Capítulo 01

15K 667 87
                                    

Perdoem os erros.

— Vamos logo Max. Juro por Deus que se você permanecer mais cinco minutos dentro desse closet, irei suicidar-me. — Max checou mais uma vez as suas vestes. Ser o pecado mais velho e mais sensual era uma lastima. Ter a vaidade dentro de sí era quase repugnante, já que era o seu irmão que lhe proporcionava esse dom ridículo.

— Devo correr o risco de lembra-lo que você é imortal? — Perguntou Max, ao sair do seu closet totalmente arrumado e sedento de poder.

— Não, você não deve. Agora vamos, estamos atrasados e o nosso irmão não irá se agradar pelo o nosso atraso, você sabe como ele fica quando não fazemos o que deseja.

Max andou até o seu irmão, em passos calculados e estratégicos. As suas roupas estavam devidamente arrumadas e perfumadas. E o seu odor sexual estava se empregado por todo o seu apartamento.

— Eu deveria saber que ele iria sentir-se injustiçado pelo simples atraso meu. Fala sério, ele não irá se conformar nunca por não ter nascido primeiro? — Max já estava enraivando-se com o seu irmão gêmeo. Abraham era o pecado Inveja e o seu irmão gêmeo, Max o amava mais a sua sede de poder fez com que Max se afastasse mais e mais dele.

— Cara ele é o pecado Inveja, você queria o que? Ser invejoso é a função dele. Não pode cobrar do cara, o que ele nunca poderá lhe oferecer.

— Você é o pecado irá e nem por isto vejo você batendo em nossos irmãos por aí. Os nossos dons foram criados para serem usados e não para estar atacando uns ao outro.

Max ouviu o seu irmão bufar.

— Não me leve á mal mais por favor não me compare ao bastardo do seu irmão gêmeo. E olha só você... Bom você é o pecado luxúria mais nem por isto deixa de usar o seu poder um minuto se quer. Veja essa casa, ela está impregnada de poder sexual. Você não deveria acusar o seu irmão de usar poderes contra a irmandade quando você mesmo está utilizando como proteção em sua casa.

Max indiretou-se e lançou um olhar nada contente em direção ao seu irmão. Ele sabia que o seu irmão estava certo, mais o orgulho que estava dentro dele nunca iria permitir que ele dissesse a verdade.

— Eu sou o líder, sou o mais velho e o mais poderoso. Em minhas veias corre cada um dos poderes que vocês possuem, e não me sinto honrado em dizer isto, se você quer saber. Abraham deveria se colocar em seu lugar, ele até pode ser o segundo mais poderoso por ser infelizmente o meu irmão gêmeo mais nunca será o líder da nossa Irmandade. Até porque o dom Inveja não seria nada perspicaz quando o assunto se diz poder.

— Vai ver ele ainda não encontrou o seu cálice. Você sabe como nós ficamos na era dos guerreiros quando não haviamos às encontrado.  Aquela frustração quase nos devastou.

— Somos o pecado em vida, se um dia existiu cálices para nós tenho certeza de que hoje não existe mais. Aquiles que o diga aquele filho da mãe - Max riu. -  Aquele depravado aproveitou bastante o que não conseguimos aproveitar naquela época. Uma pena que a sua companheira morreu antes mesmo que pudesse gerar.  

Lamentou o pecador com pesar. Aquiles fora o unico pecador que havia encontrado o seu cálice na era dos guerreiros. Forá uma alegria e tanto quando ele finalmente a encontrou, mais tudo na vida tem um preço e o preço que Aquiles pagou foi muito duro. Ele ficou desvatado, ferido e sozinho. Nunca mais Aquiles havia sido o mesmo, ele era um homem gentil e até mesmo atencioso quando estava perto dela mais quando o destino decidiu tira-la do seu caminho. Aquiles tornou-se frio e solitário. Uma fase muito difícil para todos que tiveram que conviver com a casca carrasca que viviam com eles.

