CAPÍTULO 15

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15

Nessa mesma hora, o meu celular tocou de novo, e era a Ka. Ela pediu pra eu passar pro Ninho e eu passei. Eles não se falaram nem 2min: o Ninho desligou na cara dela e sentou no sofá com a cara feia. Pelo menos não gritou com ela.

— Fernanda: Entendeu?
— Bruno: Que eu ficava perguntando se tava doendo na tua primeira — Disse seco
— Fernanda: Vai ficar com raiva de tudo e todos agora, Ninho?
— Bruno: Se eu quiser eu fico.
— Fernanda: Tá. Lembre-se que quem quiser ficar com raiva de tu que fique também.
— Bruno: Beleza — Disse mais seco ainda e foi pro banheiro

Revirei os olhos e continuei a me maquear. Acho uma palhaçada o Ninho ficar com raiva de tudo só porque a menina transou. Eu também transo com ele todo dia, tenho 6 filhos com ele — a Bárbara e a Rafaella não são minhas de sangue — e meu pai, se tivesse vivo, ficaria enciumado quando soubesse que eu perdi a virgindade. Alguns minutos depois, ele saiu do banheiro, enrolado na toalha. Fechou a porta do closet, jogou a toalha no chão e começou a procurar uma roupa.

— Fernanda: Fresco.
— Bruno: Teu cu que é — Disse vestindo uma cueca
— Fernanda: Eu sei que ele é. É a convivência com teu pau.
— Bruno: O remédio que tu disse pra ela tomar no caso seria anticoncepcional?
— Fernanda: Aham.
— Bruno: Hum. Minha bolinha não é mais pura — Disse meio que enciumado, meio triste e meio bolado
— Fernanda: Uma hora ela deixaria de ser.
— Bruno: Infelizmente. E ainda tem mais quatro — Disse de cara feia de novo
— Fernanda: Acho que pra tu, essa é a pior parte de ser pai de menina — Disse me preparando pra rir
— Bruno: E é mermo! Piveta minha tem que morrer virgem!

NO ALTO DO MORRO *5° TEMPORADA*Onde histórias criam vida. Descubra agora