Capítulo 68

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Isabele narrando:

Noite de Natal...

— Amor, vamos logo! O seu pai já me ligou umas trezentas vezes. – Ian me grita da sala enquanto estou no quarto terminando a maquiagem.

— Calma aí, amor, só falta o rímel!

— Você disse isso há uma hora atrás.

— Droga! Não estou achando o meu batom vermelho, você viu ele? Ah, deve estar na minha bolsa.

— Isabele, desse jeito a gente vai chegar lá tarde.

— Tô pronta, vamos! – Digo pegando a minha bolsa e saindo na frente dele.

— Nossa! Que gata, hein... Tenho a mulher mais linda do mundo.

— Eu sei. – Mando beijinho pro mesmo e gargalhamos. Ele pegou na minha mão quando saímos do elevador e caminhamos em direção do carro.

Era o nosso primeiro natal juntos e o meu primeiro natal grávida. Incrível, não é mesmo? Eu jamais imaginei um dia passar por isso. O Natal tem tudo a ver com amor, é a época do ano em que nossos corações estão mais receptivos e harmoniosos, nossas esperanças estão renovadas e os nossos planos em transformação. O que estamos sentindo é indescritível, uma verdadeira explosão de sentimentos.

Me maquiei dentro do carro porque não tinha terminado com o Ian me apressando toda hora, pedia para ele ir mais devagar mas o mesmo acelerava, nunca vi um ser humano tão ansioso. A gente ia passar natal com a minha família e depois na casa da família dele, um pouco de cada para aproveitarmos nossas famílias juntos. Falando nisso, seria a primeira vez que eu conheceria um pouco mais da família do Ian, os tios, primos e alguns dos amigos dele.
Fomos recebidos em casa pelo Léo e a Letícia, ambos estavam bem arrumados e pareciam muito felizes. Eu estava dentro de um vestido tubinho vermelho com um pouco de decote na frente e um salto nude, o Ian com uma camiseta azul marinho que eu havia dado, calça jeans e tênis branco.

Quem fez todo o jantar hoje incluindo as sobremesas, foram o meu pai e a Carla, eles cozinham muito bem juntos. Assim que deu meia-noite, todo mundo se abraçou, desejamos feliz natal um ao outro, e todo aquele ritual de fim de ano, vimos os fogos da varanda e depois jantamos. Exatamente uma hora da manhã, o Ian e eu decidimos ir logo para a casa dele antes que ficasse muito tarde, estávamos levando roupas para dormir lá. O condomínio onde ele morava estava todo decorado e iluminado, era lindo de se ver. As pessoas arrumadas segurando uma taça com champanhe sempre com o sorriso no rosto. O Ian me apresentou como noiva para toda família que me recebeu bem, suas tias e primas alisavam a minha barriga me fazendo perguntas variadas sobre o bebê, e até me deram presentes.

— Cunhada, ainda está com raiva de mim? – Iago se aproximou, acho que ele se referia ao que aconteceu com o meu irmão depois que os dois foram pra festa do Marcelo.

— Claro que não, pirralho! – Mexo no cabelo do mesmo que gargalhou.

— Sabe... Quando eu fico bêbado, costumo falar tudo na cara das pessoas, inclusive conto os segredos delas para todo mundo ouvir.

— Que horror, não faça isso comigo hoje. – Digo e gargalhamos.

A mãe do Ian chamou todo mundo pro amigo secreto que aconteceria na sala, mas o Iago, de repente, bebeu toda a garrafa de champanhe e começou a entregar todo mundo. Ele gritou dizendo que a tia tirou a mãe na brincadeira, o pai tirou ele e o Ian tirou uma amiga de infância da família, resumindo, ele estragou a brincadeira. Confesso que foi engraçado, eu segurei o riso olhando a cara constrangida de todos e especialmente a do Ian.

De Repente GrávidaOnde histórias criam vida. Descubra agora