Por Você (COMPLETO)

Investigando a vida De Victória

Na segunda fui para Philadelphia, me instalei no hotel, fiz o que tinha que fazer durante o dia e pedi para Antony me levar até o Hospital Geral onde Victória trabalhava, iria segui-la e descobrir onde é sua casa, e montar algum tipo de plano para poder vê-la e conversar.

Passamos a noite dentro do carro, aquele hospital era um entra e sai de pacientes, médicos e funcionários o tempo todo, fiz Antony passar na emergência reclamando de dor nas costas, ele foi atendido por Victória e outro médico, então tive a certeza de que ela estava lá dentro, fiquei me perguntando dentro do carro se eu não estava bancando o idiota e adolescente cercando a garota que eu gostava e com medo de me apresentar, mas não era lugar para falar sobre nossas vidas, era seu local de trabalho, as seis fui acordado por Antony me cutucando.

_ Ela está saindo Senhor!

Me sentei e segui o dedo de Antony e lá estava ela, cabelo solto até o meio das costas, calça Jeans apertada, e aquela bunda eu reconheceria até se ela perdesse metade do corpo, caminhou tranquilamente pela calçada e entrou num Civic, respirei fundo, até que para uma enfermeira ela estava bem motorizada.

_ Segue ele Antony... Mantenha a distancia, mas não perca ela de vista.

_ Tudo bem!

Saímos do acostamento e seguimos, passamos pelo meu hotel, sorri contente, uma hora depois entramos num bairro completamente residencial muito bem estruturado, Victória imbicou o carro na garagem acionando o portão eletrônico e entrou e estacionou, não existia outro carro lá dentro, pedi para Antony seguir e depois voltar, foi o que ele fez, e parou na frente da casa do outro lado da rua.

_ O que vai fazer senhor!?

_ Não sei!... _ Uma caminhonete parou em frente a casa, um sujeito alto, forte desceu do carro, fiquei observando aquele homem, ele entrou e ficou por um tempo lá dentro, meia hora depois, ele sai com outro homem, também do mesmo estilo, só os cabelos maiores e lisos, sorria contente, pegou a chave das mãos do outro e seguiram.

_ Segue estes dois Antony... Vamos ver para onde vão!

A caminhonete parou diante de uma casa com uma fachada de empreiteira, o nome era Portman e Leo, sorri me achando um idiota em estar seguindo o marido da minha prima, mas me deu um comichão e desci e atravessei a rua e entrei no comercio.

_ Bom dia! _ Disse para a recepcionista, ela me olhou e sorriu.

_ Bom dia!... Em que posso ajudar!?

_ Ah!... _ Olhei em volta analisando e procurando ver os dois sujeitos, e eles saem de uma sala.

_ Vick disse que a casa precisa de reforma... E o pai concordou em deixar que façamos... _ Disse o homem de cabelos mais compridos, e eu estava diante do marido de Victória.

_ Senhor?

_ Ah!... Desculpa... _ Olhei para fora. _ Como chego ao centro... estou perdido.

A mulher me explica, mas fingia estar escutando o que dizia, eu estava interessado na conversa dos dois que pegavam água.

_ Vamos passar uma semana...então a empresa ficará nas suas mãos e nem adianta me ligar, eu não vou sair correndo de lá!

_ Do jeito que te conheço... É bem capaz de nos esquecer aqui...

Os dois deram risadas.

_ Faço qualquer coisa para ver meu anjo feliz...

Fechei os olhos e apertei a beirada do balcão, eu queria arrancar da boca dele o que tinha acabado de dizer, eu era o único que podia ama-la e a chamar de anjo, ela era minha, nem agradeci a mulher que com calma estava me explicando, e saí batendo a porta e voltei para o carro.

_ Me tira daqui agora Antony... _ Disse ríspido e fechei os punhos, minha garganta deu um nó, nem engolir eu conseguia.

Passei o restante do dia no quarto do hotel, não atendi ao celular, não comi e não atendi as batidas na porta, eu estava me iludindo com uma pessoa que pertencia a outro e eles eram felizes, aquele homem a amava de verdade e do jeito que conheço minha prima, ela o amaria também, por que ele é o estilo dela, amável, engraçado e trabalhador, me joguei na cama para traz, eu queria ter um jeito de arranca-la do peito, isso era doente demais, definitivamente eu precisava de terapia.