Capítulo 13

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Perdoem os erros.

Max saiu do seu quarto em passos lentos e sorrateiros. A casa estava silenciosa e completamente escura, assim como ele gostava. Os quartos estavam fechados e as botas masculinas estavam espalhadas pelo o corredor extenso. Provavelmente alguns dos seus irmãos ainda estejam enfurnados em alguma boate da noite ou talvez estejam resolvendo alguns dos seus negócios. Mais o fato era que Max não estava nem um pouco disposto à encontrar os seus irmãos naquela noite. O que ele queria apenas era um pouco de tranquilidade dentro da sua própria casa.

Desda noite em que trouxe Rebecca para sua residência, os seus irmãos haviam se enfurnado dentro da sua casa como se fossem cães sarnentos. Max sabia que eles estavam ali apenas o vigiando caso algo saísse errado conforme o planejado. O que era patético, já que Max nunca seria capaz de ferir Rebecca com o seu lado animal, pelo o contrário o seu lado animal a protegia, cuidava dela como se fosse algo muito precioso.

Com o corpo semi nu e os pés descalços, Max se dirigiu até a sua moderna cozinha em silêncio e exaustão. O fato era que Max estava destruído, fazia duas noites em que ele não dormia, não comia e muito menos se alimentava. Os seus caninos chegavam a doer só de pensar.

Aproximando-se da cozinha o lugar estava o de sempre quando os seus irmãos estavam em sua casa. Uma total desordem. Por mais que a luz esteja apagada, Max podia ver nitidamente as variadas garrafas de bebidas e embalagem de comidas jogadas sobre o balcão e mesa.

Suspirando drasticamente Max foi até o interruptor e ligou a luz. A essência dos seus irmãos ainda estava impregnada por toda a casa. Ao virar-se levou um leve sobressalto, mais se recuperou rápido o suficiente para que ninguém notasse o seu pequeno deslize.

Estava sentado sobre a sua mesa Red, com os seus cabelos loiros bagunçados em um corte atualizado, sua camisa cinza e apagada estava frouxa sobre o seu corpo, seus pés estavam descalços assim como o seu, e o seu olhar centrado em um objeto em mãos.

— Decidiu larga a noite, meu irmão? —  Os olhos prateados miraram sobre os dele. Em suas mãos estava uma faca e uma laranja. Ele cortava a casca com agilidade e perfeição, suas mãos trabalhavam com lentidão e paciência.

Max o viu da de ombros, enquanto voltava a sua atenção para o seu pequeno trabalho.

— Você sabe. Ir a baladas nunca é o meu forte, sempre durmo nelas. — Murmurou suavemente. Reb sempre foi o mais silencioso e cauteloso, sempre foi o mais esperto quando o assunto era ação.

Max bufou com sarcasmo. Enquanto se dirigia até a sua geladeira.

—  Conta outra Red. Sei que está aqui para me vigiar, apenas fico surpreso pela capacidade dos nossos irmãos em colocar apenas você como vigia. — Red parou o seu precioso trabalho e mirou os seus olhos prateados em direção a Max. Mesmo de costas ele podia sentir o olhar fixo do seu irmão sobre sí.

—  Você acha que eu não sou capaz? — Perguntou. Sua voz era suave como um veludo, Max sabia que o seu irmão estava tentando ser gentil e paciente.

Max virou em sua direção novamente trazendo com ele queijos, alfaces e manteiga. Seus olhos prateados pousaram em suas mãos ocupadas. Max sabia que seu irmão já havia deduzido que Rebecca já estava acordada. Mais ainda assim, preferiu o silêncio.

—  Pode perguntar Red. —  Murmurou Max enquanto se ocupava em fazer um sanduiche. Os olhos prateados de Red o examinou com atenção.

—  Não preciso perguntar nada. Sei que a moça esta acordada, sinto o seu cheiro sobre ela, na verdade a casa inteira cheira a vocês dois. Mais o fato aqui é —  Red apontou a sua pequena faca de cozinha em sua direção. — Até quando esse contos de fadas irá durar.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora