Capítulo 19

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Perdoem os erros.

Os quatro irmãos reunidos, encaravam Rebecca como se ela fosse algo de outra galáxia. Os seus devassos olhos passavam por toda a parte, eles estavam curiosos, estavam preocupados e estavam curiosamente animados demais.

Rebecca encarava todos com atenção, enquanto os quatro homens agora acomodados em cada sofá negro a encarava fixamente. Em um modo defensivo Rebecca se apertou ainda mais ao corpo de Red, deixando apenas a sua silhueta no campo de visão deles.

— Eu acho que eles não gostaram da notícia... — Sussurrou Rebecca, enquanto tentava se esconder sobre as enormes costas de Red.

— Não se preocupe... Eles estão apenas assimilando — Garantiu Red, enquanto a puxava de volta para o campo de visão deles.

O primeiro a se levantar foi Álvaro. Com a sua postura rígida e o olhar sombrio, ele se aproximou de Rebecca em apenas dois passos. Seus olhos a examinava com atenção, não com malícia, mais apenas por curiosidade.

— Rebecca esse é o meu irmão Álvaro.— Apresentou Red, ao homem desconhecido.

Rebecca lhe avaliou com atenção. Vestes pesadas, jaqueta de couro, olhar sedento. Com toda certeza ele fazia parte da família, ele era perfeito demais para não se encaixar nelas.

— Então você é a danasca do meu irmão.  — Assimilou ele enquanto a encarava fixamente.

Seus olhos eram de um esverdeado escuro, seu rosto regularmente formal, quase não obtinha cabelo algum, os únicos que restavam em sua cabeça era curto demais para ser admirado. Sua postura era rígida e há sua jaqueta de couro lhe dava um ar de badboy sexy. Muito sexy por sinal.

Rebecca se perguntou de onde havia saído tanto homem bonito. Eles eram exuberantes. Cada um possuía uma beleza própria, algo incomum e muito atraente.

— Er... Prazer!  —Disse Rebecca com as feições totalmente desconcertadas. O homem que estava a sua frente franziu o cenho.

— Desculpe! Falei algo errado? — Perguntou com as feições já avermelhadas.

— Não! Mais é só que você... Ta estranha! Cadê as agressões? Quero dizer, ainda não quer me prender? — Rebecca lhe lançou um olhar confuso.

— Prender? Do que você está falando? Vocês devem algo a polícia? — Perguntou Rebecca em um tom alarmado.

Álvaro lhe lançou um sorriso sarcástico.

— Como assim devemos algo a policia? Você por um acaso está ficando...

— Ela perdeu a memória Álvaro, não a precione. Isso ainda é muito delicado para ela. — A voz de Red foi severa e ríspida. Parecia estar o repreendendo em silêncio.

Rebecca lançou para Red um olhar duvidoso. Ele parecia estar encodendo algo... Algo muito sigiloso. Rebecca tinha quase a certeza de que aquilo se referia a ela.

— Mais que... — Olha essa boca Álvaro. Está na frente de uma mulher, não aja feito um ogro. — Repreendeu Red.

Álvaro estreitou os seus olhos em direção a Red.

— Grande ironia do destino não é mesmo Red? — Murmurou Halel com sarcasmo.

Red lançou um olhar fulminante em direção ao seu irmão.

— Acho melhor você calar essa boca, seu babaca! — Alertou Red enquanto os seus prateados olhos lhe lançavam um olhar matador.

— Já chega vocês dois, temos uma dama em casa. E a propósito, precisamos comprar roupas para a senhorita. Acredito que esses tipos de vestes não é apropriado quando se está em companhia de vários homens. — Um homem de terno elegante, surgiu em seu campo de visão. Seus olhos eram de um azul profundo, seus cabelos estavam penteados devidamente para trás em um corte estiloso, sua barba estava bem feita e os seus dentes perfeitamente alinhados. Sua postura era rígida, assim como as do seus irmãos. Mais havia algo diferente nele. Ele parecia sério demais, amargo demais ou talvez sozinho demais.

Com as mãos em seu bolso e com um rosto formal, ele tinha a aparência de um homem sério e centrado. Parecia superior e extremamente atraente, sim! Definitivamente ele era o mais atraente. Ou talvez não!

Rebecca fez uma breve careta ao encara-lo fixamente. Seus olhos transmitiam pura segurança, enquanto uma de suas mãos saiam do seu bolso com suavidade.

