Nigel conta a Clemence

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Passei o final de semana remoendo meu desespero, Antony passou no meu quarto várias vezes, meus pais me ligaram, Joe me ligou, até James que a um bom tempo estava sumido me ligou, minhas respostas eram evasivas e rápidas, estava sofrendo, e tudo culpa de Victória, eu jamais deveria ter me encontrado com ela e ter amado aquela mulher, resolvi que não iria mais  ama-la, não iria mais procura-la, não iria mais correr a traz e nem querer saber dela, teria que aprender a amar outra pessoa, e esquecer de uma vez por todas Victória.

Na segunda fui direto para o escritório, tinha uma reunião com Osdenir, mas pedi a Joe ir no meu lugar e dizer que eu estava com uma gripe forte, me sentei na minha cadeira e fiz uma pesquisa de preço de apartamento, e verifiquei minha conta, eu tinha ganhado muito dinheiro só em uma semana com Resort, isso por que nem tinha ido até lá para remanejar e melhorar o local, respirei fundo, mexi no bolso e tirei o anel de noivado e coloquei sobre a mesa, meus dedos correm pela minha boca, eu precisava tomar uma decisão, não queria mais ficar sozinho, Clemence me amava, podia aprender a gostar dela, fechei a caixinha, chacoalhei a cabeça, eu iria fazer CLemence sofrer, eu primeiro precisava esquecer Victória e não seria usando outra pessoa para isso acontecer dentro de uma semana iria viajar para Cancún, o certo era convidar minha namorada para ir, ficar uma semana longe de tudo e de todos para saber se era a mulher certa para me fazer feliz, definitivamente estava abrindo mão de Victória e evitaria a todos os custos em ouvir o nome dela, escutar sobre ela, ou ler algo sobre ela.

Em uma semana comprei um bom aparamento na Morris Park W no terceiro andar, chega de morar em hotel, chega de guardar dinheiro para fazer dinheiro, agora eu tinha como gastar um pouco comigo, o dinheiro que apliquei em papeis estava rendendo, contratei uma agencia de empregos e mudei de escritório e contratei, contador, administrador, secretária, auxiliar de escritório entre outro, e me estruturei, a adaptação para uma nova vida tinha que acontecer, procurei Clemence depois desta semana cheia de mudanças, ela me esperava pacientemente, nos sentamos para uma conversa.

_ O que aconteceu com você? _ Clemence parecia temerosa com a minha resposta.

_Ahhh... Clemence... _ respirei fundo. _ Eu preciso ser honesto com você... Mas quero que me escute e não pense que estou contando por que quero ver você sofrer ou te machucar... Mas vai estar em suas mãos o destino do nosso namoro.

_ É ela não é?... Vocês se viram... _ Clemence deixou as lágrimas rolarem.

_ Ela estava aqui em Nova York... Mas já foi embora com o marido. _ Peguei em sua mão, puxei o ar com força. _ Eu precisava tentar mais uma vez Clemence... _ A olhei, CLemence me olhou com decepção. _ Sei que é difícil escutar, mas você não merece ser enganada...

_ Ela desistiu de você?

_ É... _ Sacudi a cabeça indicando que sim, fiz um bico decepcionado e triste comigo mesmo. _ Ela foi embora... Não adianta eu querer mudar... não dá mais para correr a traz...._ A olhei. _ Eu só peço que tenha paciência se ainda quiser ficar comigo...

Clemence derrubava as lágrimas discretamente, sorriu terna passando os dedos no canto do olhou, pegou na minha mão.

_ Claro...

_ Me perdoa!?

_ Tudo bem Nigel... Você nunca me escondeu seus sentimentos por sua prima... Mas espero que a partir de hoje, você não se meta mais na vida dela, e não a procure mais.

Concordei com a cabeça, meu peito ainda doía por ter que abrir mão de Victória, mas era isso ou nada, ou eu me transformava em um novo homem, ou me arrastaria pelo resto da vida por ela, mas lá no fundo, bem lá no fundo eu sabia que Victoria e eu terminaríamos os nossos dias juntos, não sei se casados, ou como primos apenas que precisam cuidar um do outro, estávamos presos e separados.

_ Quero te convidar para passar uma semana comigo em Cancun... _ sorri animado.

_ Uma semana?

_ Isso... Apenas eu e você! _ Levei sua mão à boca e beijei. _ Sem família, sem irmãos... Só eu e você.

Clemence abriu um sorriso de dar gosto, mesmo assim triste e concordou, a puxei para mim e a deitei no meu peito e puxei o ar com força, não tinha mais volta, Clemence seria essa mulher que apagaria Victória.


Por Você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora