Sarah's Pov
O meu corpo treme por todo o lado devido ao meu nervosismo. Por mais que eu queira contar aos meus pais a notícia de que vão ser avós , a ideia de eles não virem a aceitar assusta-me.
Desço as escadas, dirigindo-me até à sala de seguida. A minha encontra-se deitada no sofá, provavelmente devido ao cansaço do seu trabalho e o meu pai está sentado num cadeirão.
-Pai, mãe, eu preciso de falar com vocês. - digo um pouco nervosa e ambos os meus progenitores me encaram.
-Sim Sarah, eu também acho que precisamos de falar seriamente. - a minha mãe fala enquanto se recompõem no sofá para que eu me sente a seu lado.
Cheira-me que a conversa não vai ser boa.
-Podem começar vocês- esboço um pequeno sorriso.
Ao menos não sou eu a primeira a começar e assim terei mais tempo para ganhar coragem e contar a tão temida notícia.
-Bem filha, nós sempre conversámos abertamente sobre a sexualidade e eu sempre te mostrei que podias confiar em mim para me contares o que quer que fosse. Mas parece que isso não aconteceu. Eu sei que nunca aceitei o teu namorado e nunca fui muito simpática com ele mas eu sempre te expliquei o porquê disso.- a minha progenitora fala, fazendo-me relembrar que ela sempre teve razão com tudo o que dizia.
A minha mãe sempre me avisou à cerca do meu ex-namorado, sempre me disse que ele só me queria para sexo e quando algo não corresse como ele queria, neste caso a gravidez, iria-me dar um pontapé no rabo.
-Mãe ele já não é meu namorado. - afirmo. -Podes por favor deixar de rodeios e passar à frente?
-Claro. Então o que eu queria falar contigo era acerca de um teste de gravidez positivo que eu encontrei no teu quarto. Importas-te de me explicar o que lá fazia? - a senhora a meu lado questiona-me muito zangada.
Eu logo vi que a conversa iria chegar aqui...
-Ah...pois... É sobre isso que que quero falar com vocês... Eu descobri à pouco tempo que... es-estou grávida... - informo-os baixando a minha cabeça devido à vergonha que tenho por o meu filho ou filha ser de um monstro.
-Tu o quê? - a mulher que me deu à luz grita. - Eu sempre pensei que isto fosse alguma brincadeira de mau gosto mas pelos vistos estava enganada. Como pudeste Sarah? Tu ainda nem acabaste o curso, não tens garantias de trabalho. Como vais cuidar desse bebé?
-Calma Alicia. - o meu pai pede á minha mãe.
-Calma? Como é que tu me podes pedir para ter calma? A tua filha engravidou de um porco e tu ainda me pedes para ter calma. Pelo amor de Deus... Nunca pensei isto de ti Sarah. Tu amanhã vais comigo ao hospital e vais abortar. - a minha mãe ordena.
-Não. Ela não vai fazer nada disso. Deixa a tua filha explicar. - o meu pai fala.
-Até parece que não sabes como se fazem os bebés Jeremy ... - a senhora loira reclama.
-Chega. Podem-me deixar explicar por favor? - peço já muito enervada com toda esta situação.
Eu disse que não ia correr bem.
-Claro filha. o meu progenitor diz calmamente.
-Isto aconteceu numa noite em que eu e aquele monstro tínhamos ido a uma discoteca. Ele já estava demasiado bêbedo e obrigou-me a fazer sexo com ele, o que veio dar origem a este ser que trago na barriga. - passo a mão pela minha barriga, apesar de ainda não se notar quase nada, e sorrio para os meus pais. - Tal como a mãe fez, ele obrigou-me a abortar mas eu não o vou fazer. Sei que este bebé não vem na melhor altura e não foi feito com carinho e amor mas ele irá nascer apesar de quase todos estarem contra isso.
-Mas tu enlouqueceste? Sabes o quanto custa cuidar de uma criança? - berra a minha mãe.
-Calma! Vamos todos ter calma- o meu pai diz. - Filha tu fazes muito bem continuar com essa tua gravidez. Eu sou médico e sei que é muito melhor tu continuares com a gravidez e esse bebé não 'ter pai' - o meu pais faz o gesto de aspas - do que passares por todos os processos que leva á concretização de um aborto. E para além de tu puderes vir a ficares com 'cicatrizes interiores' irias também ficar com problemas psicológicos e isso não seria nada bom. Tu vais ser uma boa mãe. Eu sei que sim. -o senhor de cabelos castanhos sorri.
-Tu não vais ter esse bebé. Eu não autorizo ter uma filha grávida de um marginal em casa. - a minha progenitora volta a falar reforçando a sua ideia de querer que eu faça um aborto.
-Eu não vou abortar. -grito. -Se não me queres cá em casa eu posso muito bem sair. - digo já a chorar.
-Não digam nada com a cabeça quente. Vamos todos pensar sobre este assunto e depois conversamos com mais calma . -o meu pai diz antes de eu abandonar a sala. - Viste o que fizeste Alicia? Preferes ter a tua filha longe de ti? - ainda oiço o meu pai discutir com a minha mãe antes de entrar no meu quarto e me deitar sobre a cama.
Será que ainda ninguém percebeu que eu não quero abortar, porra? Eu não vou matar este bebé. Não vou.
Sinto o meu telemóvel vibrar enquanto choro agarrada á minha almofada. Pego no aparelho eletrónico situado em cima da mesa de cabeceira e observo duas mensagens. assim que vejo de quem são fico aterrorizada.
De: Duarte
Olá meu amor. Espero que já tenhas resolvido esse teu problema porque senão tu vais sofrer. Amo-te muito.
Oh não, ele é um autêntico psicopata.
De: Duarte
Então? Não respondes?
Para: Duarte
Amas-me muito? Deixa-me rir. Se o fizesses assumias a paternidade deste bebé... Agora deixa-me em paz.
De: Duarte
Eu se fosse a ti matava esse monstrinho pois tenho a certeza que não queres sofrer.
Para: Duarte
Chega de ameaças. Eu vou ter este bebé quer tu queiras quer não.
#Mensagem off
Pego no telemóvel e atiro-o para o chão, começando a chorar ainda mais com o medo do que aquele psicopata possa fazer.
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Olá!!
Aqui está mais um capítulo. Vocês podem pensar que esta história da Sarah pode não interessar para a história mas este bebé irá ser mais importante lá para a frente e vocês depois irão poder ver isso.
O próximo capítulo irá ser um momento Aliall e eu espero que gostem de o ler.
Vou tentar publicar mais um capítulo hoje, visto que ontem não publiquei.
Hashtag: #ThreatsCauseProblems
Beijinhos!!
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Threat // N.H ☑ A EDITAR
FanficEla é uma rapariga simpática, teimosa e lutadora. Ele é um rapaz engraçado, estúpido e arrependido. Ela já sofreu muito no passado. Ele cometeu o maior erro da sua vida. Ela fugiu. Ele perdeu a rapariga que amava. Será que os seus caminhos se vol...