— Prazer! Me chamo Aquiles. Sou um dos mais velhos. — Disse em um modo galanteador.

Rebecca franziu o cenho.

— Um dos mais velhos?

— Sim querida. Primeiro são os gêmeos Max e Abraham, e depois sou eu. — Os olhos de Rebecca o avaliavam com atenção. Talvez se ele fosse menos amargo e mais simpático,  ele seria um bom homem. Mais o ego que ele carrega consigo era grande o suficiente para acabar com toda a simpatia que ela poderia sentir por ele. 

Sua mão ainda estava estendida, enquanto Rebecca o encarava. Ela parecia uma estátua enquanto o encarava. Mais quando os seus olhos pousaram sobre as suas mãos, ela percebeu o quão indelicada estava sendo.

— Desculpe... Eu só... acabei detraindo-me. — Rapidamente a sua mão pousou sobre a sua. Ele lhe ofereceu um suave aperto, era tão delicado e centrado que parecia mais um robô da elegância. Nada dele era errado, nada era imperfeito. Parecia ser feito de porcelana.

— Um prazer conhece-la. Espero obter muitas oportunidades de conversas, tenho certeza que temos muito a oferecer um ao outro. — Sua voz era direta e macia, parecia um ditador dando ordens, mais ao mesmo tempo parecia um príncipe sem um cavalo.

Seus olhos passearam sobre os dele novamente. Ela precisava checar se tudo aquilo era real, se ele era real.

— Certo! Adoraria ter um conversa com você. — Disse Rebecca lhe lançando o melhor sorriso que ela poderia dar. Seus intimidadores olhos azuis pousaram na muralha que estava atrás dela, eles eram grandes... Caramba! Bota grande nisso. Todos possuíam um corpo definido e musculosos, nenhum deles passavam desapercebido. Todos eram marcantes e sedutores.

—  Onde está Seb? — Perguntou Aquiles, em um tom frio e concentrado.

Rebecca não precisava virar-se para saber que o seu amigo, estava dando de ombros. Ela realmente estava o conhecendo bem.

— Acho que está com Max. Talvez esteja voltando para casa. — Disse formal.

— Conta outra Red. O Max deve estar na farra, aquele dali não perde uma quando o assunto se diz mulher. — Murmurou Halel com sarcasmo.

O coração de Rebecca de algum modo se afundou quando ouviu aquela confissão. Só em falar o nome Max as suas pernas já ficavam bambas, talvez esse seja o efeito que ele transmite nas mulheres... Pura luxúria e poder.

As mãos de Rebecca começaram a suar rapidamente, parecia que ela estava sendo posta em um forno. O seu corpo pegava fogo, como se estivesse algo a queimando de dentro para fora.

De repente um grito estrovesedor invade a sala de visitas, Rebecca sabia que aquile grito era agonizante demais, mais nada ela podia fazer. Aquilo estava a consumindo, estava lhe doendo, aquilo estava lhe marcando. Seus pulmões estavam sendo prencheidos por pesadas lufadas de ar, nada pra ela era suficiente... Nada era...

Suas vistas... O que estava acontecendo com ela? Porquê estava tudo tão vermelho e quente.

Rebecca sentia estar sendo possuída de algum modo, sentia estar sendo invadida, sentia estar sendo exposta por algo que não queria. Ela não iria suporta aquilo por muito tempo, as suas forças já estavam no limite, os seus gritos já davam para ser ouvidos por toda a vizinhança. Ela queria parar, mais cada vez que a rajada de calor invadia o seu peito, os seus gritos se tornavam cada vez mais fortes.

Rebecca sabia que os irmãos de Red estavam tentando ajuda-la, ela sentia várias mãos sendo postas nela, sentia o calor que cada um transmitia a ela... Sentia como se realmente estivesse em um inferno quente e pavoroso.

Mais então, como se nada estivesse acontecendo a sua dor passar, a queimadura que antes ela sentia em seu corpo inteiro, agora não passava de um simples roçar quente. Ela sentia como se alguém estivesse jogado um balde de água fria sobre ela, se sentia calma e temerosa. Mais além disso, Rebecca sentia algo familiar dentro do seu peito, algo que nunca a deixaria em paz nem um segundo se quer... A solidão.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora