CORROMPIDO

Capítulo 31

Perdoem os erros.

Assim que Max pousou as suas pesadas botas sobre o seu apartamento Max notou algo estranho. Ele não precisava entrar para saber que havia algo errado. A sua casa estava cheia de homens, alguns eram conhecidos outros Max só havia notado por vista.

Os murmúrios eram nítidos naquele lugar, todos o olhavam com temor e apreensão. Nenhum dos homens ousaram olhar em seus olhos fixamente todos estavam o temendo.

— O que está havendo aqui? — Exigiu Max enquanto passava por dois homens que estavam pocisionados em frente ao seu apartamento.

A sua sala estava lotada. Homens com botas pesadas e jaquetas de couro estavam sentados em seu sofá, junto ao seus irmãos. Assim que Max se tornou visível para o campo de visão de todos o seu gêmeo se levantou da sua poltrona com o semblante sombrio e se dirigiu até ele.

— Abraham o que houve? Porquê diabos tem tanta gente em minha casa? — Questionou Max com o semblante fechado.

O seu irmão se aproximou de Max o suficiente para Max poder observar a sua íris escura através dos seus esverdeados olhos.

— Red está ferido. — Max franziu o cenho.

— Invadiram a nossa casa? Rebecca está bem? — Perguntou Max com as feições angustiadas. Seu coração bateu tão ferozmente que Max sentia que estava correndo uma maratona sem se quer se mover.

— Rebecca está muito bem! Se eu fosse você não me preocuparia tanto com ela já que ela pode muito bem cuidar de sí mesma sozinha. — As sobrancelhas de Max se juntaram.

— Como assim sozinha? Você sabe muito bem que...

— O motivo pelo qual Red está ferido foi porquê a sua maldita noivinha atirou nele. — Rosnou Abraham.

Max sentiu que as forças das suas pernas estavam cada vez mais invalidas. Ele sentia que poderia cair a qualquer momento, sua mente, sua aflição, suas forças, todas elas estavam se acabado aos poucos. Max precisava de um bom tempo para poder absorver aquela informação. Ele precisava ficar sozinho e de preferência bem longe de qualquer público.

— Onde ela está? — Exigiu Max com as feições sombrias. Abraham estreitou os seus idênticos olhos em direção a Max.

— Não sabemos. Red só conseguiu nos passar poucas informações antes de desmaiar. Aquela filha da mãe atirou três vezes no nosso irmão, ele perdeu muito sangue. Por Deus se ele não fosse imortal tenho certeza que ele não iria resistir. — O coração de Max se apertou ao saber do seu irmão. De alguma forma ele se sentia culpado pela fatalidade dele.

— O importante é que agora ele está bem. Precisamos encontrar Rebecca o mais depressa possível, ela está em perigo e...

Abraham lhe lançou um olhar perplexo.

— Qual foi a parte que você não entendeu? Ela feriu o nosso irmão! Ela atirou nele para mata-lo e você ainda quer a nossa ajuda? —  bufou. — O inferno que nós iremos atrás dela de novo. Se ela quiser voltar vai ser por conta própria, nós não iremos nos arriscar por puro capricho dela.

Max o lançou um olhar perverso.

— É da minha mulher que você está falando. — Rangiu Max com um olhar possesso.

— E eu estou falando do nosso irmão. O homem que colocou sua vida em risco várias vezes para nós salvar, o homem que sempre será nosso companheiro nas melhores e piores horas, o homem que nunca irá nos trair. Ele sim é digno da nossa proteção e não...

— Eu acho melhor você fechar a porra dessa boca. — Abraham estufou o seu peito com convicção.

— Se você quer procura-la não serei eu que irá te impedir, mais fique ciente que quando você estiver do lado de fora desta maldita porta estará sozinho! Estará sem a Irmandade e sem a nossa proteção. — Os olhos de Max se estreitaram.

— Você está me banindo? — Perguntou Max com sarcasmo. As feições do seu irmão se suavizaram.

— Não estou banindo! Digamos que você está suspenso das suas atividades de liderança. — Max bufou com sarcasmo, enquanto cruzava os braços a cima do seu peitoral.

— E quem iria me substituir? Você?
—-Abraham deu de ombros enquanto voltava a se sentar na sua poltrona novamente.

— Eu não sou tão obcecado pelo o poder quanto você pensar meu irmão. Sei quando não posso assumir uma coisa e essa função eu não irei assumir. Quem ficará em seu lugar será Aquiles, ele sim tem pulso firme em liderar, tenho certeza que ele saberá o que fazer até que você acabe com essa sua loucura.

Max caminhou até o seu irmão novamente, seus olhos estavam intensos como braças Max estava furioso.

— Rebecca nunca será a minha loucura! Ela precisa de mim, caso você se esqueça todos nós passamos pela transformação um dia. Ela não sabe quem nós somos, ela não sabe quem ela é! Na hora da sua transformação com certeza ela irá agir feito humana e não feito uma Pecadora. Eu só espero que um dia a sua mulher não precise ser rejeitada ou até mesmo ignorada pelos nossos irmãos como está acontecendo Rebecca. Porquê se um dia isso acontecer eu não irei ter um pingo de pena se quer da sua situação. — Os olhos do seu irmão se estreitaram.

— Isso é diferente. — Max lhe lançou um sorriso curel.

— Apenas espere para ver meu irmão... — Max virou-se e caminhou em direção a porta de entrada.

— Você está me ameaçando? — Grunhiu Abraham antes que Max pudesse sair.

Max se virou e lançou um olhar zombateiro.

— Estou? — Max virou-se e caminhou até saída. Ele precisava encontrar Rebecca, precisava salva-la do que era inevitável, precisa tirar ela dos humanos antes que fosse tarde demais.