Nigel sabe bem o que sente

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Fiquei por um tempo olhando para ele, analisando o que me falou, franzi o Cenho, respirei forte duas vezes.

_ Está enganado Jessé... _ Balancei o indicador. _ Pai não sente desejo sexual... Não sente vontade de beijar e muito a boca da sua própria filha...só um doente quer fazer isso... E neste momento eu quero beija-la...quero ama-la e quer fazer ela feliz... Terminei com a Alice por que ela não merece ser traída.

Jessé me encarava enquanto eu falava e eu a ele.

_ Ela é sua prima Nigel... E pelo que conheço dos seus pais, por que estudei com a sua mãe... Ela não vai aceitar esse namoro..._ Jessé pegou a bolinha e voltou a jogar. _ O que vai fazer?

_ Eu vou amar a garota dos meus sonhos... _ Me levantei e saí determinado a ter Victória para mim, o que eu tenho com ela, não é apenas uma atração, aquilo era carma, estava marcado para sermos um do outro e ela seria minha.

Cheguei em casa depois de rodar o shopping inteiro a traz dos meus irmãos, os achei conversando com duas garotas na porta do cinema, e assim que as duas me viram, logo se aprumaram nas pernas e vi nos olhos delas o interesse, "merda", pior que eu sabia o que eu causava nas garotas, o meu jeito rude e peito estufado dono de mim mesmo mexiam com elas, James me olhou e torceu a boca, nem me aproximei, me virei e dei meia volta e segui para o estacionamento com os dois a traz de mim reclamando que acabei com a festa deles.

_ As garotas estavam no papo... Foi só você aparecer e tudo foi por água a baixo...devia cortar esse cabelo... Mais parece uma menina com esse cabelo comprido.

_ Meu cabelo não está comprido... Está apenas... Cheio _ Dei risada e entrei na pick-up.

Joe continuou seu discurso frustrado, James estava calado me olhando enquanto dirigia, ele sabia que tinha chorado, ele me conhece melhor que Joe, apesar de não conversarmos muito, mas ele sofreu comigo quando o acidente com Victória aconteceu, ele ficou na frente da minha mãe para ela não me bater, mas acabou apanhando junto comigo, depois deste dia parece que a conversar da gente se tornou evasiva e corriqueira.

Fiquei andando de um lado para o outro, abri o armário e puxei a bolsa com a luneta, como é inverno, as noites ficam com o céu limpo e dá para ver as estrelas, sorri, era uma ótima ideia, Victória ficou louca quando me viu ganhar a luneta, e implorou em deixa-la ver as estrelas e constelações, ganhei por ter feito um dos melhores trabalhos da escola sobre as constelações e por ter dito ao meu pai que queria ter tido uma luneta para ter certeza do que falava, pois tudo que falei, foi a base de pesquisa e nada mais.


Por Você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora