NO ALTO DO MORRO *5° TEMPORADA*

Capítulo 58

— Bruno: E aí, geral pronto? — Perguntei pra todo mundo que tava lá
— CR: Eu tô mais que preparado já!
— SM: Vai todos os soldados mermo, Ninho? Num é melhor deixar uns pra caso aconteça algo aqui não?
— Duca: Eu posso mandar metade dos soldados do meu morro, pô. Se tu quiser eu mando agora vir!
— Luizinho: Eu também.
— Bruno: Vão me ajudar pra carai!
— Ramonzin: E o Magrelo, vai levar?
— Bruno: Eu posso num ir, mas esse otário vai!

Uns minutos depois, alguns soldados do Duca e outra metade do Luizinho chegaram. Cumprimentei eles e disse onde cada uma ia ficar; dez cara em cada ponto estratégico. Os outros iam ficar andando pelo morro, patrulhando. O tempo ia passando rápido e 2h30 da madrugada, eu fui pegar o Magrelo, que tava dormindo escorado na coluna que tava amarrado. Dei um chute no pé dele e ele acordou, todo assustado.

— Bruno: Chegou tua hora, vacilão! — Disse e dei um tapa na cara dele

Soltei ele, botei os braço dele pra trás e amarrei c uma corda. Conduzi ele pra fora do quartinho e joguei e ele na caçamba da Hilux. O CR amarrou ele de novo no carro. Me reuni com os cara e rezamos, um com a mão dada no outro, depois nos dividimos em 40 carros — cada um com 8 cara; 4 na cabine e 4 na caçamba — e fomos pra os fundos depósito abandonado perto da Maré. Chegando lá, estacionamos os carros. Pegamos nossos armamentos e nossas munições e repassamos o plano. Eram exatamente 3h05min da madrugada. Foi entrando um cara atrás do outro, enfileirados; primeiro eu, atrás o CR, o Duca, o Luizinho, o Ramonzin e assim por diante, e o penúltimo soldado da fila conduzindo o Magrelo. Chegamos nos fundos das casas que a gente tinha visto no mapa e nos dividimos em dois grupos, cada um com 160 caras, um comandado por mim, e outro pelo Duca. O grupo deles foram pro pé do morro — a gente tava no centro — e o meu foi pra cima, pra mansão. Logo escutei uns batidão.