Álvaro andava pela a casa do seu amigo com uma certa impaciência. Os seus largos ombros estavam cobertos por uma pesada jaqueta de couro, as suas exageradas tatuagens estavam espalhas por quase toda a espessura de sua pele, a sua mascara facial lhe dava um aspecto de roqueiro mal humorado. E era isto que ele deseja ser, apenas um humano normal, com sentimentos normais. Mais o poder que estava impregnado em suas veias nunca iria permitir esse privilégio. A sua falta de paciência era caótica, e ser um homem que todos ao seu redor o temem era terrível.

— Tanto faz, você sabe que eu não estou nem aí para essas merdas. Poder para mim não é nada, apenas a ação me proporciona prazer... A guerra é o meu cálice.

— Sim! - concordou. - Assim como o sexo pervertido é o meu, há e como o orgulho de Seb é o cálice dele e...."

— Eu sei que você acha que a guerra nunca será o meu cálice, mais eu sinto que a batalha é o êxtase que preciso para o resto dos meus dias. Não me sinto sozinho quando estou no campo de batalha, sinto-me bem e cheio de energia, quando estou na batalha sinto-me eufórico. E esses sentimentos apenas a guerra pode me proporcionar, por isto tenho certeza que a guerra sempre será o meu cálice.

— Nisso não ouso discordar meu irmão, você é uma verdadeira maquina de caçar, mais não acho que a guerra seja o seu verdadeiro cálice, assim como o sexo nunca será o meu. Somos os Sete Pecados Capitais, somos os sentimentos que os humanos possuem, nós somos a salvação deles, e se for para existir um cálice que seja mais importante em nossas vidas que sejam eles, eles sim precisam da nossa proteção, eles precisam da nossa total atenção, apenas eles. - Max olhou o relógio que estava em seu pulso mais uma vez. O ponteiro gritava o nome atrasado. E mesmo a distancia Max ainda podia pressentir a enorme carranca que o seu irmão estaria utilizando no salão.

— Acho melhor partimos agora, preciso alimentar-me e esse assunto de cálice já está me doendo às bolas.

Álvaro concordou em silêncio. Ambos se direcionaram para a enorme porta amadeirada francesa, a casa de Max era pura luxúria, os moveis eram da atualidade e a decoração do mais puro ouro. Ninguém nunca ousaria dizer que aquela casa pertencia a um macho impetuoso e cheio de pecado.

— Você acha que Abraham estará subindo pelos os cotovelos com o nosso atraso? — Perguntou Álvaro, tentando quebrar o clima de tenção que ambos criaram.

— Tenho certeza que sim... Ele nunca perdoaria um atraso meu. Ainda mais quando o assunto se diz a reunião sobre a irmandade.

Álvaro franziu o cenho.

— Reunião com a Irmandade? Não sabia que nós iríamos fazer uma reunião. — Álvaro estava confuso. Ninguém havia lhe informado que haveria uma reunião naquela noite. Eles só pediram para informar a Max sobre o seu atraso, a irmandade nunca havia deixado de informa-lo sobre as reuniões. A não ser por um único motivo.

— Qual o assunto da reunião? — Perguntou o pecado Irá com ferocidade.

Max o examinou com atenção. Possivelmente ele não iria se agradar nada, em saber que o principal assunto seria ele.

— Max qual?

Seus olhos estavam transmitindo pura irá, Max não precisava dizer uma se quer palavra, ele sabia que o seu irmão não era burro, e que instantaneamente ele já havia ligado os pontos.

— Eu acabo com aquele filho da mãe!

O seu irmão sumiu como fumaça perante os olhos de Max. O dom de se teletransportar às vezes era necessário. Obvio que a irmandade nunca usava, já que requer muita energia acumulada para fazer este ato, mais para Álvaro se teletransportar não passava de um pequeno passatempo já que a sua irá era como uma verdadeira bomba relógio.

Max sorriu instantaneamente. Ele sabia que ninguém poderia segurar Álvaro por muito tempo, nem mesmo um dos seus irmãos mais fortes poderia aguentar a irá que Álvaro estava acumulando sob os seus ombros. Álvaro só precisava de uma mira para poder extravasar toda a sua energia, e isto Max já havia lhe proporcionado, agora só restava esperar e ver o seu pequeno show acontecer.

— E que comece o nosso jogo.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora