Capitulo 07

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Perdoem os erros.

Álvaro teletransportou o seu ultimo corpo em direção a boate. Nocauteia sete homens e teletransporta-los para outro lugar não era fácil, e como Álvaro havia previsto o seu corpo estava em ruínas. Os seus fortes músculos estavam moles feito gelatina, e a sua energia havia sido gastada completamente. Os seus olhos estavam pesados, e a sua respiração irregular.

O seu forte e másculo corpo caiu sob o chão frio e ensanguentado. Seus braços foram em direção ao seu rosto, impedindo que a luz brilhante da boate penetrasse em seus olhos cinzas agora sensíveis.

— Bom trabalho irmão. — comentou Aquiles. — Como sempre, você nunca falha. — Mesmo sem poder vê-lo, Álvaro sabia que aquela voz impetuosa se tratava do seu irmão Avareza.

— Vá se foder, seu cretino desgraçado.

Aquiles sorrio com sarcasmo. Álvaro era o homem mais boca suja da Irmandade. Ter palavrões no seu vocabulário era crucial. Por mais que Aquiles não se agradasse da etiqueta do seu irmão, ele não o julgava... Afinal cada um vivia da forma como achasse melhor, fosse na alta sociedade vivendo como um verdadeiro CEO ou na miséria junto as milhares de pessoas anônimas.

— Por favor me diga que já podemos partir. — Murmurou Álvaro. Ele só queria volta para casa e dormir pela eternidade, o seu corpo estava quase invalido. Ele não podia fazer nem um movimento se quer, já que toda a parte do seu corpo gritava pela dor do teletransporte.

— Infelizmente não! Estamos esperando Sed terminar com as câmeras de segurança. Enquanto isso nós temos que colocar os corpos dos humanos posicionados em forma estratégica. Todos tem que acreditar que são eles os principais suspeitos.

Álvaro gemeu instantaneamente.

— Foda-se, eu não irei fazer porra nenhum cara. Estou morto.

Abraham bufou com sarcasmo.

— Mais é um bunda mole mesmo, fez apenas um pequeno trabalho e já está desistindo na primeira oportunidade. — Em um movimento rápido Álvaro levantou os seus fortes braços, e lançou um olhar fulminante em direção ao gêmeo.

— Acho melhor você calar a porra dessa boca, seu babaca! — Grunhiu Álvaro ferozmente.

Abraham levantou ambas das mãos, em forma de uma falsa rendição enquanto lhe lançava um olhar sarcástico.

— Eu só achei que...

— Já chega Abraham. Não provoque Álvaro, deixe-o descansar você sabe que uma teletransportação não é fácil para ninguém, imagine-a sete vezes. Para de ser babaca e deixe o homem em paz, e Álvaro mantenha essa sua boca suja fechada. — Disse Aquiles com repreensão.

Álvaro instantaneamente deitou-se novamente sob o chão, e voltou a sua mesma posição de antes... relaxado e calado. Abraham voltou em direção aos corpos humanos desacordados e colocou um dos homens sob os seus fortes ombros. O homem loiro no qual estava sendo carregando sob os ombros de Abraham gemeu automaticamente ao ser colocado em uma posição nada confortável.

— Onde coloco esse imbecil?— Perguntou Abraham com o semblante irritado. Aquiles apontou em direção ao enorme sofá de luxo, onde todos os sete irmãos estavam antes da chacina começar.

— Quero seis naquele sofá, apenas um irá permanecer aqui na banqueta, precisamos cobrir todos os rastros e seguir os mesmo passos que nós fizemos depois que tudo ocorreu. — Murmurou Aquiles, enquanto avaliava a cena de crime com atenção.

— Onde está Max? — Perguntou Álvaro ao notar que a presença intimidadora do seu líder não estava mais o afetando.

— Halel o levou para casa. Estamos preocupados com ele, a humana está o afetando de alguma forma, temo pela segurança de todos. — Disse Aquiles, sua voz saiu embargada de cansaço. Agora ele podia sentir na própria pele o peso da liderança, podia sentir o que seu irmão Max sentia por todos esses anos.

— Deveríamos acabar com a vida daquela insolente. Talvez matando-a Max volte ao normal. — Murmurou Abraham. Álvaro retirou os braços do rosto novamente.

— Você é mesmo um imbecil Abraham.  Até eu que não sou tão inteligente quanto você já liguei os pontos. — Aquiles e Abraham trocaram olhares intensos. Nenhum dos irmãos sabiam realmente o que estava havendo com Max, mais por algum motivo Álvaro já havia ligado os pontos... Mais como?

— Em que você está pensando irmão? Tem alguma hipótese da humana ter deixando o nosso Max doente ou vivendo para sempre dentro de um animal? — Perguntou Aquiles, ele estava realmente curioso. Durante décadas Aquiles nunca havia ouvido falar sobre um homem que se tornava animal para sempre. Aquilo era conversa para conto de fadas. Viver dentro de um animal na realidade era muito mais perigoso.

— Não seja um idiota. Somos imortais, nada e nem ninguém pode nos ferir desta forma. O que está havendo com Max é algo simples de se entender, e que talvez um dia... Deus nós ajude mais talvez isso possar acontecer conosco também.

Aquiles franziu o cenho.

— Conosco? Mais isso é impossível.

— Não é impossível Aquiles. Max agiu daquela forma porquê ele finalmente encontrou o seu tão sonhado Cálice.

— Cálice? — Aquiles riu. — Pare de falar asneiras Álvaro.

—Não estou falando asneiras. Veja os fatos, já tivemos companheiras antes vai dizer que não se recorda? Veja como ele se comportou, você estava exatamente igual na época.

Ambos dos irmãos recuaram para trás, como se tomassem um choque unidos. Aquela simples palavra foi o suficiente para derrubar dois homens sobrenaturais de uma vez só.

— Não me diga que.

— Sim! A humana é o cálice.

— Maldito Criador.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora