Capítulo 85

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Oi gente, tô meio desanimada para escrever porque quase ninguém vota e comenta mais.

Acho que já vou finalizar o livro.

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Ian narrando:

O meu coração batia forte, fazia tempo que eu não participava de um plano que podia dar errado e acabar matando um de nós. Confesso que eu tinha medo que isso acontecesse, deixei a minha mulher e o meu filho em casa e eles precisam de mim, mas eu não posso deixar eles correrem perigo com esse cara vivo, é a minha obrigação protegê-los, nem que para isso eu tenha que pagar com a minha vida.

Seguimos a caminho numa van para facilitar, quem dirigia era um parceiro nosso de confiança que vai ficar dentro da van preparado para se caso algo dê errado. Eu estava tenso com isso, confesso, mas estava determinado como nunca, se tudo for bem sucedido estarei livre de vez. Quando chegamos próximo ao condomínio de luxo onde o Alemão 157 morava, cobrimos nossos rostos e pegamos nossas armas antes de sair do veículo, o MC se comunicava com a gente fazendo gestos para evitar qualquer barulho. Esperamos as cercas elétricas serem desligadas para então podemos pular os muros discretamente, seguimos em frente correndo pro fundo de uma mansão que era uma das maiores e melhores do condomínio, MC afirmou que a casa era essa. Durante o percurso, avistamos os homens do Alemão que estavam armados e pareciam distraídos conversando, fiquei o tempo todo ao lado do Marcelo porque queria entrar na casa e ficar cara a cara com aquele desgraçado. Mas um dos seus seguranças noturnos acabou vendo a gente, foi aí que a merda começou.

Não estávamos preparados para um tiroteio assim de imediato, começamos a atirar também porque precisávamos nos defender. Quando a munição acabou, me escondi atrás de um carro e recarreguei rápido a minha fuzil, acertei dois tiros em dois caras, não sei se matou mas deu para despistar e eu consegui entrar pela janela da casa. Eu estava soando demais com aquela máscara cobrindo o meu rosto, o tiroteio comeu solto lá fora, vi alguns homens correndo pela casa e o Alemão subindo as escadas acompanhado de dois homens, eram três contra mim mas eu precisava encarar. Subi as escadas sem fazer barulho seguindo o os passos deles, uma das minhas armas tinha o silenciador então eu a usei para atirar em um dos caras, o outro viu e saiu correndo me deixando a sós com o Alemão, certamente ele iria chamar reforços.

— Que merda é essa, Ian? O que você tá fazendo, cara? – Se assustou com a minha presença.

— Vim resolver essa ameaça que você me fez... Sabe que eu odeio receber ameaças, ainda mais de quem eu menos espero.

— Então resolve feito homem, meu truta, quem você acha que é pra chegar aqui atirando? Por acaso eu já fiz isso na base de vocês? Não sabe conversar feito homem sem usar armas? – Ele altera sua voz vindo pra cima de mim e eu o empurrei partindo para a agressão, eram socos e chutes sendo despejados no maior ódio. — Você tem o que é meu, Ian!

— O quê? – Pergunto ofegante.

— A Isabele Rosie, ela sempre foi minha desde a primeira vez que eu a vi.

— Tá maluco? Ela é a minha mulher! – Me inconformo.

— Lembra daquela noite na pizzaria? É, eu também estava junto com você e os nossos amigos. Eu olhava pra ela a desejando cada vez mais, e o que você fez? Drogou ela e ainda a engravidou.

— Eu errei mesmo mas é com os erros que a gente aprende. E adivinha só? Nós vamos nos casar, eu a amo como nunca amei ninguém.

— Era pra mim tá no seu lugar, era pra ela ser minha, minha mulher, a mãe do meu filho. – Após sua fala que me encheu de fúria, corri pra cima do mesmo o enchendo de murros, não parei enquanto não via o sangue escorrer pelo seu rosto.

— Eu vou te matar, desgraçado! – Destravo a minha arma e miro pro seu rosto. — Diga a sua última palavra antes de voltar pro inferno de onde veio.

— O Ryan é o meu filho.

— Vai pro inferno! – Assim que aperto o gatilho, o Alemão consegue me empurrar e o tiro acaba acertando o meu ombro.

— Lamentável. – Sorriu debochando e apontando a peça para mim.

                               (...)

               Marcelo narrando:

Merda! O que o Ian tava fazendo ali sozinho? Cheguei a tempo conseguindo atirar contra o Alemão que apontava um revólver na cara do meu melhor amigo, não sei se o tiro matou ele mas deu pra mim pegar o Ian dali e sair correndo antes que as coisas ficassem piores, o Ian sangrava muito, o tolo levou um tiro de raspão. Como ele se mete numa furada dessa sem me chamar para ir ajudá-lo?
Fomos correndo pro hospital porque o Ian tava perdendo sangue e isso era perigoso demais. Tivemos sorte dessa vez pois nenhum dos nossos perderam a vida, apenas tiveram leves machucados, o único que se feriu gravemente foi o Ian. Conseguimos matar muitos dos nossos inimigos além de deixar o chefe deles machucados ou quase morto, espero que o tiro tenha sido certeiro ou então teremos problemas futuros.

— Aqueles caras tem uma péssima mira, são ruins demais. – Dizem comemorando dentro da van, eu só sorria satisfeito.

— Os armamentos deles são muito bons, consegui roubar esse revólver banhado a ouro, estava largado dentro da mansão.

— O MC é melhor que o RD, temos que comemorar.

— Não exagerem, eu tô aqui quase morrendo. – Ian geme de dor, sua voz estava fraca.

— Tá morrendo porque é um tolo, quem mandou tu fazer as coisas sem a minha ordem? O plano não era esse, você estragou tudo, e se o Alemão sobreviver estamos ferrados. – Digo.

— Ferrados por quê? Você não se garante? Se ele quiser mais, vai ter mais guerra e eles vão claramente perder.

— Cala a boca, Ian! Quer ficar com o braço pior?

— Ombro, idiota!

— Tanto faz. Amanhã provavelmente vamos receber notícias do Alemão, seja lá o que acontecer, temos que estar preparados para o pior.

— Enquanto ele não morrer, eu não sossego. – Ian diz antes de desmaiar.

A noite de hoje foi tensa. Quando eu escutei o tiro no terceiro andar da mansão, achei por um momento que estávamos perdidos, o Ian teve mais que sorte de sair de lá vivo. O Alemão gostava de aprontar com a gente, agora tomara que ele tenha aprendido a lição de não mexer com quem está quieto. Eu tenho muitos problemas para resolver, principalmente problemas pessoais, fiquei arrependido de ter deixando a Bianca sozinha em casa essa hora da madrugada, mas espero que tudo esteja bem por lá. Já basta os xingamentos que irei ter que ouvir sozinho da Isabele, preciso estar calmo para isso, não quero ser agressivo com a mulher do meu melhor amigo.

Tirei o celular do meu bolso e liguei para ela dando a notícia sobre o Ian, disse para a mesma vir correndo pro hospital.

De Repente GrávidaOnde histórias criam vida. Descubra agora