Perdoem os erros.
Você não é suficiente Rebecca. Essas palavras mais uma vez foram ditas, as palavras mais temidas da vida de Rebecca, palavras que um dia acabaram com a sua autoestima, mais uma vez elas foram ditas por homem. Um homem que por algumas horas ela realmente o desejou.
Rebecca estava sem chão, ela se sentia sozinha e o pior rejeitada, mais uma vez! Aquilo era demais para ela, aquilo estava a matando por dentro. Decidida a acabar com aquele jogo sujo Rebecca procurou todas as suas roupas ainda espalhadas pelo quarto.
Ela precisava voltar para o seu trabalho, precisava voltar para a sua vida, chega de brincar de detetive. Verdadeiramete àquela não era a sua função, ela não nasceu para ser uma manipuladora capaz de descobrir o pior lado das pessoas e ainda assim não vê o lado bom nelas. Ela não conseguia conviver com as pessoas mentido para elas, Rebecca sentia de alguma forma estar traído aqueles homens e aquele sentimento era devastador. Ela não estava suportando.
Apanhando todas as suas roupas em mãos Rebecca correu em direção ao banheiro trancando-se dentro dele. Rebecca se despiu em uma rapidez extrema e apanhou as suas roupas começando pela calça e logo depois pelo o suporte das armas, ela apanhou a sua camiseta branca e a vestiu. Seus escuros e selvagens cabelos negros estavam revoltosos, sem um elástico para prende-los Rebecca não teve opção a não ser usar o seu próprio cabelo para prende-los.
Com as suas roupas ajustadas e os cabelos quase arrumados Rebecca saio do banheiro com a jaqueta em mãos e não se surpreendeu ao ver Red sentado sobre a cama com as feições franzidas. Aquele quarto estava realmente uma confusão.
— Há algo errado Red? — Perguntou Rebecca. Os olhos prateados dos seu amigo/suspeito miraram em sua direção.
— Max pediu para te fazer companhia... Porquê está com essas roupas? — Questionou ele.
Rebecca caminhou sorrateiramente até o criado mundo, algumas noites atrás ela pode ver as suas armas prateadas brilharem durante a noite. Ela estava tentada a pega-las mais sabia que não tinha muita chance em sair ilesa sem machucar alguém... E o seu coração se apertou mais ainda em saber que quem saíria machucado naquela história seria o homem que mais lhe acolheu naquela maldita casa.
— Onde está os outros? — Perguntou Rebecca em um modo formal, enquanto ignorava a pergunta do seu amigo.
— Acompanharam Max... — Rebecca comemorou silenciosamente. Suas mãos estavam a um passo de abrir a gaveta. Rebecca só rezava para que ele não notasse as armas antes que ela pudesse pega-las.
— Mais você ainda não me respondeu! Porquê está agindo desta forma e porquê... — Em um movimento rápido Rebecca abriu a gaveta e retirou de lá a sua prateada arma. Apontando em direção ao seu amigo, Red lhe lançou um olhar confuso, enquanto as peças do seu mais novo quebra cabeça se juntava.
— Rebecca... Abaixa essa arma.. — Sugeriu o homem. Suas feições estavam sombrias, seus braços erguidos em forma de redição não convenceu a delegada o suficiente para ela abaixar a guarda.
Suas mãos levaram junto a arma o suficiente para ter um ótimo alvo. Ela estava determinada, estava zangada e o pior estava a flor da pele.
— Saia do meu caminho Red. — A voz da Delegada saiu firme. Os seus olhos estavam focados sobre os do seu amigo. — Você não irá sair daqui... Acredite! Você está mais segura aqui dentro Rebecca. Eu não me perdoaria se algo acontecesse... — O barulho de tiro ecoou por todo o quarto e logo em seguida veio mais dois. E lá estava sobre o chão. O seu amigo. Ele estava lhe lançando um olhar amendrotado e cheio de temor. Aquilo estava matando Rebecca.
Rebecca passou por cima dele, mais antes que ela pudesse partir Rebecca sentiu a necessidade de ao menos lhe pedir perdão.
