Capítulo 181

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Percebi ele fechando as mãos sem olhar diretamente e ele desceu as escadas. Escutei ele dar um soco na parede e se jogar no sofá. Revirei os olhos, entrei no quarto e em seguida no banheiro. Tomei banho de novo, me vesti com a roupa sem ser a que vou pro samba e penteei o cabelo. Arrumei minhas coisas, calcei a gladiadora e desci as escadas.

— M. Karolinna: Vai se vestir pra me levar no Alemão.
— Luizinho: Vou levar tu pra caralho nenhum. Se quiser ir vá sozinha — Respondeu sem me olhar
— M. Karolinna: Vai levar, sim. Pode ir se vestir — Disse tranquilamente, sentando na outra ponta do sofá
— Luizinho: Não vou — Respondeu me olhando friamente
— M. Karolinna: Não vai, não é? Ok, tudo numa boa — Disse o "tudo numa boa" igual a voz da Rasputia, do filme Norbit

Não esperei ele responder — e se ficasse esperando, ia morrer esperando — e levantei do sofá. Sai da mansão e pedi pra um soldado que tava zanzando me levar até a mansão do Alemão. Ele me levou, depois voltou pro Chatuba. Quando peguei meu celular, tinha três chamadas perdidas, duas mensagens no whatsapp e cinco mensagens no chip, todas do Luíz. Visualizei e não respondi, assim como com as chamadas. Só a mamãe tava em casa, se vestindo no closet, e eu fui tomar outro banho. Me troquei e a mamãe fez grande parte da minha maquiagem.


— Fernanda: Luizinho veio nem me dar um "oi"...! — Falou enquanto passava a base no meu rosto
— M. Karolinna: Não foi ele quem me trouxe.
— Fernanda: Foi quem?
— M. Karolinna: Um soldado do Chatuba.
— Fernanda: Por que o Luíz não te trouxe?
— M. Karolinna: Tem umas partes que eu tenho vergonha de contar...
— Fernanda: Fala logo.
— M. Karolinna: Ele pediu pra eu deixar anal, aí depois de muita coisa eu deixei. Aí quando ele começou a tentar colocar, eu reclamei que tava doendo e ele disse que não tava, aí eu disse que tava sim, aí ele falou todo ignorante que era pra eu não contrair as pernas. Eu fiquei bolada e sentei na cama com os braços cruzados, aí ele me pediu desculpa e tudo, mas eu ainda tava bolada, aí ele mandou eu me fuder e saiu do quarto, aí eu dei um chute nas costas dele e ele caiu no chão, e disse que ninguém mandava eu me fuder sem eu ter feito algo, aí ele levantou e mandou eu me fuder de novo, aí eu mandei ele ir também e chamei ele de arrombado, aí ele desceu com raiva, deu até um soco na parede. Aí eu tomei banho e mandei ele vim me trazer, mas ele disse que não ia, aí eu sai da mansão e pedi pro carinha me trazer.
— Fernanda: Ótimo, Karol! Eu faria o mesmo, só que não daria um chute nas costas, daria um soco ou uma joelhada no meio das pernas!

NO ALTO DO MORRO *5° TEMPORADA*Onde histórias criam vida. Descubra agora