Festival Part. 3

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No terceiro toque eu já estava destrancando a fechadura. Quando abri a porta o rapaz a minha frente sorriu e me abraçou, um abraço daqueles em que você tira a outra pessoa do chão.

- Hahaha... ei...eiiii...

- Tá bem! Tá bem... rs sua chata.

Ele selou meus lábios com um beijo rápido e logo em seguida lhe dei passagem.

- E então, o que vai ser hoje? Parnasianismo? Realismo? (Disse ele, esfregando as mãos uma contra a outra)

- Hmmmmm, deixe-me ver... 

Tranquei a porta e caminhei em direção à ele. Tomei a gramática desgastada de suas mãos. E ele me olhou com uma interrogação estampada na cara. Remexi na pilha de livros e resgatei um volume único de Física. Ele me olhou surpreso. Depositei o exemplar em cima da mesa.

- Oh... olha só o que temos aqui?! Hehehe...

Seus olhos brilhavam diante do meu pequeno pesadelo.

- Preciso que me ajude com essa coisa do demônio.

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À medida que nos aproximávamos do centro da cidade os ecos do Festival enchiam nossos ouvidos.

- E aí galera, vocês já se decidiram qual música a gente vai tocar?

Perguntei sem tirar os olhos da estrada.

- Mano, é porque você estava em outro carro, mas rolou até uma treta hoje. O David sugeriu que fosse Painkiller do 3DG... minha boneca aqui disse que seria melhor We are do TFK...

- E você?

- A We are é muito boa...rs... mas... eu ainda prefiro a Wake me Up do CTE.

- Rs, também acho ela da hora...

David jogou uma bolinha de papel em mim.

- Tsc, bajulador...

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Dei uma última conferida no meu batom, peguei  minha bolsa, o celular... a última mensagem dele era sobre sair com os amigos para um barzinho. Adverti ele à respeito de escapadas, não estávamos namorando... nem mesmo ficando... mas se ele pretendia se envolver comigo era bom andar na linha. Eu não tinha pra quê fingir ser uma garota que não sou... tenho ciúmes mesmo e gosto de deixar bem claro... Não vou mentir, fiz um dramazinho no começo, mas me senti muito aliviada ao chegar em casa depois da escola e descobrir um monte de mensagens dele se explicando pela ausência. Desci correndo as escadas. Regina já estava impaciente, buzinando que nem uma louca.

- Eeeeii, eeeeeiiii... pára com isso viada... daqui a pouco os vizinhos começam a reclamar!

- Não precisaria disso tudo se a senhorita não demorasse tanto para se arrumar! 

- Sei...sei.

Entrei no carro e Regina praticamente fez sair faíscas do chão quando partimos.

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Estávamos todos sentados à mesa degustando de um maravilhoso jantar quando senti meu celular vibrar no bolso da minha calça. Disfarçadamente retirei-o e destravei. Uma mensagem, poucas palavras, um convite.

Sei que você não está totalmente recuperado mas, hoje tem uma festinha na casa da Karol. Topa ir comigo? Prometo que te levo e trago em segurança. ;)

Convergindo (Em Construção)Onde histórias criam vida. Descubra agora