Por Você (COMPLETO)

Nigel e Victória na clareira

Saí sem me despedi, subi na moto e entrei pela madeireira e segui até a estradinha que dá para os fundos da propriedade de Tio George, caminhei até perto da casa, me encostei numa arvore enfiei as mãos nos bolsos e fiquei observando aquela gente toda trabalhando, Victória estava feliz, rindo e se divertindo, finalmente ela tinha amigos naquele fim do mundo, sempre reservada e sem amigos em sua adolescência, algo de bom aconteceu depois que fui embora, Ash se aproxima por traz dela e a agarra pela cinta a fazendo gritar de susto; tinha que admitir, ele fazia um bem danado a ela, isso me deu um sentimento de inveja, Ash e ela se levantam do chão depois de conversarem rapidamente, ele puxa um chapéu de cowboy do chão e enfia na cabeça, Victória bateu na aba do chapéu, Ash se gabou se exibindo para ela, os dois riram e se separaram.

_ Ah...eu tenho que falar com ela... _ Assoviei da forma que fazia para chamar sua atenção.

Victória parou e não olhou para traz, voltei a assoviar, ela olhou para traz, acenei com a mão indicando onde estava, ela se fez de desentendida, mas vi que me viu, assoviei de novo, não iria desistir e ela deixou os ombros caírem, dei risada com sua expressão corporal, ela era minha, não duvido nada se ela vier antes do meu próximo assovio, Victória desceu e foi até a lateral da casa e olhou, dei risada, sabia que não iria resistir ao meu chamado, ela se virou e me olhou e correu para onde estava.

Assim que ela entrou na floresta, eu dei risada me sentindo no tempo de adolescência em que brincávamos pela floresta, e foi o que fizemos, corremos por entre as arvores, seu rabo de cavalo soava conforme corríamos, ela tinha que pular para correr, era a minha baixinha gostosa, o tempo parou entre nós, só existia apenas eu e ela, o mundo tinha ficado fora da nossa bolha, apenas o som do vento passando nas folhagens e ela e eu rindo e nos divertindo, ela estava linda, madura, mas seu jeito de menina ainda prevalecia, resolvi mudar minha tática e passei a segui-la e a brincar de pega-pega até chegarmos a nossa clareira, onde lhe dei o primeiro beijo, onde vimos as estrelas juntos, onde eu descobri que ela também me amava.

Paramos de frente e nos olhamos ainda rindo sentindo o êxtase da emoção vivida minutos a traz, o sol nos brindou com seus raios e nos iluminou, aquilo parecia mais pressagio de que éramos um do outro do que qualquer outra coisa, e eu acreditava nisso, os olhos de Victória estavam num verde intenso, brilhando como antigamente, era paixão aquilo, levei minhas mãos ao seu rosto e acariciei e acariciei seus cabelos e coli meus lábios nos dela como da primeira vez, nada para assustar, ela não se afastou e eu intensifiquei o beijo, por que eu precisava dela, precisava sentir o seu gosto e era urgente, saudoso e desesperador, Victória e eu nos agarramos e nos colamos um no outro, senti-la nos meus braços me trouxe uma emoção descontrolada, eu queria pega-la no colo e leva-la comigo para longe, Victoria se entregou a mim de uma forma que não esperava e se agarrou nos meus cabelos e me beijou como eu a beijava, com urgência e apaixonada, deixando claro que me amava e muito, há levei ao chão e ficamos ajoelhados e abraçados, eu a segurava pelos cabelos e desfiz o rabo de cavalo soltando os fios e entrelaçando meus dedos neles, como eu amava aqueles cabelos longos, parei de beija-la, precisava olhar para aquele rosto e aqueles olhos verdes, eles me diziam claramente que me desejava, estava ofegante e louco para amá-la, levei a boca novamente para beija-la, Victória segurou meus pulsos e me impediu de beija-la, neste momento entrei em desespero, ela estava quebrando a nossa bolha, tentei leva-la para o chão para nos deitar, mas ela me impediu mais uma vez, meu coração estava mais que desesperado, ela não podia fazer isso, não podia me deixar mais uma vez.

_ Isso é loucura Nigel!?... Não posso dar mais um passo depois disso! _ Victoria tinha a voz embargada e dolorida, ela queria, mas estava resistindo.

_ Você me ama!... _ Você deixou claro! _ Encostei a testa na dela, e explodi em emoção levando ela comigo, _ Pelo amor de Deus!... Vem comigo!?... Me deixa cuidar de você!? _ Eu estava em desespero, não podia perde-la mais uma vez.