— Red ficar longe de mim... Eu sou problema e acredite não sou do tipo que se concerta. — Rebecca lançou um último olhar ao seu amigo, e logo depois partiu o deixando em agonia sobre o chão.
Rebecca estava se sentindo péssima. Os seus sentimentos estava se tornando cada vez mais caótico, ela estava se sentindo uma assassina. Ela se sentia fria e solitária.
Abrindo ambas das portas francesas, Rebecca ainda podia ouvir os gritos do seu amigo pedindo para que ela ficasse, mais já era tarde demais. Provavelmente depois que ela partisse eles estariam até mesmo em sua sombra, ela precisava ser rápida e estratégica. Seguindo em direção as escadas de emergência Rebecca praticamente voou descendo cada degrau. Ela estava eufórica e descer aquelas escadas estava sendo muito bom para descarregar um terço da adrenalina que Rebecca sentia.
Ao chegar no salão principal Rebecca estava suada e sem fôlego. Ela praticamente correu em direção a porta de saída, mais quando ela estava a um passo de sair, um dos irmãos entrou sobre o saguão. Rebecca automaticamente se abaixou sobre o balcão, ainda com a arma em mãos ela o segurou ainda mais forte agora só restava a ela duas balas. Ela não poderia falhar.
O homem cumprimentou o porteiro com elegância e suavidade, e logo se direcionou até o elevador. Rebecca o observou mais um pouco e só se deu por satisfeita quando as portas se fecharam. Ao observar que o homem nem se quer notou a sua prenseça, Rebecca guardou a sua arma e correu em direção a saída e ao sentir o vapor quente preencher o seu rosto pela a primeira vez em sua vida Rebecca adorou a sensação.
Sem esperar um minuto se quer Rebecca se misturou entre as pessoas e correu o máximo que podia em direção a rodovia. Ela precisava falar com Gael, precisava dizer a ele onde estava e porquê havia sumido tanto tempo.
Entrando em uma estação de metro Rebecca apanhou um telefone publicado. Discando em um modo rápido e desesperado. Seus olhos passeavam para atrás de si à cada segundo. Ela sabia que não demoraria muito para que todos os irmãos estivessem atrás dela.
— Droga Gael, atende a droga desse telefone. — Resmungou. Enquanto trocava de peso a cada cinco segundos. Quando Rebecca estava prestes a desliga uma voz rouca soou através da linha.
— Alô?
— Seu bastardo de merda! Onde você estava? — Questionou Rebecca em um tom impaciente.
— Rebecca? — a voz do seu detetive parecia estar confusa.
— Não seu idiota o papa! Onde diabos você está? Preciso da sua ajuda. — Murmurou ela enquanto lançava mais um olhar atrás de si.
— Estou na delegacia mais porque... — Rebecca lançou mais um olhar atrás de si e pode ver com clareza quando uma muralha de músculos entrou na estação com o semblante nada feliz.
— Merda! Preciso ir te vejo na delegacia. — antes mesmo que Gael pudesse responder, Rebecca correu entre as estações e entrou no primeiro metro que teve oportunidade. Abaixando-se ela se escondeu entre as cadeiras, privando as pessoas do lado de fora de verem o seu corpo encolhido.
A massa de cabelos negros passou entre as estações, Rebecca agradeceu aos céus por ele não ter lhe visto. Em menos de segundos as portas do metro se fecharam e Rebecca pode suspirar aliviada.
Quem diria que a sua fuga desastrosa daria certo. De repente Rebecca se pegou chorando, gotas de água escorriam perante os seus olhos. Ela se sentia solitária, se sentia sozinha e se sentia culpada. Sentia culpa por mentir para o seu amigo, sentia culpa por tê-lo ferido e o pior sentia culpa por ter se apegado aos seus principais suspeitos.
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CORROMPIDO
FantasyO Pecado sempre esteve sob a terra desdo início do mundo, mais o que a raça humana não sabia era que os Sete Pecados Capitais habitavam no mesmo espaço que eles. Na Terra! Luxúria, Avareza, Fome, Irá, Preguiça, Orgulho e Inveja. Sete homens, Sete ir...