- Breakin' Dishes; Rihanna
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POV Marjorie CerradoEm passos lentos, atrás de Ludmila, sigo para dentro do tribunal. Ao entrar pela porta, nossa cliente, mãe do menino que o Major assassinou a sangue frio e cruelmente, estremece. Ela está vacilando e será péssimo se ela se sentir coagida pela presença do Major.
Nascimento está parado, apenas assistindo todo o espetáculo e apoiando ao superior e amigo. Pra sorte dele, ele estava com Rafael quando isso tudo aconteceu, então ele e meus meninos não estão envolvidos nessa merda toda, mas eles não deixam de ser cruéis e estão suscetíveis a serem processados por famílias que criarem coragem, porque isso pode realmente acontecer.
Eu e Ludmila cumprimentamos o juiz, que é conhecido de Ludmila há muitos anos, e nos voltamos aos nossos lugares. Eu não ligo tanto para Nascimento, mas estou feliz que ele esteja nesse momento importante pra mim, afinal, é a primeira vez que estou realmente trabalhando, mesmo não sendo a principal.
Dado início ao julgamento, nós, da acusação, começamos a apresentar as provas e pedir o afastamento e até encarceramento do Major.
Ludmila está ereta, arrogante e prepotente. Coisa que nunca havia visto nela. Ela está focada e é por isso que eu a admiro. Eu, no entanto, ainda preciso aprender muito e por isso sou alvo fácil para o ódio do Major. Ele me encara como se quisesse me matar, e talvez ele faça isso, já que é um sanguinário frívolo.
A defesa começa a contra argumentar, tentando acabar com nossos argumentos, mas eles têm bastante dificuldade com isso. Nós temos provas concretas e um corpo enterrado... O que eles têm? Nada além de "eu juro que foi troca de tiro, Meritíssimo ." Sinto até vontade de rir.
Chamamos a primeira, de três testemunhas, para falar. É um faxineiro que estava trabalhando na casa ao lado da casa da vítima, e viu tudo o que aconteceu. Segundo ele, o major atirou primeiramente no pé do garoto porque ele não queria falar algo, alegando que sabia dos próprios direitos, só que começou a esquentar o clima e o Major acabou assassinando o menino. Ao menos, foi o que esses desgraçado havia nos dito. Agora, a história é outra. Tudo o que ele viu foi o menino, uma criança de quinze anos, sacando uma pistola. Que pistola? Onde estava essa pistola quando pegaram o corpo dele? Onde está essa pistola agora? Isso não faz sentido.
Apenas movo meus olhos, analisando o major com a visão periférica. Ele está satisfeito... Puta que pariu, não. Não. Não. Não. Não.
- A gente vai perder... As testemunhas estão compradas. - Sussurro para Ludmila.
Ela não me responde e apenas continua de queixo erguido. A mãe, no entanto, já sacou o que está acontecendo. Ela chora baixinho, pedindo por justiça. Infelizmente, não iremos conseguir fazer justiça hoje. Não temos mais cartas na manga e esse é um erro terrível para nós, advogados.
Pensa, Marjorie... O que eu posso fazer? Não tinha mais ninguém lá além dos policiais mas nenhum vai testemunhar contra o Major. Eu não posso fazer mais nada. Estou de mãos atadas e Ludmila nota isso também.
A defesa, entretanto, continua a trazer suas testemunhas. Inúmeros policiais e juntamente com as nossas testemunhas traidoras, esse caso está ganho para o outro lado. Merda do caralho.
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Absolvido. Sabíamos que isso aconteceria desde metade do julgamento, mas não estava preparada pra ouvir o choro de dor da mãe da vítima. Ludmila sai, irritada e frustrada, enquanto a mãe é consolada pelos outros familiares.
O major se aproxima de mim discretamente.
- Diga a sua chefe que nunca mais se meta comigo. - Sussurra, enquanto passa sem ao menos me olhar.
- Ou então vai matar ela como fez com o menino? - Retruco. Eu tô pouco me fodendo se ele vai me matar também. Esse desgraçado devia estar na cadeia.
O major vira o rosto em minha direção. Se ele me atacar, vai preso. Me bate. Me xinga. Faz qualquer coisa, major. Se o senhor for homem...
- O que disse, vagabunda? - Ele se aproxima com agressividade, cerrando os olhos.
O major tem cinquenta e cinco anos, mas está bem conservado e olhando de perto eu vejo isso. Olhos castanhos, boca carnuda... Velho ridículo.
- Exatamente o que ouviu, assassino. - Retruco novamente. Se ele me xingar de novo, vai levar.
- Cerrado! - Ludmila me chama, gritando.
- Não sabe onde se meteu, advogada.
- O senhor não me amedronta, Major. Se acontecer alguma coisa comigo, temos toda essa gente como testemunha... - Encaro Nascimento que está se aproximando de nós. - E acho que tenho o capitão também. - Sorrio ao sentir o corpo de Nascimento sendo posto entre mim e o major.
- Deixa ela em paz, Diógenes. - Nascimento coloca o braço pra trás, me envolvendo.
- Cerrado! - Ludmila me grita novamente, então me afasto deles, mas antes, provoco o major sorrindo de maneira irônica.
Ele comprou nossas testemunhas, mas quando se trata de homens assim, sempre há podres a se encontrar.
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Olá, docinhos. Tudo bem?
A AUTORA ENLOUQUECEU!!!!! Vou postar um capítulo bônus porque no trinta teremos nosso casal juntos e eu tô ansiosa pra caralho KKKKKKK
E esse Major aí? Vcs têm alguma ideia da importância dele nessa história?
Eu tô tanta raiva dele que eu nem queria fazer esse capítulo mas eu preciso 😔
⚠️Para melhor experiência, escute a música enquanto lê. Eu juro, é outra sensação.⚠️
Nos vemos em breve.
- Milésima esposa do Capitão Nascimento 💋
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Insensatos | CAPITÃO NASCIMENTO
Fiksi PenggemarNa favela onde Marjorie cresceu, há pouca expectativa de vida; ou você vira um traficante ou vira fiel de um. Ela não queria isso. Ela não queria ser usada por um traficante como troféu, então decidiu se tornar acompanhante de luxo de ricaços do Leb...