Nigel descobre que Victória se casou

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As 22h estava em Philadelphia e indo para o hotel, Osdenir me disponibilizou um carro com motorista, creio que ele não queria que me perdesse, gostei muito de Antony, ele é simpático e foi o caminho todo conversando comigo, e me hospedei no mesmo hotel onde Osdenir queria comprar, para mim ficou claro o por que do hotel não ir para frente, atendimento péssimo e a comida pior ainda, do resto, não podia reclamar.

_ Que horas está marcado a reunião com o dono? _ perguntei a recepcionista que me olhava de boca aberta e os olhos dilatados e brilhando, sorri de lado e fingi que não era comigo aquele olhar.

_ Ah... _ Ela desviou o olhar para o livro. _ Para as 10H.

_ Obrigado... _ Disse virando as costas e seguindo para a rua, queria conhecer um pouco aquela cidade e por que Victória escolheu justamente aquele lugar para viver.

Andei algumas quadras, a cidade é movimenta e bonita, mas nada me apetecia naquela cidade que me fizesse ter vontade de morar ali, talvez fosse isso que encantou tanto Victória, uma cidade comum.

Na manhã seguinte me apresentei ao corpo jurídico e ao dono do hotel, nos sentamos e começamos a debater o assunto, Frederik me atualizou dos problemas que vem enfrentado e por milésimos de segundo deixou escapar que tinha se arrependido a entrar neste tipo de negócio, sorri maroto, era tudo que eu precisava saber e aí comecei a minha cartada, no fim fechei o negócio em 1 milhão e duzentos mil dólares, dando ao Osdenir um lucro de setecentos mil dólares e levei 20% do hotel, isso era muito bom.

As 16h segui para o endereço que tinha em mãos, o bairro é bem pobre e tranquilo, paramos em frente a casa e fiquei olhando para aquele lugar caindo aos pedaços, não acreditava que a pessoa que eu amava morava naquele local, tudo bem que eu moro um quarto de hotel a mais de dois anos, mas pelo menos estava inteiro, puxei 50 Dólares do bolso e dei ao motorista.

_ Pode fazer um favor a mim?

_ Claro senhor!

_ Vá até esta casa e toque e pergunte por Victória... _ Se for ela que atender, mande-a entrar no carro, nem que tenha que arrasta-la.

_ Como Senhor?! _ O homem ficou atônito, dei risada e bati em seu ombro.

_ É só um modo de dizer Antony.

Antony saiu e me olhou e tocou a campainha, demorou um pouco, mas uma bela jovem e loura atendeu a campainha, os dois conversaram por um tempo e ele voltou para o carro depois que a garota fechou a porta.

_ E aí?...quem é ela!? _ perguntei preocupado.

_ Ela se chama Becky, trabalha com essa tal Victória, mas ela não mora aqui, se casou a três dias e deixou a casa para ela morar...

Sabe aquele momento que o mundo se desmorona e que você se xinga de tudo que é nome e se sente um otário, pois é! eu sou esse cara, minha garganta se fechou, me encostei no banco e juro que a vontade de chorar e de me enforcar mais uma vez aconteceu, novamente cheguei tarde e uma revolta se instalou dentro do meu peito que eu queria poder abrir o peito e arrancar de vez meu coração e tirar o nome de Victória gravado nele.

_ Vamos voltar ao hotel.

E em silencio voltamos ao hotel e voltei ao meu quarto, olhei para o local, eu não sei por que mantinha aquela mulher no meu coração, agora ela pertencia a outro homem e não podia mais correr a traz, casada agora.

Fiquei por horas sentado na minha cama olhando para o nada, não tinha vontade de mais nada, era como se tudo o que fiz não fizesse mais sentido, não valesse a pena, mas uma coisa tinha que admitir, Victória continuava simples, pois era assim que a via depois de ver sua casa e provavelmente se casou com alguém do mesmo nível, só que eu via o quanto minha prima tinha potencial para ser alguém na vida, e adoraria fazê-la enxergar isso, mas não podia mais.

Por Você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora