Oliver conversa com nigel

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Aquelas palavras me chocaram, larguei a mão dela e me afastei, Joe estava alguns metro de mim e dela, abri a boca, mas desisti de falar que não iria desistir de Victória, nem que eu tivesse que perder o amor dela, passei a mão pelos cabelos, olhei para Joe que parecia mais pálido do que eu, me afastei mais e segui para o meu quarto sem dizer uma só palavra, eu queria saber o que ela pensa de Victória, por que não entendi o que mamãe disse, me sentei na cama, a excitação da noite prometida tinha ido embora por completo, cheguei a pensar em desistir e nem aparecer.

Joe entrou no quarto, parecia temeroso e se sentou ao meu lado juntando as mãos entre as pernas, sorriu tímido, eu estava apoiado com os meus cotovelos nos joelhos, pensando no que iria fazer, no que pensar.

_ O que aconteceu?... Quem é a garota que a mamãe não quer que fique com você?

_ Joe... _ Olhei para meu irmão, sorri triste e dei um tapa na nuca dele. _ Esquece isso...

_ Eu tenho 18 anos Nigel... Eu posso ser aquele irmão que posso te escutar... Se vou ser bom conselheiro eu não sei... Mas posso tentar.

_ Obrigado Joe... Mas esse assunto é delicado demais e não sei se vai entender, e mesmo assim, não estou com a garota que a mamãe acha que estou... _ Eu vi a minha mãe pela fresta da porta escutando a nossa conversa, então para não ter problemas, eu menti, mas eu queria e muito conversar com alguém e Joe estava ali disposto. _ Anda!... vai jantar.

_ Você não vem!?

_ Não!... Eu vou tomar um banho e vou para Denisville ver o Maxuel e o Endell...

_ Posso ir com você!? _ Joe ficou animado.

_ Cara... Da próxima vez eu te levo... _ Baguncei seu cabelo e me levantei e fui tomar um banho.

Coloquei uma calça jeans, uma camiseta de gola alta e o meu suéter preferido da cor vinho, puxei minhas botas pretas de cano alto e as coloquei nos pés amarrando de uma forma que não me desse trabalho para tira-las, mesmo assim minha cabeça estava confusa se ia ou não ao nosso encontro, meu coração pulava forte quando pensava em desistir, até que escutei batidas na porta, olhei para ver quem era, meu pai estava de braços cruzados me olhando, passei as mãos nos cabelos, ele sorriu amável, era o homem que eu admirava e muito, sempre passivo e sempre acreditou em mim, sempre, isso nunca poderia negar.

_ Brigou com sua mãe?

_ Não... Apenas discutimos alguns pontos de vistas... _ Disse ainda sentado e não tendo a mínima vontade de me levantar.

_ Ela está chorando... Disse que você acha que ela te quer longe daqui... _ papai veio até mim e se sentou do meu lado, fiquei olhando para ele. _ Ninguém está te mandando embora... Muito menos James... O que queremos é que façam faculdade e sejam homens competentes e seguros de si... Levei anos da minha vida trabalhando como o seu tio para conseguir um dia comprar uma madeireira como esta... Sem estudo Nigel. _ meu pai me olhou, ele sorria grato. _ Você não lembra, mas passamos muitas dificuldades com dois bebês... Contas e dividas... Mas venci e agora quero poder deixar isso aqui para vocês.

_ Pai!... Eu não quero trabalhar na madeireira... Sinto muito, mas eu quero uma vida lá na cidade grande...

_ Não acharia que quisesse Nigel... Por que você é impulsivo e arteiro.

Rimos, meu pai passou a mão no meu ombro e me segurou.

_ Se quer o mundo lá fora?...Então por que acha que sua mãe a quer longe?

_ Por causa da Victoria...

_ Hummmmmmmmmmm... _ papai fez um bico. _ E você acha que ficando aqui, vai resolver alguma coisa e vai conseguir ganhar o mundo lá fora?... Você está reduzindo a sua vida por causa da sua prima?

Balancei a cabeça que sim.

_ Minha nossa!... Você pode muito bem fazer faculdade... Por que Victória não vai deixar de ser sua prima.

_ É... Sempre vai ser minha prima não é!?

_ Isso!

Por Você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora