenizar. Estava me sentindo tão acolhida até um dos policiais apalpar minha bunda e eu finalmente entender o motivo de estarem me parabenizando.

Insensatos | CAPITÃO NASCIMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora