Desconfianças e suspeito

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Passei a UTI para ver o agressor de minha prima, ele ainda estava em coma, seu rosto tinha ficado desfigurado e acho que nunca bati tanto em alguém como naquele homem, se ele sobreviver, vai precisar de plástica urgente, olhei para o policial sentado na porta, ele me olhava, creio que enunciei minha raiva, por que arfava e meus dentes rangiam, mas eu iria voltar, eu queria saber dele o porquê.

Voltei a Nova York, mas minha cabeça ficou em Philadelphia junto com Victória, eu queria saber como ela estava, se estava bem ou não, mas eu ira dificultar um pouquinho sua vida e fazer pensar em mim por semanas, no aeroporto liguei para um conhecido e jornalista, ficamos muito amigos e era ele quem passava as informações sobre Harrison.

_ Boa tarde Juliano... _ Disse assim que ele atendeu.

_ Fala meu amigo!?... _ Disse ele divertido. _ Estou sabendo que invadiu uma casa...

_ Porra!... _ Gargalhei. _ Eu não invadi uma casa... Eu apenas salvei minha prima das garras de um maníaco.

A conversa se estendeu, contei para ele o que aconteceu enquanto me dirigia a Continental para a reunião, estava praticamente em cima da hora, fiz o meu pedido, eu queria que fosse noticiado, e que se pudesse enchesse a porta da casa de Victória de jornalistas, eu queria que meu nome ecoasse o tempo todo em sua cabeça, ela precisava saber que eu era o único que poderia salvá-la.

_ Boa tarde a todos!... _ disse entrando na sala de reunião, no começo foi a minha atuação como protetor de Victória que foi discutido, eu apenas sorri e me mantive calado, e durante toda a reunião, eu não conseguia parar de pensar nela.

A semana passa, Juliano me manteve informado de que o casal não teve paz, não podiam ver a garota que já tiravam foto, o marido tentou de todas as maneiras de manda-los embora, mas sem sucesso.

O rapaz acordou e fui chamado pela policia, acompanhei seu depoimento louca para quebrar a cara dele novamente, ainda mais quando disse que queria aproveitar do corpo de minha prima, mordi a mão serrada, o investigador me olhou, meus músculos dentro do paletó incharam, por que sentia a compressão do tecido agarrado nos meus braços.

Deixei a noite cair, fiquei sentado na cama do hotel pensando em tudo aquilo, meia noite meu celular vibrou, desci e fui para o hospital, Bryan tinha sido transferido para um quarto, mas ainda com um policial na porta, aguardei por um instante até ser chamado, entrei rapidamente no quarto dele dando um envelope gordo para o enfermeiro, me coloque ao lado da cama, analisei bem aquele pateta, e ele sentiu minha presença, abriu os olhos e os arregalou e quando ia pedir socorro, tapei a sua boca me inclinando sobre ele, a minha sorte que ele estava algemado na mão esquerda, e a direita ele apenas agarrou no meu paletó, começou a arfar, eu apenas olhei bem para seus olhos.

_ Feliz em me ver!? _ Disse rangendo os dentes. _ Vamos ter uma boa conversa...por que a história que contou aos policiais e ainda querer incriminar aquele babaca do Ash não me convenceram. _ Apertei de leve minha mão, para ele sentir dor. _ Vamos conversar... e se gritar eu quebro o seu pescoço, aí você vai no inferno.

Ele concordou, fiquei analisando aquele homem e o soltei, mas me mantive inclinado sobre ele para conversarmos em um tom baixo.

_ Vai contando... _ agarrei seu travesseiro para caso ele gritar, eu o sufocaria.

_ Eu... Eu não resisti... ela é gostosa demais.... _ Disse ele apavorado.

_ Mentira!... _ rugi. _ Não faria isso de graça... Você já trabalha com Ash a mais de um ano, Victória já ficou inúmera vezes sozinha com você... _ O encarei em fúria. _ Sua ficha é limpa... Você não destruiria sua carreira a toa.

O homem começou a tremer.

_ Uma mulher loura... Ela me procurou...me deu 2mil dólares adiantado... la disse que era para eu dar uma lição em Victória... _ Ele se apavorou quando agarrei seu pescoço. _ Calma... eu vou contar...

_ Conta a verdade... quem é essa mulher...

_ Eu não sei cara... Ela era muito elegante... Disse que precisava que Victória sumisse da vida de todos... Ela a queria morta... me daria o restante do dinheiro quando terminasse o serviço.

_ Como ela era?... Loura eu já sei! _Minha cabeça começou a dar nós, Clemence não seria capaz de fazer uma coisa desta.

_ Já disse... ela era elegante, estava num carro preto... O rosto dela era fino... muito perfumada... _ ele começou a chorar. _ Ela disse que mesmo eu não conseguindo acabar com ela, ela me daria à metade, que não era para contar a ninguém e jogar a culpa em Ash...

Soltei o cara e andei pelo quarto atordoado, Clemence tinha raiva de Victória por eu não conseguir esquecer Victória e não ama-la, depois Esma veio falar sobre ela, os cerco, as investidas, seria crueldade demais, me voltei á Bryan.

_ De quanto era o restante?

_ Ah... Meio milhão... _ ele fungou.

_ Não estive aqui... E se a policia for a traz de mim... eu juro que volto e faço o que prometi. _ Saí assim que o enfermeiro entrou me dando cobertura para sair do quarto e voltei para o hotel, o negócio podia ser comigo, ou com Ash ou com alguém que Victória se relacionou no passado, mas eu iria descobrir.

Por Você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora