Assim que entrei em casa, minha mãe estava arrumando algumas coisas numa sacola, passei por ela sem dizer nada, ela parou e me olhou atravessar a sala.
_ Nigel?!
Parei de imediato, coloquei a mão na cintura e me virei para ela.
_ O que aconteceu?
_ Nada...
_ Eu conheço você desde que nasceu...
"conhece mesmo.. O suficiente para duvidar de mim"
Fiquei olhando para ela, mesmo assim eu a amava, ela não era uma mãe ruim, mas me magoou e James não tinha nada a vê com o que aconteceu a anos a traz, ela se aproximou e juntou meu rosto em suas mãos e sorriu.
_ Seja o que for que está te aborrecendo, esqueça... As vezes não vale a pena remoer os problemas. _ Ela me puxou e me deu um beijo estalado na bochecha, segurei seus pulsos, eu queria abrir meu coração.
_ Gosto de uma garota mãe... Está sendo difícil...
_ Não me conte... _ Ela me soltou e deu as costas. _ Eu não sei aconselhar sobre corações partidos...
_ Tudo bem... _ Disse decepcionado.
_ Me leve a casa de sua Tia, tenho esses tecidos para levar para ela.
Meu coração se encheu de alegria, peguei a sacola que estava mais pesada do que o normal, aquilo não era só tecido, a curiosidade bateu, e num movimento rápido olhei, tinha algo gelatinoso numa bolsa transparente, fechei e fomos para o carro, minutos depois estava estacionando novamente o carro na porta da casa de titia.
_ Victória!... Onde está sua mãe? _ Disse minha mãe entrando, Victória levou um susto, não esperava nossa presença ali tão cedo, fiquei parado observando aquela garota estudando.
_ Oi Tia!... Ela deve estar lá para dentro! _ Disse apontando o lápis em direção ao corredor, dei risada achando graça.
_ Você está bem?!_, perguntou minha mãe colocando seu cabelo para traz.
Sorriu concordando e mamãe saiu em direção a porta que dá para os quartos, e foi aí que ela me viu, Victória olhou em volta para se certificar de que estávamos a sós e voltou a olhar para mim, ela ainda me causava um frenesi, me aproximei, carrancudo me fazendo de descontente.
_ Estava pensando em você!_ disse ela baixinho.
Me apoiei no balcão ao seu lado e puxei o caderno e dei uma olhada no que fazia, estava ganhando tempo e deixando Victória na expectativa, eu gosto de fazê-la sofrer por antecipação, só assim para saber o quanto aquele beijo me deixou nervoso, a imagem ainda pipocava na minha mente, puxe o lápis de sua mão e fiz a conta e expliquei sem olhar em seus olhos, com toda a calma do mundo, ela me olhava com seus olhos curiosos e preocupados, mas tinha mais alguma coisa, ela puxou outro livro e me pediu ajuda, entre no jogo e comecei a fazer piadinhas com o exercício, a olhei, Victória tinha os olhos grudados em mim, não sei se entendeu a matéria e de repente ela solta.
_ Eu queria ter liberdade de poder pular no seu pescoço e te beijar e te curtir.
Engoli em seco, eu também tinha o mesmo desejo.
_ Logo vamos embora daqui e vamos poder desfrutar de nossa liberdade! _ Fechei o livro e me aprumei, sentindo os olhos de tia Corine em nós, percebi de imediato que tinha algo errado.
_ Tia Corine _ fui até ela que também vinha em minha direção, nos abraçamos, ela pegou em meu rosto e me olhou.
_ Esse menino está cada vez mais bonito!
Sorrimos todos, eu me senti constrangido, aquela conversa estava estanha, era raro minha tia dizer algo assim, normalmente sempre distribui elogios para Joe que era bem parecido com ela, puxando o lado da família dos meus avós maternos, brancos de cabelos escuros.
_ Nigel!?... Vem jogar Vídeo Game comigo! _ Victória já estava na saleta de TV com o aparelho ligado, sorria, quase bufei quando olhei o jogo que estava na TV, eu sabia que iria perder, "merda" odeio perder.
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Por Você (COMPLETO)
RomanceA pedidos de amigas e em agradecimentos por amarem o nosso querido Nigel Fllin, darei a vocês a oportunidade de conhecer Nigel Fllin e como ele se apaixonou por sua prima e como viveu esses anos todos vendo Victória sofrer com as escolhas da sua vid...