Perdoem os erros.
Horas Antes.
(Versão Gael parte I)Gael estava sentando sobre a pilastra de uma estatua velha escondida sobre as margens de uma floresta que se encontrava nas propriedades de um dos irmãos pecadores. Ele estava confuso, se sentia um tolo por não ter descoberto os fatos antes, como ele não viu aquela lama suja embaixo do seu nariz o tempo todo? Afinal, ele era um detetive! Descobrir coisas era o seu melhor talento como ele não viu isso antes?
- Sabe! Houve um tempo em que eu achava ser um louco.
O som das botas pesadas de combate do pecador rangeu sobre a madeira, o detetive sabia que ele estava ali antes mesmo que o homem decidisse se aproximar. Respirando fundo o detetive permaneceu quieto observando a paisagem em sua frente. Um cheiro de cigarro barato preencheu as suas narinas, o homem grande se movia de forma grosseira era um pecador e tanto.
- Ser louco as vezes é bom, sabe. Isso nos tornar diferentes dos outros. E ser diferente em meio a este século é uma dádiva.- Sua voz estava áspera, parecia ter acabado de se engasga com algo duro, a fumaça esbranquiçada deslizou dos seus lábios feito ceda. Gael o observou sobre o canto dos olhos.
- Na minha profissão não existe loucura, não existe insensatez, nem muito menos crenças. Somos homens e mulheres centrados, éticos, incrédulos e diria até mesmo ateus. Nosso deus são as nossas provas, tem um álibi em sua defesa? Prove-me.
O homem jogou a fumaça para fora dos lábios mais uma vez, o cigarro já estava prestes a acabar, ele segurava o restante do fumo com desinteresse.
- Sabe sempre odiei vocês, homens da lei. Acho que foi por isso que Deus me castigou tanto.
Ele coçou os seus olhos. Sua fisionomia era de um homem cansado, mais não de uma forma física.
- Isso porquê é um assassino. - o pecador sorriu. - E você não é?! Acredite em mim quando digo que todos nós carregamos em nossas veias sangue de assasino. Nossa decedencia são de bárbaros, somos homens criados por um Deus de guerra.
Ele esmagou o restante do fumo ainda acesso em suas mãos como se não passasse de um simples papel amassado, Gael o observou com os olhos ainda vidrados em sua mão.
- Vocês humanos agem como se todos fossem culpados, são mimados e um tanto ignorantes. Não aceitam recusas facilmente e atacam quando se sentem ameaçados. São como animais selvagens, a única diferença é que os animais são mais inteligentes que vocês.
Gael o encarou fixamente.
- Está nos chamando de burros?
- Não insulte o pobre animal. - ele remexeu sobre o bolso da sua jaqueta e retirou de lá mais um cigarro. Gael o encarou perplexo. - Nem todos os humanos são assim, está sendo injusto. E você deveria parar de fumar.
O pecador arqueou sua sobrancelha.
- Porquê? Eu já estou morto mesmo. - um grito feminino ecoou sobre a propriedade. Gael se levantou rapidamente junto ao pecador.
- Acha que Aquiles acordou de novo?
- Quando cheguei ele estava mais para o mundo dos mortos do que para os dos vivos. Acredite, Aquiles não vai levantar daquele tapete nem que ele queria.
O pecador tornou a se sentar de forma disleixada sobre a ponta da pilastra, tornou a acender o cigarro e o colocou sobre a boca.
Gael franziu o cenho.
- Porquê diz isso? - o pecador deu de ombros. - Digamos que Aquiles tem certas dívidas para acerta com o Criador. Mais conte-me mais sobre você detetive, confesso que estou curioso.
- Não tenho nada de interessante para contar. - murmurou de volta enquanto voltava a se sentar ao lado do pecador. O pecador riu ainda com o cigarro entre os lábios. - Reconheço uma alma depravada a distância, detetive. E você meu amigo cheira a morte. - Gael engoliu em seco.
- Não sei do que está falando.
- Há não sabe? Sei que está mentindo detetive.
- Está me avaliando agora?
- Não preciso. Você possuí uma espécie de herança familiar que pode usar contra si próprio ou ao seu favor.
Gael o olhou com desinteresse. Sabia que não possuía nada de especial, era apenas um mero e simples humano no meio de tantos homens antigos e poderosos. Por um momento ele sentiu o gosto amargo da inveja penetrar os seus pulmões como o fumo penetrava os do homem ao seu lado.
- Está blefando. - cuspiu. O pecador negou. - Não estou! - ele tornou a expulsar a fumaça do seu pulmão. - Você é um homem inteligente, Gael. Sabe muito bem quando um homem está mentindo. E eu não sou do tipo que massageia o ego das pessoas, esse serviço eu deixo para Red ele é meio sentimental entende?
- O quer saber? - O pecador lançou sobre ele um olhar penetrante. Seu rosto havia uma marca profunda, aquilo ia além daquelas cicatrizes ele realmente era um homem de guerra. Seus olhos castanhos era a porta para um inferno escaldante, eles eram vazios, eram intensos e embriagados pareciam tristes demais para um homem tão imponente e poderoso. Eles eram tão familiares, o detetive suspirou. - Seus olhos são as portas do caminho para verdade, detetive. Lembraria deles mesmo que se passassem mil anos, não vê?
- Ainda não sei do que você está falando. - disse ele sem praguejar. O pecador deslizou o fumo para fora dos lábios mais uma vez. - Desda primera vez em que te vi, sabia que era você. Só não queria acreditar que fosse. Neste mundo não existe consciências, tudo não passa de um jogo de xadrez, você pode jogar as peças o quanto quiser mais uma hora o rei sempre irá cruzar a fronteira.
O detetive riu.
- Estamos mesmo falando de xadrez?- O pecador estreitou os seus olhos, tornando a encara-lo fixamente. - Realmente não vê não é mesmo?
O detetive negou. Ele sentia o seu coração bombear mais rápido que o normal por um momento ele sentia que o pecador também estava sentindo aquilo, eles pareciam estar em sincronia.
- Você possuí os meus olhos, detetive. É um protegido. - Gael o encarou com os olhos ainda mais fixos sobre os do pecador. Sua lógica humana gritava dizendo a ele que ele era um detetive, apenas um simples e humano detetive. Mais de alguma, o jeito como aquele homem o olhava bem no fundo dos seus olhos, aquilo o fez acreditar em cada palavra. Ele sentia que o pecador não poderia mentir, pelo menos não naquele momento. - Então você está querendo dizer que...
- Sim, talvez eu seja o seu pai.
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CORROMPIDO
FantasyO Pecado sempre esteve sob a terra desdo início do mundo, mais o que a raça humana não sabia era que os Sete Pecados Capitais habitavam no mesmo espaço que eles. Na Terra! Luxúria, Avareza, Fome, Irá, Preguiça, Orgulho e Inveja. Sete homens, Sete ir...