Capítulo 40

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Perdoem os erros.

Max sentou-se inquieto sobre o leito de Red. Ele avaliava o seu irmão com o semblante preocupado, Max sabia que o seu irmão estava em péssimas condições o seu corpo magro denunciava isso.

— A quantos dias você não se alimenta? — Red lhe lançou um sorriso aberto, enquanto se ajeitava inquietante sobre as cobertas ensanguentadas.

— Ontem comi sopa e hoje... Talvez um copo de leite com biscoitos. — Max estreitou os seus esverdeados olhos.

Seus punhos estavam cerrados sobre a cama, ele lançava um olhar reprovador em direção ao seu irmão. Ele sabia que Red estava sem se alimentar a dias, sabia que ele estava a desfalecer de fome. Mais a questão era, porquê Red não estava se alimentando como deveria?

Max estava intrigado.

— Não se faça de tolo! Não é sobre isto que estou falando. O que eu quero dizer é se você alimentou o seu lado Capital?

Red desviou o seu olhar como uma flecha. Ele não queria ouvir sermões, estava cansado demais para aquilo.

— Red! Eu estou falando com você, responde a maldita pergunta. — Red voltou a encarar o seu irmão com o semblante cansado. Ele sabia que possivelmente o seu irmão iria surtar se soubesse a verdade.

— Eu ainda não me alimentei... — Disse o pecador com cautela, enquanto avaliava o seu irmão com atenção. — Não tenho forças o suficiente para me alimentar.

Max franziu o cenho.

— Como é? — Max sorriu com sarcasmo, enquanto lançava um olhar zombateiro em direção ao seu irmão.— Por um acaso se esqueceu como se alimenta meu irmão? Ou pior esqueceu-se como usar esse estrumento ai embaixo?

Red cerrou os seus punhos, enquanto estreitava os seus acinzentados olhos em direção ao seu irmão. Red poderia aceitar qualquer duvida sobre ele, menos a respeito da sua masculinidade. Aquilo chegava a ser baixo demais.

— Isso não tem nada a vê sobre o meu membro masculino ou a minha artimanha sexual... — Rangeu Red enquanto suspirava em total fracasso.— Eu só não estou capacitado agora para essa função. Como você pode ver estou com três balas não saradas em meu corpo. — murmurou com insatisfação.

Max pareceu avaliar Red com a sua total atenção, ainda com as suas feições franzidas ele murmurou:

— Mais isso não significa o que você disse a respeito da cura. O que realmente você quis dizer com aquilo? E para onde os nossos irmãos foram? E por Deus! Para de me enrolar eu não irei sair desse quarto até que você me diga a verdade. — Max viu perfeitamente o momento em que o seu irmão engoliu a seco e suspirou de dor.

Red limpou a sua garganta mais uma vez enquanto tentava achar em seu cérebro, palavras convincentes para não deixar Max com mais questionamentos.

E como se fosse obra do destino o celular de Max tocou em um estrondo  alto e potente. Red pôde sorrir triunfante, pelo menos o seu segredo seria mantido a salvo por mais alguns minutos.

Max fez uma breve careta.

Max alcançou o seu celular e resmungou algo antes de atender com as feições nada contentes.

— Alô? — Grunhiu o Pecador.

— Alô... Maxwell? — A voz do homem era quase falha.

Max franziu o cenho. Quem iria ligar para ele plena manhã? Ninguém além dos seus irmãos possuía o seu número... A não ser é claro... Rebecca!

A aflição atingiu Max como uma punhalada, e de repente ele não ligava mais pra quem estava em sua frente, ou se alguém estivesse morrido, o que ele queria apenas era saber como estava Rebecca. Por Deus! Se os vampiros tivessem a pegado, ele não iria se perdoar... Não mesmo.

— Sim, sou eu! O que há de errado? O assunto é realmente importante?  — Murmurou Max com a voz aflita. Red lançou um olhar preocupado em direção a ele. Parecia que o seu irmão havia sentindo a sua angústia apenas em seu tom de voz.

— Sim, é algo importante... Quero dizer para ela você é importante. — Um alto ruído de garras,e um grito agonizante ecoou pela linha telefónica.

O coração de Max se apertou ao ouvir a angústia da mulher do outro lado da linha. O que será que estaria havendo?

— Ela quem? De quem você está falando... — Max se levantou da cama do seu irmão em um sobressalto. Ele estava nervoso, os seus labios começaram a secar e o seu másculo corpo tornou-se cada vez mais trémulo.

Red se ergue sobre a sua capa com um olhar questionador. O que será que estava ocorrendo? E porquê Max aparentava estar tão aflito?

— Max o que há de errado? — murmurou Red. Max levantou uma das mãos no intuito de silencia-lo. Ele precionava o telefone tanto em seus ouvidos que Red chegava a pensar que ele se partiria ao meio com tanta força.

— Rebecca... Ela não está bem, ela parece estranha, os seus olhos... — a linha tornou-se muda por alguns segundos. Mais para Max aquilo estava se tornando uma eternidade.

— O que há de errado com os olhos dela? — Quase Grunhiu Max em um tom áspero.

Red rapidamente se tornou alerta. Uma pena que agora o seu corpo não passava de carcaça cheia de músculos. Ele se sentia hiponente deitado sobre aquela cama. E na verdade era o que ele era, um homem invalido. Sim, ele possuía poderes mais nem se quer tinha a hipótese de usa-los agora. Red Grunhiu insatisfeito.

Queria poder ajudar, queria ser o mocinho pelo menos uma vez... E não um irmão que era motivo de chacota da turma.

Os seus olhos faiscaram de irá.

— Eu não sei... Eles parecem uma espécie de cor... Violeta? — O corpo de Max se tornou rígido feito pedra.

— Estou a caminho. — E sem dar mais nenhum tipo de satisfação, Max desligou o seu celular e o depositou em seu bolso novamente. Virando em direção a Red o rosto de Max era uma verdadeira pedra esculpida, estava frio, implacável e estrategista.

— O que há de errado com ela? — Perguntou Red tentando não soar tão preocupado. Ele sabia que não tinha direito sobre ela, mais de alguma forma Red se sentia responsável por ela. Era como se Rebecca fosse a sua única e delicada irmã caçula.

Max mirou os seus esverdeados olhos em direção aos do seu irmão e neles Red pôde contemplar o mais puro desespero. Max literalmente estava desesperado!

— Rebecca está se transformando.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora