Capítulo L

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— Ride; Lana del Rey

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POV Marjorie Cerrado

Luana está fazendo um delineado em meus olhos, enquanto minha mãe se arruma.

— Tá até parecendo gente. — Luana se afasta, analisando orgulhosa o trabalho que fez.

— Até que você presta pra alguma coisa. — Respondo, admirando o delineado perfeito. Eu adorei. Minha irmã é talentosa em tantas coisas mas maquiagem é a área dela. Maquiagem social principalmente. Ela está linda com os cachos amarrados em um coque arrumado e seu vestido lilás.

Analiso meu corpo coberto pelo meu vestido preto. Não me sinto tão linda há muito tempo.

— Vou ter que ficar de olho em cada um dos homens pra ver se não vão olhar pra minha mulher. — Sem ligar para minha mãe e Luana em nosso quarto, Beto se aproxima, envolvendo minha cintura com os braços. — Não sabia que dava pra você ficar mais bonita.

— Não vai beijar ela não. Demorei horrores pra fazer esse ombre lips. — Luana vem até nós, colocando a mão entre meu rosto e o de Beto.

— Ouviu a patroa. Nada de beijos. — Sorrio com os olhos.

— Eu vou pedir pra vocês irem com Mathias na frente. Vou buscar Rafael. — Beto fala, olhando para minha mãe. — Doido pra tirar esse vestido de você. — Discretamente, fingindo que está ajeitando a alça do meu vestido, Beto sussurra em meu ouvido. Desgraçado.

Comecem sem mim porque vou me atrasar por motivos de: meu namorado me deixa maluca de tesão.

Beto dá um beijo na minha bochecha e sai, com as mãos nos bolsos.

— Ele vai te pedir em casamento. — Como se estivesse falando a coisa mais simples do mundo, minha mãe fala enquanto guarda os pincéis.

— O que?! — Eu e Luana falamos em uníssono.

— Ele provavelmente foi buscar as alianças.

— Por que acha isso? — Pergunto, puxando minha mãe pela mão e a induzindo a sentar na minha cama.

— Porque eu vi o jeito que ele estava olhando pra você. Como se estivesse guardando uma surpresa enorme.

— E por que me disse, mãe? Agora estragou a surpresa do meu Beto. — Mordo o lábio inferior, contendo a minha animação com a ideia do pedido. Será que ele vai mesmo me pedir ou minha mãe está louca?

— Quando vocês casarem, eu e Rafael vamos ser alguma coisa? — Lua cruza os braços, me encarando confusa.

— Não. — Respondo fazendo uma careta de estranheza. — Por que a pergunta? — Sorrio de canto para Luana, entendendo o que está acontecendo. Eu não vou falar nada agora porque ela não gosta de falar sobre sentimentos na frente da minha mãe mas é óbvio que ela está gostando de Rafael. Ai, que loucura.

— Nada... — Ela me responde, dando de ombros.

Luana e minha mãe estão no meu apartamento antigo, o que eu morava antes de vir morar com Beto. Eu sei que deveria deixá-las próxima a mim mas ficaríamos sem privacidade e eu não quero isso. Eu gosto da minha intimidade com Beto. Gosto de poder ser surpreendida com um tapa na bunda enquanto cozinho e gosto de fazer xixi de porta aberta sem me importar se vão me ver já que Beto já viu tudo de mim.

Ouço a buzina do carro lá fora, então eu e Lua corremos até os meninos. Victoria está sentada no banco do passageiro e Neto está atrás.

— Se espreme todo mundo. — Mathias fala, rindo para minha mãe. Minha mãe não dá muita importância e entra no carro lotado de gente. Eu fico por último, sentando ao lado de Neto.

— Mas você tinha que vir com esse salto? Que lerdeza. — Neto reclama, enquanto segura minha mão, me ajudando a entrar do carro.

— Por que você não vai pra puta que pariu, hein, cabeça de ovo? — Bagunço o ralo cabelo dele.

— Oh, faz isso não, pô. — Neto solta minha mão, passando as mãos pelo pouco cabelo.

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Descendo do palco, procuro Beto com os olhos ele não está sentado ao lado da minha mãe e nem de Victoria. Onde ele está? Ele não pode ter feito isso comigo. Não pode.

Se Roberto perdeu a minha cerimônia, eu nem sei o que eu faço com ele. Seria filha da putagem ao extremo.

Meu celular vibra, com uma mensagem da minha mãe.

Vim em casa buscar seu presente. Luana ficou com Rafael e Victoria.

Eu não ligo pra presente, pra minha mãe. Não ligo nem pra Luana agora. Eu só quero saber onde está aquele idiota que eu chamo de namorado.

— Mathias, tá vendo Roberto?

— Ele está ali com o major. — Cutucando meu braço, Mathias aponta em direção a Beto. Mas que merda esse velho tá fazendo aqui, meu Deus? Eu vou matar esse homem. Ou eu mato ele, ou mato Roberto.

Furiosa, marcho em direção a Roberto e ao velho ordinário. Como Roberto ousou chamá-lo para minha formatura? Como ele ousou aceitar? Eu vou matar os dois.

— O que esse ignóbil está fazendo aqui, Roberto? — Coloco as mãos na cintura, irritada.

— Eu vim te ver. — Com aquela cara presunçosa de sempre, Diógenes responde.

— Mas que caralho, Roberto. Porra, por que você não pode respeitar a minha decisão? Não é só porque ele é seu amigo que tem que ser meu também. — Desesperada, irritada, furiosa, começo a brigar com Roberto. Todos estão saindo do lugar com seus familiares e Victoria e Luana se aproximam, vendo o pequeno show que estou fazendo.

— Não é culpa dele. — Diógenes responde, inocentando Roberto. Agora era só o que me faltava. Quando eu conheci Roberto, Diogenes nem falava direito com ele e agora tá essa perseguição toda. Eu já não aguento mais esse sínico.

— Claro que é. Você é sem noção, isso eu já sabia, mas ele? Ele tinha que se tocar que você não é bem vindo em qualquer lugar que eu esteja.

— Não pode falar assim com ele, amor. — Com os braços cruzados e a cabeça baixa, Nascimento fala, erguendo apenas o olhar. Agora era só o que me faltava.

— Ah não? E por que não? — Irônica, cruzo os braços e arqueio as sobrancelhas.

— Porque eu sou seu pai. — Enquanto fala, Diógenes cruza os braços e apoia o corpo na parede atrás dele.

Ele disse o quê?

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Olá, docinhos. Tudo bem?

Todos os plots que eu inventei vcs descobriram, rapaz. Isso não é coisa que se faça com uma aspirante a escritora não😭😭😭😭

Quero ver se vcs adivinham o próximo...

⚠️Para melhor experiência, escute a música enquanto lê. Eu juro, é outra sensação.⚠️

Nos vemos em breve.

         — Milésima esposa do Capitão Nascimento 💋

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