Perdoem os erros.
Max se materializou perto de um riacho. O seu corpo foi preenchido pelo ar puro, ele estava cansado. O seu corpo mal se aguentava sobre os seus pés. Max sabia que deveria se alimentar antes de ir ao encontro de Rebecca. Mais para ele agora nada fazia sentido, os seus instintos diziam para ele seguir em direção a Rebecca e apenas para ela.
Nada de distração! Nada de outras mulheres, apenas Rebecca... Sim, só Rebecca.
Assim que Max conseguiu sentir o seu corpo firme novamente, não demorou muito para um grito feminino chamar a sua atenção. Uma mulher! A sua mulher.
Max correu em direção ao grito cortante, e ao presenciar a cena que viu Max sentiu que o seu corpo havia sido completamente drenado. Ele estava eufórico. Lá estava a sua delicada mulher, sentada sobre a grama com os braços cobrindo os seus olhos e as suas salientes pernas dobradas em um modo protetor.
O coração de Max se apertou observar o quão vulnerável a sua pequena delegada estava. Ao seu lado estava posicionado o detetive. Ele estava parado feito uma estátua, Max podia ver como ele a observava atentamente e como ele franzia o cenho ao observar a rejeição dela em relação a sua aproximação.
— Rebecca! — A voz de Max era como um veludo nos ouvidos de Rebecca. Intuitivamente ela levantou a sua cabeça, lágrimas saiam dos seus pálidos olhos, Max pôde ver com perfeição as lacunas de de cores extintas saírem dos seus olhos. Aquilo era poder! Era magnitude. Rebecca estava experimentando o pior momento da sua vida, a transformação para uma vida imortal era arrebatadora.
A dor da morte era o pior castigo para um Pecador, e saber que a sua doce e ingénua delegada está passando por isto sem nem se quer saber do assunto, chegava a ser cruel demais até mesmo para ele.
— Querida! O que houve? — Max se aproximou de Rebecca em apenas dois logos passos. E logo ele já estava a tomando em seus braços e a embalando como uma verdadeira criança ferida.
O detetive fez uma breve careta.
— Max, o que está havendo comigo? Porquê estou com esses dentes? — murmurou Rebecca em um tom choroso.
Max compreendia muito bem o que ela estava falando. Ela se referia aos seus mais novos caninos, as suas presas pecadoras. Ele se sentia culpado por empurra-la em um mundo sombrio e sujo, mais infelizmente nada ele podia fazer. Escrever destinos não cabia a ele, mais sim ao seu Criador. Ele sim, era o verdadeiro culpado daquele imenso caos.
— Porquê você agora é exatamente igual há mim querida, esse é o seu novo mundo, o aceite! Será menos doloroso se fizer isso. — Rebecca fez uma breve careta.
Max sabia que ela nunca iria abraçar o seu mundo sobrenatural. Aquilo estava escrito em seus olhos, ela nunca se adaptaria longe dos humanos e das suas civilizações.
O detetive limpou sua garganta mais uma vez,e dessa vez conseguiu chamar a atenção de ambos. Max mirou os seus pecadores olhos em sua direção.
— Acho que meu dever estar acabado por aqui... Devo ir! — Anunciou o detetive.
Ao ouvir a voz cómoda do detetive, Rebecca se desviou dos braços de Max em um salto. De alguma forma o sangue de Gael não lhe seduzia mais. Parecia que a fragrância doce e erótica que havia fixado no corpo do seu melhor amigo, estava sendo enviada para Max.
Rebecca não se sentia mais repulsiva, de algum modo a presença de Max tranquilizou o seu mais novo lado monstro. Que grande ironia! Pensou ela ao notar que sempre comparava os humanos aos monstros. Agora Rebecca podia sentir na sua própria pela o fardo que era carregar um lado monstro no seu interior.

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CORROMPIDO
FantastikO Pecado sempre esteve sob a terra desdo início do mundo, mais o que a raça humana não sabia era que os Sete Pecados Capitais habitavam no mesmo espaço que eles. Na Terra! Luxúria, Avareza, Fome, Irá, Preguiça, Orgulho e Inveja. Sete homens, Sete ir...