Capítulo 52: Celebração da União

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Narrado por Isabele:

Era um domingo ensolarado, e a luz que entrava pela janela parecia dançar suavemente nas paredes da casa. O aroma de café fresco e o som das risadas ecoavam pelo ar, criando uma atmosfera que aquecia o coração. Era um desses dias raros em que a vida se mostrava plena e cheia de promessas, especialmente com a expectativa do meu filho que estava a caminho. A cada movimento, eu sentia a força do perdão que envolvia o meu ser, como um abraço caloroso que não mais poderia viver sem.

Enquanto observava minha família reunida na sala, o peso dos meus erros passados parecia se dissipar. Eu me arrependia, sim, mas a dor me ensinou a valorizar o que realmente importa: o amor. E, ao olhar para o Ian, que caminhava ao meu lado, um novo entendimento brotava em meu coração. Ele seria um pai maravilhoso, e juntos nos tornaremos uma família.

"Amanhã é o meu aniversário e do Léo!" pensei, um sorriso se formando nos meus lábios. Era o tão esperado dezoito anos, um marco que trazia consigo uma mistura de emoção e receio. A verdade é que, embora a chegada da idade me assustasse um pouco, a ideia de uma nova fase na vida me animava. O futuro universitário estava logo ali, e, se tudo desse certo, poderia adiar os estudos um pouco para dar boas-vindas ao meu pequeno.

— Isa, já escolheu os padrinhos do bebê? — perguntou Letícia, com os olhos brilhando de expectativa.

Um rubor subiu pelo meu rosto, pois sabia o quanto ela desejava ser madrinha.

— Gostaria que fossem a Carla e o Léo. Eles foram e são muito importante para mim desde o início, e com certeza serão para o meu filho! — respondi, olhando para o Ian, que acenou em concordância.

— Pessoal, vamos sair hoje à noite? — sugeriu Léo, cheio de entusiasmo.

— Sim, vamos! — assenti, animada, ao lado de Ian.

— Bom, eu e a Carla temos algumas pendências para resolver. Podem ir! — respondeu meu pai, sua voz refletindo uma leve frustração.

(...)

O dia passou rapidamente, e logo encontrei-me no aconchego do meu quarto, cercada pelo conforto de cobertores e pelo calor da companhia do Ian. A maratona de séries fez o tempo voar, e antes que eu percebesse, o sono me pegou de surpresa.

Quando finalmente acordei, a urgência de ir ao banheiro se fez presente, e eu corri, rindo da força que o bebê exercia sobre minha bexiga. O Ian ainda dormia serenamente, então aproveitei para tomar um banho revigorante.

Após um toque de maquiagem, uma arrumação no cabelo e o uso do meu hidratante de baunilha, envolvi-me no roupão e saí do banheiro. Ao cruzar a porta, deparei-me com Ian, que estava sentado na cama com um olhar sonolento, completamente desnorteado.

— Acordou? Se arruma porque vamos ao cinema! — anunciei, com um brilho no olhar.

— Foi esse o lugar que Léo escolheu? — ele perguntou, ainda meio perdido.

— Na verdade, foi eu quem escolhi! — respondi, piscando para ele antes de entrar no closet.

— Pode ser. — ele murmurou, e eu sorri, sentindo uma onda de alegria.

Escolhi uma roupa confortável e casual, calcei um tênis branco que combinava com o meu estado de espírito leve. Um colar delicado, brincos e pulseiras foram os toques finais, e antes de sair, passei um perfume suave. Enquanto isso, Ian se preparava, e eu aproveitei para avisar Léo e Letícia sobre os nossos planos. Quando voltei, não consegui conter uma gargalhada ao ver Ian tentando ajeitar o cabelo de forma desajeitada. Aproximei-me e o ajudei, percebendo que sua roupa estava um pouco amarrotada. Com a bolsa pronta contendo celular, remédios e documentos, um pensamento súbito passou pela minha mente: seria hora de cortar as pontas do meu cabelo. Mas agora não era o momento de me perder em preocupações.

A noite se desenrolou perfeitamente. O filme que assistimos foi divertido, e a alegria cresceu ao compartilharmos a refeição na praça de alimentação do shopping. O auge da nossa diversão foi no boliche, onde as risadas e a competição amigável nos uniram ainda mais. Fotografias foram tiradas, momentos eternizados nas redes sociais.

No entanto, ao olhar meu feed mais tarde, uma foto me chamou a atenção e fez o meu coração acelerar. Era a Duda, com o cabelo raspado, uma imagem tão distante da pessoa que conhecia. Uma onda de preocupação me invadiu, acompanhada de um desejo profundo de entender o que havia acontecido. A sororidade que sempre defendi pulsava em mim, se transformando em pena pelo que fizeram com ela. Os laços que me uniam à minha família e amigos eram mais fortes do que nunca, mas eu sabia que o mundo lá fora também exigia a minha atenção. E com essa consciência, eu estava determinada a lutar por todos nós.

De Repente GrávidaOnde histórias criam vida. Descubra agora