Um ano de passa

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O ano passou, Victória se tornou uma moça linda, alegre e calada ao mesmo tempo, era raro os momentos que eu conseguia dar aulas de defesa pessoal para ela, minha vida também não estava nada fácil, com 16 anos eu e James começamos a trabalhar com meu pai, mamãe achava que estávamos ociosos demais e eu pensando em besteiras, e para isso, eu teria que trabalhar nos horários vagos, um dia, peguei Victória nos olhando trabalhar no meio da madeireira, juro que fiquei apavorado, uma tora podia cair para o lado errado e acerta-la, puxei o radio.

_ Pai!... Mande os rapazes pararem de cortar... Victória está na madeireira... _ Olhei para minha prima e tirei as luvas, a sirene sou duas vezes indicando descanso.

Caminhei até ela.

_ O que faz aqui Victória? Sabe que é perigoso e hoje é dia de corte... A encarei, agora ela usava mais vezes a tal calça jeans que a deixava gostosa, nunca vi uma menina de 14 anos tão perfeita como ela.

_ Eu quero falar com papai... e me falaram que ele está aqui! _ Ela olhou sobre meus ombros, olhei para traz, meu tio vinha em nossa direção arrancando as luvas.

_ Pai... _ Victória correu para ele e caiu em seus braços, falou algo e os dois passaram por mim correndo, fiquei sem entender nada, resolvi ir a traz para saber.

Titia Corine estava caída no chão, seu nariz saia sangue, quase vomitei ao ver aquela sena, minha mãe e meu pai já estavam já e a levaram para o hospital.

_ Nigel, fique com a Victória até nós voltarmos. _ Pediu meu tio, mamãe me olhou em advertência, consenti com a cabeça, eu tinha a obrigação de ser correto.

_ Vamos entrar... _ Disse para minha prima e a puxei para dentro, não sei o por que, mas ela não chorava, mas sentia sua aflição.

_ É a terceira vez essa semana que isso acontece... Só que hoje ela desmaiou... O que será que ela tem?! _ Victória me olhou, eu dei de ombros.

_ Pode ser uma queda de pressão...e Sangrar o nariz é normal...acontece comigo também.

_ Acontece mesmo... principalmente quando você participa daqueles campeonatos loucos... _ Ela sorriu e puxou o pano e o balde para limpar o chão, me afastei para não passar mal.

_ O que estava estudando? _ Puxei seu livro que estava na mesinha de centro. _ Inglês...

_É... Amanhã tenho teste e tenho que desenvolver uma poesia passando tudo no presente...

_ Que saco!... _ respondi.

Ficamos duas horas discutindo sobre o verso que Victória desenvolveu, horrível por sinal, ela riu muito, ela ainda era uma criança olhando bem para ela, e não combinava em nada com seu corpo, e não conseguia admitir para mim mesmo que eu estava apaixonado, era a minha prima e não tinha o direito de namorar com ela e não podia interferir e nem prejudicar sua vida, mamãe era contra e só eu sei o quanto fui beliscado por ela para me fazer acreditar nisso, cheguei a odiá-la quando me lembrava dos cascudos e beliscões quando admiti sentir algo por minha prima, então eu percebi que podia ama-la daquela forma, ela perto de mim, e sendo o primo que ela precisa.

_ Se quiser ir Nigel... Eu fico aqui esperando por eles... Acho que não vão demorar... _ Ela me olhou, seus olhos verdes brilhavam.

_ Não!... Tudo bem... A madeireira está parada mesmo... E prometi a mamãe ficar aqui!

Sorrimos.

_ Quer jogar vídeo game?...isso é se você já terminou a sua tarefa horrível!

Rimos gostosamente, ela concordou com a cabeça.

_ Você me ajuda a fazer um suco?

Por Você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora