Nigel E a manhã seguinte

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Acordei no dia seguinte me sentindo renovado, feliz e dono do mundo praticamente, mas com muita dor no pescoço, pois dormi na caminhonete, pois não podia voltar para casa, já que tinha dito que iria dormir na casa de Maxuel, saí do carro e me estiquei para colocar os ossos no lugar, o sol estava alto, mas estava um frio de bater o queixo, sorri relembrando a noite maravilhosa que tivemos juntos, Victória estava linda e que corpo delicioso.

"ahhhhhhhhh... Eu quero mais".

Olhando para aquele lugar, eu percebi que realmente não tinha como manter minha vida ali e Victória escondida, eu precisava por um fim nisso,, já que meus pais não querem escutar e provavelmente a tia Corine também não, só nos resta levar o nosso plano a diante, dei a volta no carro, precisava pegar o colchonete e devolve-lo para o lugar de onde tirei, que é dentro do galpão da madeireira, tinha estacionado bem perto deles, mas gelei, meu pai estava chegando com o ouro carro, ele me olhou torcendo a boca, meu estremecimento o fez perceber que tinha algo de errado, agora eu estava ferrado, pois não ia conseguir jogar conversa fora, tinha cobertas na caçamba, o colchonete estava sujo com o sangue de Victória, passei a mão no rosto e num movimento rápido joguei a coberta e tapei o nosso pecado, respirei fundo quando ele desceu.

_ O que faz aqui Nigel?

_ Pensando na vida!

_ Achei que a nossa conversa tinha deixado claro o que é para vocês fazerem...

_ E deixou... eu só precisava pensar um pouco...

_ Aqui não é lugar para se pensar...e que eu saiba saiu de casa dizendo que iria para Denisville!... _ Meu pai se aproximou da caçamba, olhou dentro e viu tudo aquilo. _ Dormiu ao relento Nigel?

_ Dormi... _ Desviei o olhar, eu apenas cochilei, pois deixei Victória em casa ao amanhecer, reclamando de dor de garganta e para piorar a janela travou.

_ Me deixa ajudar a guardar tudo isso...

_ Não!...eu faço pai... Eu deixo tudo arrumado...

Meu pai puxou as cobertas "Merda", ele empalideceu e me olhou, meu coração deu um sobressalto, me apoiei na lataria com as duas mãos e olhei para minhas mãos, não querendo encara-lo.

_ Pelo jeito não dormiu sozinho!

_ Não! _ O olhei envergonhado.

_ Vá para casa Nigel... Eu resolvo isso...

_ O problema é meu pai... eu resolvo.

_ Coloque fogo então... Mas bem longe daqui... _ Meu pai passou por mim levando as cobertas, por sorte ele não viu o sutiã de Victória que estava no canto do colchonete.

Puxei e coloquei no bolso, e entrei no galpão puxando um galão de gasolina e saí para o mais longe, tirei o colchonete e ateei fogo, mas fiquei preocupado, se o Sr. Oliver resolver abrir a boca para Dona Ema, ela vai saber o que eu fiz, comecei a me preocupar o quanto Victória estaria segura e eu também, por que se mamãe desconfiar, tudo vai por água a baixo.

Por Você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora