Obrigadaaa pelos comentários no capítulo anterior ❤️❤️❤️
O livro infelizmente está perto do fim, mas não fiquem tristes comigo porque eu tenho novidades sobre um possível livro bônus que estou escrevendo com o maior carinho do mundo para vocês. ❤️❤️❤️
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Isabele narrando:
Eu não sabia o que fazer naquela noite, estava desesperada com a notícia, o Ryan não parava de chorar para piorar a situação e eu acabava chorando junto. A Bianca me ligou e disse que estava vindo aqui para irmos ao hospital, o Ian só levou um tiro de raspão mas perdeu muito sangue. Eu queria abraçar e xingar ele ao mesmo tempo, quantas vezes a gente brigou por causa disso, ele me prometeu que esqueceria de vez esse seu passado e que nunca mais iria se meter em algo tão sério, tenho tanto medo de perder ele para essa vida de traficante. O Marcelo também é um idiota, acho que a primeira coisa que vou fazer quando eu vê-lo é dar um tapa bem dando na cara dele, tadinha da Bianca que está grávida dele e é obrigada a passar por isso todos os dias.
O Léo chegou aqui em casa para ficar com o Ryan, pedi pro mesmo não contar nada ao meu pai por enquanto. Eu e a Bia pegamos um táxi e fomos direto pro hospital, até pedi pro motorista ir rápido, eu precisava ver o Ian, ele está machucado e isso também me machucava profundamente. Assim que chegamos no hospital, o Ian ainda não podia receber visitas pois estava na sala de emergência por ter perdido sangue. Me aproximei de Marcelo que parecia estar preocupado, o encarei e em seguida não pensei duas vezes antes de dar um tapa em seu rosto, ele levou um susto e ficou sem entender.
— Quero você longe do Ian, entendeu? Não é porque a sua vida é uma merda que você tem que estragar a vida dos outros, o Ian está muito bem e feliz comigo sem precisar seguir esse caminho do tráfico. E se ele tivesse morrido nesse tiroteio, a culpa seria sua! – Disse alto, estava quase indo pra cima dele.
— Tá maluca, garota? Eu não obriguei ele a fazer nada. – Gritou de volta me fazendo ir pra trás, Marcelo tinha o dobro do meu tamanho.
— Fica longe da gente!
— Amiga, tenha calma! O Ian pode estar escutando esses seus gritos e ele não pode piorar. – Bianca tenta me acalmar e eu saio da sala de espera em passos pesados.
Tomei um copo de água antes de me sentar num banco e logo sinto as lágrimas quentes escorreram pelo meu rosto, botei pra fora tudo que estava sentindo. Era triste descobrir isso, não foi fácil passar por tudo que nós passamos, eu enfrentei muitas coisas pelo Ian, passei por experiências que jamais imaginei na minha vida, e nós aprendemos juntos a amadurecer a cada dia, aprendemos principalmente pelo nosso filho. Mas eu acabei de ser mãe, acabei de ganhar um bebê e agora tenho uma responsabilidade enorme nas costas, ele não podia esperar mais um pouco para fazer essas besteiras? Eu só queria ter paz nas nossas vidas, só isso e nada mais.
Depois de esperar por longas horas, finalmente o médico apareceu para falar com a gente, antes de mais nada, me pediu calma e explicou a situação do Ian. Ele disse que o tiro de raspão foi intenso por ter sido perto demais, o Ian não chegou a perder muito sangue mas o local do tiro ficou bem lesionado, eles fizeram uma ultra-som para se certificarem que está tudo bem e depois o curativo. Agora o Ian está na sala de medicações tomando soro por conta da desidratação e dor forte que o mesmo sentia, ele estava dormindo na cama hospitalar por causa dos medicamentos que foram fortes.
Me aproximei do mesmo e segurei firme a sua mão gélida, acariciei o seu rosto e agradeci mentalmente por ele estar bem e com vida. Estava tão cansada que acabei dormindo na cadeira, acordei com as enfermeiras me chamando, já era sete horas da manhã e o Ian graças a Deus tinha acordado, inclusive, ele estava sorrindo me fitando. Me levantei depressa indo abraçá-lo com cuidado, beijei o seu rosto e depois os seus lábios, toda aquela raiva de ontem passou, eu só queria levar ele pra casa para ficarmos bem juntinhos com o nosso bebê.
— Como você está, amor? Sente alguma dor? Ontem você me preocupou muito. – Indago sem pausas.
— Estou bem, amor, só quero me levantar daqui e ir pra casa abraçar o meu filho.
— Precisamos esperar o médico te dar alta, agora eu vou ali ligar pro Léo porque ele ficou cuidando do Ryan ontem.
— Isabele... – Me chamou. — Não tem nada para me falar? – Pergunta.
— Depois a gente conversa sobre isso, Ian. – Digo e em seguida saio do quarto para ligar pro Léo.
Estava preocupada mas logo ele me atendeu, disse que o bebê estava bem, dormia feito um anjinho mas que a qualquer momento pode acordar esfomeado, e ele só mama no peito então eu teria que voltar logo para casa. Depois tomei um copo de café e comi um misto quente porque precisava me alimentar antes que eu ficasse fraca, mas assim que terminei, eu voltei pro quarto, o Ian também tomava o seu café da manhã. Ele parecia estar bem e forte, o médico chegou depois e o examinou, o Ian ainda reclamava um pouco de dor mas era normal por causa dos ferimentos recente. O Ian fez mais alguns exames antes de ser liberado, e finalmente fomos para casa.
A primeira coisa que ele pediu quando chegamos em casa era ver o Ryan, peguei o nosso filho no colo que chorava com fome e o amamentei, o Ian ficou grudado com a gente o tempo todo. O Léo já tinha ido embora, agradeci muito o mesmo por esse favor, ele gostava muito do sobrinho e sei que posso contar com ele sempre. Eu e o Ian ainda não tivemos a oportunidade de conversar sobre o ocorrido de ontem, eu pedi um tempo primeiro até a poeira abaixar, não quero ter essa conversa com ele de cabeça quente, e além do mais agora temos um bebê pequeno em casa, então nada de brigas. Estou imensamente grata por nada de pior ter acontecido, o porquê desse tiroteio ter acontecido eu não sei, mas quero saber dessa história e quem são as pessoas envolvidas, nós dois ainda temos muito o que conversar.
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De Repente Grávida
Jugendliteratur+16 "Ela não quer alguém que a entenda por completo. Mas ela não abre mão de alguém que acalme sua cabeça e principalmente o seu coração. Ela quer por as vezes estar junto de ti e ficar apenas em silêncio, mas que esse silêncio nunca signifique...