Capítulo 37

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Perdoem os erros.

Os olhos de Max fulminaram com a cena que ele havia acabado de presenciar. Pronto para observar qualquer cena, Max havia acordado em sobressalto por conta de um barulho extrovessedor, disposto a acabar com qualquer individo que havia ousado invadir a casa de sua amada Max correu em direção as escadas. Mais logo se tornou gélido ao observar tamanha pouca vergonha.

Com um olhar sombrio e o seu lado companheiro a flor da pele, Max desceu as escadas como se estivesse pisando em brasas de fogo. Seus olhos acompanharam o momento exato quando Rebecca estava prestes a sair de cima do homem que provavelmente estaria morto diante alguns minutos.

— Acho melhor você subir agora mesmo e colocar a porra de uma roupa Rebecca. — Grunhiu Max ainda com os olhos fixos no homem desconhecido.

Rebecca fez uma breve carreta.

— Eu não sou... — Os olhos de Max fixaram nos dela. Rebecca havia entendido o recado, naquele momento aquele homem não era mais o Max e sim o monstro que vivia dentro dele, naquele momento Max era apenas um Pecador.

— Olha Max não foi nada...

— Eu já mandei você subir. — rangeu Max com os punhos cerrados. Em um modo defensivo Rebecca recuo para trás encostando-se em seu balcão, ela lançou um olhar de súplica para o seu amante.

Max nem se quer havia se importando, naquele momento ele só queria por as mãos no homem que havia acabado de se recompor do chão.

O detetive se recompôs o melhor que pode, e quando o seu lado homem estava seguro de si mesmo, não demorou muito para o seu lado detetive surgir feito uma lamparina. Com um olhar confiante e as feições duras Gael se aproximou de Max o suficiente para observar que o homem estava mais que irado, ele estava possesso.

— Quem é você e o que faz no apartamento de Rebecca? — Questionou Gael com o semblante gélido.

Max lhe ofereceu um sorriso cruel enquanto colocava uma mecha dos seus selvagens cabelos para atrás de sua orelha.

— Sou o namorado dela e você? — Rebecca fez uma breve careta. O detetive percorreu os olhos em direção a Rebecca em busca de algum tipo de resposta. Mais a única coisa que ele havia recebido em troca era confusão e culpa.

— Namorado? Você estava namorando e não me disse nada? — Perguntou o detetive com as feições perplexas.

— Eu não estou namorando! — defendeu-se a delegada.

Max lhe lançou um olhar sarcástico.

— Não estamos? Vai negar na minha cara os planos que fizemos ontem?

— Nós não fizemos nenhum plano ontem seu idiota. — Grunhiu a delegada.

Rebecca sentiu o olhar do seu melhor amigo a queimando. E quando ela ousou o encarar de volta não deixou de notar a decepção e o rancor em seus olhos.

— Então quer dizer que enquanto eu estava naquele maldito carro fazendo a sua segurança, você estava aqui fazendo planos com esse... Esse... Brutamontes? — Max arqueou uma das suas sombracelhas, enquanto cruzava os braços a cima do seu peitoral.

— Você quer dizer má vigília não é meu amigo? Até mesmo um cego saberia que você estava dormindo naquele carro. — Gael lançou um olhar fulminante em direção a Max.

— Isso não vem ao caso. E você? — Seus olhos voltaram para os de Rebecca. — Não tem nada a mim dizer hum? O gato comeu a sua língua?

Rebecca se encolheu de imediato. Nunca antes Gael havia lhe tratado daquela forma, e saber que a sua única fonte de amor estava a desprezando daquela forma chegava a partir o seu coração em pedaços.

— Gael não fale desse jeito comigo! — Protestou ela enquanto tentava a todo custo não chorar na frente de dois homens possessos.

— Irei falar de que jeito então? — Gritou o detetive. - Você passa semanas desaparecida e quando decide voltar, aparece um homem em sua cama que alega ser seu namorado em menos de vinte quatro horas da sua volta? O que mais você está me escondendo ein delegada? Não era você que abominava mentiras?

— E eu as odeio! — Grunhiu Rebecca em um modo defensivo.

Gael sorriu em um modo irónico.

— Pois não é o que parece. Eu nem sei mais quem é você Rebecca, na verdade eu nem sei de fato se esse seu sequestro foi verdadeiro ou se você estava apenas de férias com esse brutamontes. — Rebecca lhe lançou um olhar choroso. Ela sabia que estava mentindo pro seu melhor amigo, e que ele tinha razão em duvidar dela, Mais Rebecca esperava que ele ao menos acreditasse nela um pouco. Saber que o seu melhor amigo não acreditava mais nela ou pior não confiava mais nela machucou Rebecca de uma forma que nem mesmo a solidão que morava em seu peito chegava a competir com ela.

Com o olhar machucado e com o coração partido Rebecca reuniu as suas forças e levantou-se do acento que ela havia se encostado.

— Eu quero que vocês dois saiam da minha casa agora mesmo. — Exigiu a delegada.

Gael bufou enquanto pegava o resto das suas coisas e saia do apartamento de Rebecca irado. Max continuava lá intacto e ainda com as feições irraivadas.

Rebecca lhe lançou um olhar fulminante.

— Isso serve para você também. Saia da minha casa agora. — Grunhiu ela.

— Eu não irei sair. Não até que eu possa vistir as minhas calças, e se eu fosse você não ficaria tão irritada assim, faz mal para saúde. — Em um movimento rápido Rebecca apanhou a faca do balcão e arremessou em direção a Max.

Ele desviou com rapidez e logo lhe lançou um olhar perplexo.

— Você está louca? Quase me esfaqueou!

— Eu juro por Deus que se você não sair daqui agora eu irei te esfaquear de verdade. — Procurando mais uma faca a sua disposição, Rebecca viu o momento exato em que Max se desmaterializou bem á sua frente, sumindo do seu apartamento feito fumaça.

Respirando ainda com dificuldade Rebecca deixou cair o que ela tanto segurava... as suas lágrimas. Ela se sentia frágil e pequena, ela precisava de ar fresco, precisava sair daquela casa que lhe causou tanta angústia, ela precisava sumir por um tempo e ela sabia o lugar perfeito para isso.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora