CORROMPIDO

Capítulo 08

Perdoem os erros...

Max acordou em sua cama com o semblante confuso. Suas roupas ainda eram a mesma que ele havia utilizado na boate, seus cabelos negros estavam mais compridos do que ele havia imaginado. Instantaneamente Max passou as mãos em seus sedosos e compridos fios no intuito de aliviar-se do calor que percorria todo o seu corpo. Ao tocar nos seus sedosos fios negros, Max permaneceu mais confuso ainda, ao notar que não sentia os seus sedosos fios sob os seus dedos.

Com o semblante franzido Max sustentou sua cabeça, o suficiente apenas para enxergar o seu corpo, junto a uma... Mulher? Max puxou o lençol de seda negro, o suficiente para ver o rosto da formosa mulher que estava dividindo o leito consigo. Surpreendeu-se ao notar de quem se tratava. Como ele havia parado ali? E porque a delegada estava em sua cama? Max levantou-se sem nenhum tipo de delicadeza ou cerimônia, suas pesadas roupas de festa estavam todas ensanguentas devido à chacina que havia ocorrido na boate, seus cabelos estavam sujos e os seus lábios... Tinha gosto de sangue? Max passou a ponta dos dedos em seu lábio inferior capturando de lá uma devassa macha de sangue vermelha. Seus dedos foram em direção aos seus lábios novamente, Max não se lembrava de nada do que havia ocorrido naquela noite. Tudo para ele não passava de borrões ou pequenos flashback, nada para ele fazia sentindo.

Ao provar o pequeno requisito de sangue em seus lábios, Max teve a certeza de que aquele sangue não era humano... E sim do seu irmão Aquiles. Como diabos aquilo havia acontecido? Max nunca havia machucado nenhum dos seus irmãos, nem mesmo quando estava inconsciente, ele sempre sabia detectar muito bem quem era os seus inimigos.

Decidido a tirar aquela conversa a limpo, Max retirou a sua camiseta ensanguentada e as jogou nos pés de sua cama, Max prendeu os seus cabelos sujos em um elástico com agilidade e rapidez, se direcionou até a sua enorme e formosa porta francesa e abriu ambas das partes em um só puxão, fazendo não só um enorme estrondo em seu quarto mais também pela casa inteira. Ao longe Max podia ouvir as vozes dos seus irmãos, todos aparentavam estar nervosos. Max se perguntou o que havia ocorrido com ele naquela maldita boate, talvez ele estivesse perdido o seu total controle, e por esse motivo atacou o seu irmão involuntariamente, talvez ele estivesse sido atacado por um animal ou talvez... Ele esteja realmente ficando louco.

Max aproximou-se da sua sala sorrateiramente, ao longe ele podia avistar perfeitamente Seb, Halel e seu irmão gêmeo sentado sob o seu sofá favorito, mais a esquerda pode observar o seu irmão Álvoro jogado sob o seu chão fofo e macio, provavelmente estaria dormindo feito pedra. Nunca antes Max havia visto o seu irmão tão cansado, talvez ele tenha gastado a suas energias demais... Mais com o que? Max franziu o cenho novamente, ele tentava trabalhar em conjunto com a sua mente, mais o que ele recebia em troca era apenas um enorme branco. Ao lado do seu irmão desmaiado Max pode ver Aquiles e Red sentados em sua banqueta de bebidas. O ferimento no braço de Aquiles era nítido, os caninos de Max penetraram ao extremo no braço do seu irmão. Mesmo a distancia Max podia ver com perfeição a perfuração e a enorme cavidade que os seus dentes haviam feito. Ele se sentia culpado por ter feito aquilo com o seu irmão, mesmo não podendo se recordar de nada...

- Cala a boca seu imbecil, você sabe que Max não teve culpa... O cara estava totalmente fora de sí. - Murmurou o seu irmão Red enquanto limpava atentamente a ferida Aquiles.

- Sei... Poderia dar os meus rins que estou certo quanto a isso. Se Max realmente estivesse consciente do que havia feito, não iria se arrepender por ter feito aquilo. - Disse Seb com sarcasmo.

Tinha que ser ele... Sempre o orgulho.

- Você é mesmo um imbecil Seb. - Grunhiu Aquiles ao ser perfurado mais uma vez em seu braço. A limpeza de uma mordida chegava a ser dolorosa demais para um pecador, mais extrair veneno de um líder celestial chegava a ser caótico.