Diógenes e minha avó se ofereceram pra ficar com William enquanto eu e Victoria provarmos algumas coisas do casamento. Beto resolveu questões burocráticas e eu obviamente contratei uma decoradora para o casamento. Eu devo dizer, casamento é uma coisa extremamente cara. Preferimos uma coisa básica e dentro do meu orçamento que é o dinheiro que eu e Beto tínhamos.
Decidimos, ou melhor, eu decidi, que vamos casar na casa de campo de Diógenes. Beto recusou de início. Disse que meu pai comprou a casa com dinheiro sujo, mas eu não quero saber e vou casar com os pés de manga do nosso lado sim e pronto. Eu quero que tudo saia perfeito. Perfeito como eu imaginei. Quero que Deus segure a chuva, que os pássaros cantem na hora exata e que o sol decida não brilhar tanto. É o meu sonho e nada pode acabar com isso.
— Você tem que experimentar o vestido. Vestido é a coisa mais difícil de escolher.
— Não deve ser tão difícil. — Encaro Victoria, enquanto termino de provar os doces que serão servidos.
Não vai ser uma cerimônia luxuosa e nem grande, mas vai ser espetacular e eu faço questão de que a comida seja boa. Por mim as pessoas sentam no chão, mas precisa ter uma comida gostosa.
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A tarde foi exaustiva mas consegui uma grande parte das pendências. Falta o vestido e os convites.
Agora, estou sentada, admirando Roberto brincando com William. O tempo, quando se tem uma criança em casa, passa muito rápido. Will já está com um mês e está tão espertinho. E é fofo ver como ele reconhece a voz do pai. Todas as vezes que Beto chega, independente do horário, William acorda. Já até mandei ele chegar calado e nem falar comigo pra não acordar o bebê mas nunca funciona.
— Beto, não faz isso. Ele não gosta. — Ninando William sentado, Roberto balança ele lentamente nos braços. William geralmente dorme ou mamando ou sendo ninado em pé. Haja coluna, mas é os desejos do príncipe da casa. — Ele vai começar a chorar... — Em tom de ameaça, aviso pela última vez.
— Ele não chora comigo. — Em um tom prepotente, Roberto fala e encara William. — Avisa a mamãe que nós somos parceiros. — Aninhando o nariz no pescoço do bebê, Beto sorri.
Veja só. A gente carrega nove meses barriga e quando nasce, não chora com o pai mas chora comigo. É mole?
— Eu vou ficar com ciúmes. — Brinco, me jogando no sofá ao lado de Beto.
— Tem Roberto pra todo mundo.
— Estou falando do Will. — Dou um tapa leve em sua testa. — Se reduza a sua insignificância.
— Não pareci tão insignificante hoje de manhã. — Ele me lança um olhar malicioso, e eu odeio quando ele faz isso. Algumas vezes ele começa a imitar o que eu falo durante o sexo e eu sinto tanta raiva porque eu fico com vergonha.
— Ai, Roberto, para! — Sorrio timidamente.
Desde que voltamos a transar, Roberto não me dá paz. E está tudo bem porque eu adoro esse homem metendo em mim, afinal, é o Roberto Nascimento. Todas as vezes que William dorme, ele é quem acorda.
— Preciso de um banho. — Com um beijo na testa, me despeço de Nascimento.
Ao entrar no quarto, começo a pegar meus produtos de self Care porque, apesar de mãe, im just a girl.
Baixinho, deixo meu celular tocando uma playlist da Ariana Grande e da Sabrina Carpenter, como a boa jovem que sou. As vezes eu esqueço a minha idade. Eu sei que eu já sou mãe, e que eu sou advogada e noiva, mas eu ainda tenho vinte e seis anos. É meio controverso, já que eu estive surtando por estar próxima aos trinta, mas eu sou jovem. É só que Roberto acaba passando a velhice dele pra mim, mas eu sou jovem. Há mulheres da minha idade saindo pra balada, bebendo e curtindo. Não que eu ache isso tudo interessante, já achei muito, mas não acho mais. Agora a minha completa felicidade é estar com meus amigos e minha família e meu completo prazer é estar com Beto. Não é que eu esteja sendo reduzida a minha família porque eu tenho minha individualidade também, mas eu estou sossegando. Pra mim, esses momentos, onde eu estou me cuidando e onde eu estou com meu filho, são os melhores momentos da minha vida e os momentos em que eu tenho mais paz.
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Insensatos | CAPITÃO NASCIMENTO
FanfictionNa favela onde Marjorie cresceu, há pouca expectativa de vida; ou você vira um traficante ou vira fiel de um. Ela não queria isso. Ela não queria ser usada por um traficante como troféu, então decidiu se tornar acompanhante de luxo de ricaços do Leb...