Deixei a noite cair, fui para casa, meus pais ficaram me olhando ali parado na porta batendo a chave na mão, estava decidindo se ali ainda fazia parte de mim, olhar para a minha mãe depois de uma semana sumido depois que Corine veio em casa foi de me deixar revoltado e magoado, eu não sei até que parte ela estava envolvida nisso, ou se nem estava, meu pai foi o primeiro a se levantar, vi seus olhos cheios de lágrimas, ele estendeu os braços e eu caí neles chorando baixo, como eu o amava, levei uns tapas nas costas, ele se desvencilhou de mim e me olhou.
_ Estou indo embora pai... Não dá mais... _ Passei os dedos nos olhos. _ Não consigo mais ficar aqui...
_ Tem certeza do que quer filho?
Apenas balancei a cabeça, eu queria contar a ele o que estava acontecendo, mas eu não sei até que ponto ele entenderia, ou se me culparia pelo que fiz, eu não iria suportar mais um olhar de decepção e tristeza, pelo menos dele eu queria guardar o amor, e o sentimento de não pertencer mais aquela família estava nítido, minha mãe ficou sentada com a mão no rosto nos vendo em pé na porta, as lágrimas escorriam sem esforço, mas não senti um pingo de vontade de abraça-la, talvez mais tarde, quem sabe.
_ Vai levar James com você!?
_ Se ele quiser ir... _ Dei de ombros. _ Mas se ele quiser ir depois vou entender!
_ Então vá meu filho e ganhe o mundo lá fora....ele é todo seu!
Sorri e o puxei para mais um abraço e o soltei e fui para o meu quarto, puxei a mala de viagem, aos poucos fui dobrando e colocando dentro, eu tinha poucas roupas e a mala se encheu rapidamente, a fechei e coloquei ao lado da minha cama, na bolsa de ginástica, coloquei meu par de tênis, um sapato social e as botinas iria com elas nos pés, me sentei na cama e olhei para o meu quarto e respirei fundo, estava dando o passo que tanto quis, mas sozinho.
_ O que é isso? _ Disse Joe em pé a minha frente apontando para a minha mala.
O olhei ainda sentado e com os cotovelos apoiados nos meus joelhos, esfregando as mãos decidindo se ia ou não a casa de Victória e tentaria falar com ela.
_ Estou indo embora Joe...
O rapaz ficou me olhando assustado e levou as mãos a cabeça e puxou os cabelos para traz atordoado e não acreditando no que ouvia, deu um passo para traz e balançou a cabeça.
_ Você não vai dar ouvidos as asneiras da mamãe Nigel!... Você não pode ir embora! _ ele se abaixou a minha frente parecendo em suplica. _ Quem é que vai me dar conselhos?... Eu não quero que vá.
Sorri terno e o puxei para um abraço agarrando a sua nuca e o trazendo para junto de mim, dei-lhe alguns tapas nas costas e dei um beijo em seus cabelos, funguei determinado a não chorar.
_ A mamãe tem razão Joe... Eu preciso ir!
_ Não...Ela não sabe o que esta falando Nigel...
_ Sabe sim Joe... E quando chegar na minha idade vai entender muito bem... _ Sorri terno, Joe deixou as lágrimas correrem. _ Amo você seu moleque... e espero que vá me visitar.
Ele me abraçou novamente e ficamos conversando sobre o que eu iria fazer antes dos anos letivos, não contei a ele que voltaria para o Oquitodono, agora para lutar com um outro lutador experiente que tomou as dores do amigo, Harrison Cooper seria meu próximo adversário, e esse eu teria muito trabalho, mas tinha quadro meses para treinar com calma, ganhar peso e arrumar emprego.
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Por Você (COMPLETO)
RomansaA pedidos de amigas e em agradecimentos por amarem o nosso querido Nigel Fllin, darei a vocês a oportunidade de conhecer Nigel Fllin e como ele se apaixonou por sua prima e como viveu esses anos todos vendo Victória sofrer com as escolhas da sua vid...