Perdoem os erros.
Rebecca pôde suspirar aliviada ao pisar em seu lugar favorito. Era daquilo que ela precisava, de ar puro, de paz e tranquilidade. Apenas ela e o seu lago da sabedoria.
Rebecca se pegou sorriso com os seus pensamentos, aquele nome foi batizado junto a Gael. Eles se divertiram por horas olhando as estrelas e as batizando com nomes de filósofos. Ela sentia falta daquele companheirismo, sentia falta da sua amizade.
Suspirando drasticamente. Rebecca apanhou uma pequena pedra sobre o chão e a lançou um direção ao lago. A pequena pedra deu três pulos perfeitos antes de afundar sobre o lago. Rebecca sentou-se diante da grama e observou o por do Sol desfalecer majestojamente.
Rebecca lançou um olhar grato a natureza, como era belo. Como se fosse espontâneo Rebecca se pegou pesando em como seria o Criador de tudo aquilo, ele deveria ser um ser magnífico e quem sabe um...
— Porquê não me surpreende você está aqui? — Rebecca se levantou em um sobressalto, assustando-se com a voz familiar vindo detrás dela.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntou ela com rigidez. Gael lhe lançou um sorriso sarcástico enquanto se sentava no local onde ela estava.
— Esse lugar não é só seu querida! Esqueceu-se que esse também é meu lugar favorito? — Rebecca se remexeu inquieta, enquanto lançava a Gael um olhar ferido.
— Sinto muito ter gritado com você... — Murmurou ele enquanto pegava uma das pedras sobre o chão e a jogava em direção ao lago, assim como ela havia feito a minutos atrás.
— Sente é? — Perguntou ela sarcasticamente. — Pois não me parecia quando você me chamou de mentirosa e sem caráter. — Cuspiu a delegada enquanto sentava-se ainda mais afastada do detetive.
Gael lhe lançou um olhar culpado.
— Eu não quis dizer aquilo, só estava magoado. Você sabe que eu nunca duvidaria do seu caráter, nem se quer cogitaria nessa hipótese. Mais por favor querida tente entender o meu lado... — Quase suplicou o detetive.
Rebecca o lançou um olhar neutro. Por mais que ela tentasse, ela nunca iria conseguir ficar brava ou até mesmo magoada com o seu amigo. Afinal querendo ela ou não Gael era o único que lhe entendia perfeitamente, ele era o único que lhe escutava com a sua total atenção e ele era o único que lhe amava incondicionalmente.
— Eu entendo! Também me sentiria traída se o ocorrido fosse o contrário. — Rebecca se sentia esgotada. Estava confusa e fragilizada. Em um momento ela era apenas uma delegada fugindo de um suposto assassino ou sequestrador, e em outro momento ela estava a mercê da loucura onde o racional lutava contra o irracional.
Como pode existir o sobrenatural em um mundo tão cruel? Como pode ainda existir maldade ainda maior do que as que os próprios humanos estavam fazendo uns com os outros?
Rebecca suspirou mais uma vez.
— O que está passando por essa sua cabecinha Delegada autoritária? — murmurou Gael em um tom brincalhão.
Rebecca lhe lançou um sorriso fraco dando de ombros.
— Nada em especial! Estava pensando apenas na vida e o quê fazemos com ela. — Gael sorriu estantaneamente.
— Está pensativa querida?
— Talvez. — Murmurou.
Gael e Rebecca permaneceram no mais puro silêncio, ambos apreciavam a natureza e o sol se por aos poucos. Rebecca queria se abrir com seu amigo, queria desabafar e lhe dizer toda a verdade. Queria lhe dizer o porquê de ter mentido para ele, ou o porquê que havia um homem desconhecido na sua cama plena manhã após o seu desaparecimento... Mais Rebecca sabia que nada poderia dizer a ele, simplesmente não podia. Ela não colocaria o seu amigo em perigo, ainda mais em algo que possivelmente ele não poderia se defender.
Na verdade ela nem sabia se poderia sobreviver a um suposto ataque sobrenatural. Afinal, ela não passava de uma humana certo? Ou será que não? Rebecca franziu o cenho.
— Está pensativa de novo! O que te aflige minha amiga? — Rebecca mirou os seus imensos olhos azuis em direção ao seu amigo.
— Já disse não é nada! Estou apenas esgotada. — murmurou enquanto colocava uma massa de cabelos negros atrás da sua delicada orelha.
Seus olhos estavam com uma imensa olheira e a sua pele estava cada vez mais pálida. Parecia que Rebecca não havia comido a dias ou pior a meses. Suas roupas não lhe cabiam mais, todas elas estavam cada vez mais folgadas. Até mesmo suas peças intimidas não lhe cabiam. Rebecca estava faminta ou pior ela estava feroz. Precisava comer algo o mais depressa possível, ela precisava de algo em específico.... Sangue.
Rebecca se levantou da grama em um sobressalto. Parecia que a grama estava pegando fogo, como se o corpo de Rebecca rejeitasse qualquer tipo do toque ou objeto. Aqueles pensamentos sombrios fez com que Rebecca se sentisse completamente assustada. Parecia que o seu instinto desconhecido gritava por sangue, ela sentia estar na beira da loucura.
Gael franziu o cenho ao ver o comportamento estranho da sua amiga.
— Está tudo bem Rebecca? — Perguntou o detetive com o semblante preocupado.
Rebecca podia ouvir com facilidade a intensa pulsação no pescoço do seu amigo. Parecia que aquilo estava a hipnotizando, parecia estar lhe chamando para algo erótico e sombrio. Rebecca balançou sua cabeça fortemente no intuito de acabar com aqueles seus pensamentos sádicos.
— Não.. Quero dizer sim! Está tudo bem eu só... Preciso ir! É isso, eu realmente preciso ir tenho um compromisso e... — Como se fosse em um modo espontâneo os pequenos caninos salientes de Rebecca começaram a aparecer sobre o céu da sua boca. Rebecca soltou um pequeno gritinho enquanto rapidamente ela colocava ambas das mãos em seus lábios com o semblante assustado.
Gael se levantou no intuito de ampara-la, mais Rebecca recuou automaticamente.
— Não se aproxime. — Berrou a delegada ao lançar um olhar amendrotado em direção a Gael.
Ela sentia que se Gael se aproximasse dela o suficiente, ela não iria resistir. Ela iria ataca-lo... O tanto que Rebecca mais temia estava acontecendo diante do seus olhos e o pior, ela seria o ser sobrenatural que iria ataca-lo.
Gael levantou ambas das mãos em uma forma de rendição. Ele estava com os olhos preocupados e o pior ele estava apavorado.
— Rebecca... O que está havendo com você? porquê os seus olhos estão tão profundos?
— Max! — A delegada gritou como se aquele nome fosse a sua única e última salvação.
Gael franziu o cenho.
— O que? — Perguntou com o semblante confuso.
— Maxwell, ligue para ele... Agora!
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CORROMPIDO
FantasyO Pecado sempre esteve sob a terra desdo início do mundo, mais o que a raça humana não sabia era que os Sete Pecados Capitais habitavam no mesmo espaço que eles. Na Terra! Luxúria, Avareza, Fome, Irá, Preguiça, Orgulho e Inveja. Sete homens, Sete ir...